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Jimmy Carter - Ex-presidente dos EUA recebe Nobel da Paz em 2002

Roberto Candelori, Folha de S.Paulo

Agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, edição 2002, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, ao saber da premiação, afirmou: "Não tenho nenhuma dúvida de que este prêmio leva o povo a pensar sobre a paz e os direitos humanos".

Sem se preocupar muito com a mensagem do laureado, o comitê responsável pela escolha de Carter afirmou que a decisão deve ser vista como uma "crítica à política" do presidente dos EUA, George W. Bush.

Democrata, Jimmy Carter é um pacifista e incansável defensor dos direitos humanos. À frente do governo dos Estados Unidos, entre 1977 e 1981, converteu-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel.

O acordo de Camp David, de 1978, sob a coordenação de Carter, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menagem Begin, premiê israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o instituto Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais.

Recentemente, protestou contra a resolução do Congresso dos EUA que autorizou a guerra contra o Iraque de Saddam Hussein. No início deste ano, Carter esteve em Cuba, tornando-se o primeiro mandatário dos EUA a visitar o país de Fidel Castro após a revolução de 1959.

Condenou o embargo econômico imposto pelos americanos e, talvez inspirado pelo patrono do prêmio, o filantropo sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite, quase detonou um artefato ao sugerir ao líder cubano reformas democráticas e eleições diretas na ilha.

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