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Eleições - Direito ao voto caracteriza a democracia

Eliane Yambanis Obersteiner, Especial para o Fovest

Periodicamente, milhões de brasileiros vão às urnas votar para presidente, governador, senador, deputados federal e estadual. O direito ao voto caracteriza as sociedades democráticas. Mas as condições em que esse voto ocorre podem determinar a qualidade da democracia que essa sociedade vive.

Na Primeira República Brasileira (1889-1930), o sufrágio (direito ao voto) se restringia à população masculina, maior de 21 anos. Os mecanismos de poder vigentes na época traduzem o quanto o poder econômico era determinante no processo eleitoral.

No coronelismo, fenômeno político e social da zona rural, o latifundiário formava o seu curral eleitoral, arrebanhando agregados e dependentes econômicos. E executava o voto de cabresto, isto é, direcionado de acordo com os interesses dos coronéis.

Como o voto não era secreto, a população sertaneja se submetia ao poder do coronel, único vínculo que garantia a sobrevida, principalmente no sertão nordestino, onde a crise econômica ampliava esse tipo de dependência.

De lá para cá, muitas coisas mudaram, embora vivamos ainda disparidades, como a coexistência do moderno voto eletrônico e o fato de muitos eleitores trocarem seus votos por promessas de soluções para problemas gerados pela desigualdade econômica.

No entanto, o direito de votar vem se firmando como a forma institucionalizada de manifestação da vontade popular, que se aperfeiçoa quanto mais livre e consciente for a decisão de cada um.


Veja se aprendeu

1. O período denominado República Velha caracteriza-se:
a) pelo sufrágio universal, determinado pela renda;
b) pelo sufrágio masculino e secreto;
c) pelo sufrágio universal, incluindo o voto feminino;
d) pelo sufrágio masculino para maiores de 18 anos;
e) pelo sufrágio masculino e não-secreto.

2. O fenômeno social e político denominado coronelismo tem suas raízes econômicas:
a) na distribuição fundiária, que concentrou a terra nas mãos de poucos desde o início da colonização;
b) na produção industrial inaugurada no século 19, no Sudeste;
c) na crise econômica açucareira que se iniciou no século 18, com o desenvolvimento da mineração;
d) na acumulação de capital da produção cafeeira, que impulsionou a produção industrial.

Gabarito: 1 e, 2 a
Fonte: Eliane Yambanis Obersteiner

 

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