Tecnologia (2) - A revolução da microinformática
A série de filmes "O Exterminador do Futuro" ilustra bem como ficção e ciência real ajustam seus desencontros ao longo do tempo. Até agora, a série conta com três filmes, lançados em 1984, 1991 e 2003, com quase vinte anos separando o primeiro do terceiro episódio, justamente os dois decênios nos quais se deu a revolução da informática.
Quando Arnold Schwarzenegger interpretou o androide Terminator T 800 pela primeira vez, tanto o ator quanto o computador pessoal se encontravam em início de carreira.
Por esta época a rede mundial de computadores estava em fase de projeto.
No enredo do primeiro filme, um supercomputador se torna consciente, rebela-se contra os humanos e trava uma guerra contra eles, cuja batalha final se daria no passado. Para o passado é então enviado o exterminador do título, com a missão de destruir o futuro líder da resistência humana antes que nascesse.
Além do retorno à clássica máquina do tempo imaginada pelo romancista H. G. Wells, o roteiro segue aquela citada visão do futuro dos computadores, no qual os mainframes se tornariam tão grandes e poderosos que poderiam centralizar todos os processamentos eletrônicos do mundo em um único hardware.
Do supercomputador ao microchip
No filme lançado no início dos anos 1990, "O Exterminador do Futuro 2: o Julgamento Final", há a transferência do foco tecnológico do grande supercomputador para um minúsculo microchip vindo do futuro, que precisaria ser destruído para evitar o fim do mundo anunciado no subtítulo.
Ou seja, foi preciso que a revolução da microinformática se consolidasse para que a ficção aceitasse que a miniaturização e não o gigantismo descrevia melhor o futuro dos computadores.
Finalmente, no terceiro episódio, "A Rebelião das Máquinas", o roteiro rende-se à chegada de um futuro algo diverso do que o previsto quanto a estas particularidades da tecnologia da informação. Neste filme, o supercomputador rebelde deflagra sua guerra contra os humanos assumindo o controle da internet por meio de um vírus, que espalha os softwares de controle do vilão eletrônico por todo o ciberespaço.
Se alguém voltasse no tempo até 1984 e repetisse a última frase acima, ninguém teria a mínima ideia de seu significado.
Como se vê, por mais criativos que sejam os roteiristas de Hollywood, por vezes até eles têm dificuldades em acompanhar a velocidade de avanço da ciência e da tecnologia.
Eis um motivo para achar as aulas de ciências um pouco mais interessantes.
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