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Mercosul e a Comunidade Andina - Lula assina acordo e prevê aproximação econômica com Peru

Roberto Candelori, Folha de S.Paulo

Reafirmando seu compromisso de priorizar o Mercosul, Luiz Inácio Lula da Silva visitou o Peru, governado por Alejandro Toledo, onde assinou o Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica Mercosul - Peru. Esse acordo constitui-se numa aliança estratégica que possibilitará uma maior aproximação entre o Mercosul e a CAN (Comunidade Andina de Nações).

A Comunidade Andina teve início em 1969, com a criação do Grupo Andino, pelo Acordo de Cartagena (Colômbia), formado pela Bolívia, pelo Chile, pela Colômbia e pelo Peru. Com a assinatura do Protocolo de Trujillo (Peru) em 1996, surgiu a CAN, união aduaneira que recebeu a adesão da Venezuela em 1973 e da qual o Chile se desligou em 1976.

Com um PIB perto dos US$ 270 milhões e uma população estimada em 112 milhões de habitantes, a Comunidade Andina, por meio do Peru, deu um passo importante no processo de integração.

Segundo Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, "o acordo abre caminho para a verdadeira integração da América do Sul". Além da redução gradual de tarifas, o acordo possibilitará negociações bilaterais entre o Mercosul e países do bloco andino.

Hoje, as exportações brasileiras para o Peru apresentam um superávit de cerca de US$ 250 milhões. Foram assinados ainda acordos de cooperação para o acesso do Peru às informações obtidas pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) e para a construção de obras de infra-estrutura.

A iniciativa de Lula visa fortalecer o Mercosul e procura assegurar ao Brasil uma posição hegemônica entre os países da região. Estrategicamente, o acordo representa também uma resposta dos países sul-americanos à investida dos EUA, que insistem em impor à América do Sul uma área de livre comércio, a Alca.

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