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Na mira da ONU - Programa nuclear do Irã incita preocupação internacional

Da Redação, com informações da Der Spiegel

Na semana passada, o regime de Teerã (capital iraniana) removeu os lacres que há um ano haviam sido afixados à instalação de enriquecimento de urânio de Natanz pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). A medida acendeu uma luz vermelha para o Irã na comunidade internacional.

O regime anunciou que os trabalhos na instalação seriam reativados para fins pacíficos, mas a remoção dos lacres da AIEA provocou uma onda de preocupação. Desde a Casa Branca, em Washington, ao Kremlin, em Moscou - que é um aliado tradicional de Teerã -, a reação foi rápida.

Em uma conferência telefônica organizada às pressas, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, discutiu o assunto com o seu colega russo, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Em Berlim, a chanceler alemã Angela Merkel, antes de seguir para Washington para a sua primeira visita oficial de Estado ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, conversou com o primeiro-ministro britânico Tony Blair, a fim de articular uma resposta coordenada.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, convidou os seus congêneres britânico e francês para uma reunião sobre o tema, em Berlim.

Até mesmo o diretor da AIEA, Mohammed ElBaradei, que costuma mostrar-se reservado quando se trata de criticar Teerã, respondeu ao incidente com uma clareza incomum. "Estou lentamente perdendo a paciência", disse o principal inspetor mundial de armas e recente ganhador do Prêmio Nobel da Paz, em alusão aos mulás do Irã, acrescentando que os iranianos haviam cruzado "uma linha vermelha".

Teerã diz que vai apenas realizar pequenos experimentos nos seus laboratórios nucleares e que pretende usar a tecnologia para fins pacíficos.

Embora o regime iraniano já tivesse fabricado um grande número de centrífugas de gás quando os inspetores da AIEA lacraram a instalação nuclear em novembro de 2004, os cientistas nucleares do país não haviam ainda vencido integralmente os desafios para o enriquecimento do urânio.

As centrífugas individuais falhavam sistematicamente, e os cientistas enfrentavam problemas com o bombeamento do hexafluoreto de urânio gasoso para o sistema.

Agora, a AIEA teme que a nova série de experimentos do Irã possa preencher essa lacuna crítica.

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