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Geopolítica

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Estamos vivendo a terceira Revolução Industrial. A primeira começou no século 18 e caracterizou-se pela substituição das ferramentas manuais por máquinas e pelas novas tecnologias como a máquina a vapor e a fiadeira.

A segunda, no século 19, destacou-se pela produção da eletricidade; pelo desenvolvimento do motor de combustão interna, de produtos químicos com bases científicas e da fundição eficiente do aço; e pela invenção do telégrafo e da telefonia.

E a terceira iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial, com a revolução da tecnologia da informação, tendo por base o desenvolvimento da eletrônica: microeletrônica, computadores e telecomunicações.

As antigas áreas industriais caracterizadas pela indústria de base -associada a recursos naturais (carvão mineral, minério de ferro), empregadora de numerosa mão-de-obra não-qualificada e cuja paisagem é a chaminé poluidora- estão cedendo lugar aos tecnopolos, caracterizados pelas indústrias avançadas, de ponta. Estes são associados a grandes centros universitários de pesquisa, fornecedores de mão-de-obra altamente qualificada -formada pelos chamados "cérebros" (cientistas)- e marcados por uma paisagem constituída pelos edifícios "inteligentes".

Nesse novo contexto, os centros industriais têm por base a produtividade e, consequentemente, a competitividade e a lucratividade.

Essa nova revolução industrial ganhou importância nos EUA (Califórnia, Texas, Nova Inglaterra), no Japão, nos Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Taiwan (ou Formosa), Cingapura e Hong Kong), na China, na Inglaterra, na Alemanha, na França e, mais recentemente, nos novos países industrializados, como Índia e Brasil.

Entretanto, a transformação mais significativa se refere à globalização da indústria: as transnacionais se instalam em vários locais diferentes e complementam suas produções. Um exemplo é a indústria automobilística: os diversos componentes são fabricados em diferentes locais e montados em uma determinada indústria. Essa nova lógica da localização industrial tem provocado a descontinuidade geográfica, a descentralização industrial, ou seja, a fabricação articulada em redes globais, que se organizam em torno de fluxos de informação.

Em virtude desses aspectos inovadores e em decorrência das necessidades afloradas nesse panorama, o novo espaço industrial foge das velhas áreas metropolitanas e se instala em novas regiões caracterizadas por alta tecnologia.

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