Aids - Brasil tem 600 mil portadores do vírus HIV, diz ONU
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Aparentemente alarmante, o número não indica que o Brasil tem a pior situação, já que o país possui quase 40% da população da região.
"O Brasil tem realmente um terço dos portadores de Aids da América Latina, mas tem praticamente metade da população da região, o que significa que a nossa incidência relativa é baixa", disse Pedro Chequer, diretor do Programa Nacional de DTS/Aids. Segundo o diretor, dos cerca de 440 mil portadores de Aids em tratamento nos países em desenvolvimento, 150 mil estão no Brasil. "Isso também representa quase um terço".
Segundo dados da Unaids, a América Latina tem cerca de 470 milhões de habitantes. Atualmente, o Brasil possui 177 milhões.
O total de infectados no Brasil representa 0,34% da população, o que coloca o país numa posição intermediária em incidência da Aids. Em percentual, o Haiti é o país com maior prevalência de Aids na América Latina, com 280 mil pessoas infectadas pelo HIV, aproximadamente 5% da população. Logo depois vêm Honduras, com 2%, e Guatemala, com cerca de 1%. O Uruguai é o país que tem o menor percentual de contaminação da região, com 0,1%. A América Latina tem 0,43% da população com o vírus da Aids, segundo o relatório da Unaids -programa da ONU de combate à Aids.
Para o coordenador da ONU no Brasil, Carlos Lopes, o percentual de incidência da doença estimado para o Brasil é baixo. Segundo ele, o fato de um país ter um número alto de portadores do vírus não significa que ele possui a pior situação em relação à Aids. "O que a ONU leva em consideração é a resposta obtida pelos programas de combate à doença e a qualidade de vida dos portadores do vírus. Nesse contexto, o Brasil é o país com os melhores resultados da América Latina e dos países em desenvolvimento", disse Lopes.
O documento divulgado pela ONU, que pode ser visto no site da Unaids, não apresenta nenhum ranking sobre a doença no mundo. "Não se pode classificar a desgraça", justificou o coordenador da ONU. O relatório abrange dados de 180 países e aponta o programa anti-Aids brasileiro como o melhor entre as nações em desenvolvimento.
Variações
A epidemia, segundo o relatório da ONU, estende-se por todas as regiões do Brasil, mas mostra algumas variações.
As cidades de Porto Alegre e São Paulo mereceram destaque no relatório da Unaids. "Na capital do Rio Grande do Sul, 64% dos usuários de drogas injetáveis têm HIV, e em São Paulo, o número de prostitutas portadoras da doença cresceu de 7% para 18% em apenas um ano", disse Carlos Lopes.
O documento indica que, no início, a Aids afetou principalmente a homens que tinham relações sexuais com outros homens e também a usuários de drogas injetáveis, mas agora a epidemia tornou-se mais heterogênea. "A transmissão heterossexual é responsável atualmente por uma proporção crescente das infecções pelo HIV, e as mulheres são cada vez mais afetadas", revela o relatório.
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