Topo

Atualidades

Vida lá fora - Planeta mais semelhante à Terra é descoberto

Danielle Futselaar/SETI Institute
Imagem: Danielle Futselaar/SETI Institute

Por Carolina Cunha

Da Novelo Comunicação

Um lugar com água, formação rochosa e atmosfera espessa. Parece com a descrição da Terra? Descoberto pela Nasa (Agência Espacial Americana) em julho deste ano, o planeta Kepler 452b foi chamado de o “primo mais velho da Terra” pelos astrônomos, porque suas características são muito similares às do nosso planeta.

Distante a 1.400 anos-luz e com um diâmetro 60% maior do que o da Terra (o que implica em alta gravidade), o Kepler 452b está localizado na constelação de Cygnus e orbita uma estrela parecida com o Sol. A volta completa em torno dela dura 385 dias, o que torna o ano completo muito parecido com o nosso.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Embora sua massa e sua composição ainda não estejam totalmente determinados, a Nasa acredita que há indícios de que o Kepler 452b tenha condições de habitar vida, já que é provável que exista água em forma líquida, elemento essencial para o desenvolvimento de seres vivos.

O Kepler-452b tem 6 bilhões de anos, um pouco mais velho do que o nosso Sol. Segundo especialistas, o estudo sobre o planeta recém-descoberto poderá fornecer pistas sobre como será o nosso futuro. Isso porque suas características muito semelhantes podem simular como o ambiente da Terra funcionaria em outras condições.

Os que sonham que “A Nova Terra” poderia ser colonizada por humanos, a ideia valeria apenas na ficção científica. Isso porque a distância seria impossível de ser atingida: seriam necessários 2,2 milhões de anos para uma nave espacial percorrê-la.

Planetas em zonas habitáveis

Desde 2009 a missão do telescópio Kepler da Nasa orbita o universo em busca de planetas habitáveis fora do Sistema Solar (exoplanetas).

Planetas situados em zonas habitáveis são encontrados em uma região delimitada pelo brilho de uma estrela (recebem energia) e que possuem a distância ideal para que a temperatura (ou nível de radiação) possibilite a existência de água líquida em sua superfície.

A Terra por exemplo, fica em uma posição privilegiada no Sistema Solar, com uma temperatura suportável o suficiente para a existência de organismos vivos.

A sonda Kepler já descobriu a existência de mais de 1 mil planetas. A agência espacial estima que existam mais de 5 mil possíveis planetas que o Kepler possa mapear. A maioria é grande, gasoso ou quente demais para serem habitados.

Apenas 12 planetas já registrados são considerados satélites em potenciais zonas habitáveis, ou seja, que podem abrigar vida.  A biosfera do Kepler-452b é até agora a mais parecida com o ambiente da Terra.

Vida lá fora?

Até agora, a Terra é o único planeta com vida comprovada. Dados do Kepler indicam que apenas na Via Láctea, existam cerca de 40 bilhões de estrelas semelhantes ao Sol. Estima-se ainda que o universo possua mais de 100 bilhões de galáxias. Com um número tão alto, a probabilidade de vida em outros corpos celestes é grande, embora a maioria deles seja um ambiente inóspito.

Mas quais sinais os cientistas usam para estimar a existência de formas de vida ou a habitabilidade de um corpo celeste? A presença de água e uma fonte de energia são as maiores pistas sobre o potencial de vida em um local.

Isso porque a vida como a conhecemos precisa de água líquida, carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. Outras características como temperatura média e a possibilidade de uma atmosfera semelhante à nossa (com gases) também influenciam na presença de seres vivos. Por exemplo, se a atmosfera de um planeta possui grande quantidade de oxigênio, isso indicaria que existem seres vivos fazendo fotossíntese.

Além disso, formas de vida encontradas na Terra como bactérias e micro-organismos são capazes de resistir a altas temperaturas, condições de pressão extremas ou a diferentes compostos químicos tóxicos.

Com a tecnologia de hoje, os cientistas conseguem detectar a existência de água líquida ou atmosférica em pontos distantes, além de reconhecer sinais químicos. Novas tecnologias ainda mais potentes devem surgir nos próximos anos.

Para a Nasa, é preciso considerar ainda que a vida em outros lugares do universo poderia fugir do padrão que conhecemos, com outras formas, composições químicas ou substâncias ainda não conhecidas.

Candidatos à vida dentro do Sistema Solar

No Sistema Solar, alguns corpos celestes são “candidatos” à existência de vida, principalmente pelas evidências de água.

O planeta Marte é um exemplo. Há sinais de que ele já foi habitável e que no passado havia água corrente em sua superfície. A Nasa já identificou a presença de enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono no solo marciano.

A mais recente descoberta da Nasa indica que algumas montanhas de Marte possuem veios estreitos de água líquida escorrendo em suas encostas. Seria um tipo de água com alta concentração de sal e seu fluxo seria sazonal. A pesquisa fortalece a ideia ainda de que o planeta poderia abrigar alguma forma de vida, como bactérias ou micro-organismos.

Em Júpiter, foram encontradas evidências de água nas luas Ganímedes e Europa, que possuem oceanos abaixo de suas superfícies. Em 2020 a Nasa lançará a missão Europa Clipper, que vai realizar coletas e análises na região. A hipótese é de que se os oceanos de fato contiverem algum tipo de vida, elas sejam organismos microscópicos.

No entanto, a mais forte candidata à existência de vida no Sistema Solar é Encélado, uma pequena lua de Saturno. Em 2015, a Nasa comprovou que no satélite existe um oceano que cobre toda sua superfície.

Dados colhidos pela sonda Cassini indicam que a lua possui um núcleo rochoso e um imenso oceano sob uma crosta de gelo que é visível externamente. A sonda revelou ainda que em sua superfície, próximo ao seu polo sul, existem gêiseres que expelem o líquido para o espaço, o que facilitaria a coleta de material para pesquisa.

DIRETO AO PONTO

O planeta mais parecido com a Terra foi descoberto este ano pela Nasa. Segundo a agência espacial norte-americana, o Kepler 452b faz parte do grupo de planetas situados em zonas habitáveis, aqueles que orbitam em uma região delimitada pelo brilho de uma estrela e que possuem a distância ideal para que a temperatura possibilite a existência de água líquida em sua superfície.

Mas quais sinais os cientistas usam para estimar a existência de formas de vida ou a habitabilidade de um corpo celeste? A presença de água e uma fonte de energia são as maiores pistas sobre o potencial de vida em um local.

Isso porque a vida como a conhecemos precisa de água líquida, carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. Outras características como temperatura média e a possibilidade de uma atmosfera semelhante à nossa (com gases disponíveis) também influenciam na presença de seres vivos.

Com a tecnologia de hoje, os cientistas conseguem detectar a existência de água líquida ou atmosférica em pontos distantes, além de reconhecer sinais químicos. Novas tecnologias ainda mais potentes devem surgir nos próximos anos. 

Atualidades