No Caminho de Swann - Marcel Proust
"No Caminho de Swann" é o primeiro título do ciclo "Em Busca do Tempo Perdido", escrito ao longo de 14 anos. Nesse livro, o narrador introduz o leitor no seu universo literário a partir de rememorações da infância e da história de amor e ciúme de Swann por Odette. A obra traz uma das mais famosas passagens da literatura, quando o narrador come uma "madeleine" (tipo de bolinho) molhada no chá e vê sua consciência mergulhar involuntariamente no passado.
"As criaturas de Proust são vítimas desta circunstância e condição predominante: o Tempo. Não há como fugir das horas e dos dias. Nem de amanhã nem de ontem." (Samuel Beckett, escritor e dramaturgo)
Síntese
"Cessara de me sentir medíocre, contingente, mortal. De onde me teria vindo aquela poderosa alegria?"
Com estas duas frases, o narrador de "Em Busca do Tempo Perdido" registra o momento de epifania que o fará reconstituir toda sua vida, desde a remota infância até a maturidade.
A cena é aquela em que a personagem mergulha um pedaço de bolo - a famosa madeleine - numa xícara de chá e, a partir daí, se deixa transportar pela memória. Está no começo de "No Caminho de Swann", volume inicial do mais importante ciclo romanesco do século 20.
Lançado por Marcel Proust em 1913, depois de ter sido recusado pelas principais editoras francesas, este livro se concentra no período de formação do protagonista: o amor intenso pela mãe e a pouca simpatia pelo pai; o ambiente familiar dominado por mulheres; os sentimentos precoces de ódio e de culpa; as temporadas na provinciana Combray, com suas histórias locais; os primeiros contatos com pessoas que iriam viver, envelhecer e desaparecer sob os olhos do narrador.
Entre as muitas figuras que povoam o mundo de Proust, neste volume se destacam o rico sr. Charles Swann e a jovem e sedutora Odette de Crécy (casal interpretado no cinema por Jeremy Irons e Ornella Muti, numa adaptação do diretor alemão Volker Schlöndorff). O capítulo "Um Amor de Swann" é quase um romance à parte: um magistral estudo sobre o ciúme, talvez o melhor que a literatura já produziu.
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