ONU e o Iraque - Organização legitima controle dos EUA no país
Com o apoio da França, da Rússia e da Alemanha, os Estados Unidos e a Inglaterra conseguiram aprovar no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) a suspensão, após 13 anos, das sanções impostas ao Iraque. A resolução 1.483 foi aprovada por 14 dos 15 votos do Conselho. A Síria absteve-se de votar.
EUA e Reino Unido assumem, com a autorização da ONU, o controle sobre as questões políticas e econômicas do Iraque e também sobre o futuro governo interino. Esse "mandato" pode ter a duração de três meses a dois anos ou "até que um governo representativo, reconhecido internacionalmente, seja estabelecido pelo povo iraquiano".
O embargo econômico foi imposto ao Iraque pela ONU após a Guerra do Golfo (1990-1991). Estratégico, pretendia enfraquecer Saddam Hussein e conter o seu projeto de desenvolvimento bélico. As sanções proibiam o país de comercializar produtos essenciais, como alimentos, remédios e matérias-primas, bem como exportar petróleo.
Em 1997, devido ao drama humanitário vivido pelos iraquianos com as restrições comerciais, houve uma flexibilização do embargo, com a criação do programa que autorizava a troca de petróleo por produtos básicos.
Concluída a tomada de Bagdá, à revelia da ONU, Washington retorna ao Conselho para legitimar o seu poder sobre o Iraque. Conseguiu uma façanha diplomática: reafirmou seu comando sobre a reconstrução, garantiu o controle do setor petrolífero e amenizou a ira dos seus adversários.
A França, a Rússia e a Alemanha abrandaram as críticas ao unilateralismo da Casa Branca e concluíram que o mais prudente é pensar em seu futuro no Iraque.
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