Fim da Iugoslávia - Surgido em 1929, país deixa de existir
A Iugoslávia de Tito e Milosevic deixará de existir. Surgido em 1929, o país balcânico de maioria sérvia interrompe uma existência de mais de 70 anos. Mas somente em 45, na esteira da resistência contra a invasão alemã, nasceu a Iugoslávia comunista. Sua formação reuniu seis repúblicas (Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina, Sérvia, Montenegro e Macedônia) e duas regiões autônomas (Kosovo e Voivodina) sob o comando do croata Josip Broz Tito.
Na década de 90, após a morte de Tito (1892-1980), as dificuldades de relacionamento entre as repúblicas se agravaram. Estimuladas pelos acontecimentos que levaram à queda do Muro de Berlim, as repúblicas iugoslavas passaram a exigir soberania.
Primeiro, foi a Eslovênia, que alcançou sua independência em 1991, após uma consulta popular. Em seguida, foi a vez da Croácia. Confiante na possibilidade de alcançar sua soberania, a Bósnia-Herzegóvina, de maioria muçulmana, convocou um plebiscito. Nessa república, um número considerável de sérvios e croatas eram contrários à emancipação, razão que desencadeou a Guerra da Bósnia (1992-1995), interrompida apenas com a intervenção da Otan e com o Acordo de Dayton.
A nova Iugoslávia, que anuncia seu fim, era composta por duas repúblicas, Sérvia e Montenegro, além das regiões de Kosovo e Voivodina. Sob a presidência de Slobodan Milosevic, promoveu a "limpeza étnica" contra os kosovares até ser contida pela Otan. Indiciado por crime contra a humanidade, Milosevic foi preso e conduzido ao tribunal de Haia.
Agora, sob a ameaça de independência, Belgrado concede autonomia a Montenegro. Cada república vai administrar a própria economia. A defesa e a política externa ficarão sob a responsabilidade de uma Presidência comum.
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