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14/01/2009 - 21h03 Unicamp: matemática foi "clássica" e inglês "exigiu domínio de vocabulário", dizem professores Conceição Gama Em São Paulo Apesar da reclamação dos vestibulandos sobre a falta de tempo para a resolução da prova de matemática, para o professor Roberto Jamal, do Anglo, o prazo dado pela Unicamp para resolução das questões foi adequado. "Por ser uma prova de 2ª fase, é normal que o candidato saia deixando alguma questão sem resposta. A habilidade em responder a prova inteira dentro do tempo exigido também é testada no exame", comentou.
Para a professora Thaís Oliveira, do cursinho da Poli, o único senão do exame foi o pequeno espaço para o vestibulando apresentar a solução. "Os cálculos de algumas questões eram extensos e o candidato precisou ter um certo 'jogo de cintura' para conseguir escrever tudo dentro das linhas", afirmou. Entretanto, para a educadora, a prova também é digna de congratulações. "A prova da Unicamp se mantém tradicional, com assuntos clássicos e muito bem distribuídos. Comparando com a Fuvest, ela é muito mais 'leve', menos conteudista e mais contextualizadora. Apenas a questão 12 fugiu um pouco do padrão da Unicamp, por ser bem 'braçal'", observou.
O professor sublinhou a questão 8 como uma das mais bem elaboradas da prova. "No item a, eles pediam para achar duas icógnitas em função de uma terceira. No b, eles perguntavam quais as soluções possíveis, levando-se em conta as variáveis serem inteiras. Achei interessante a forma como eles organizaram a questão. Se eles houvessem pedido apenas o item b, certamente ficaria mais difícil para o aluno", comentou.
Segundo os professores entrevistados pelo UOL vestibular, o exame de inglês exigiu bom nivel de vocabulário. Alexandre Bacci, do cursinho da Poli, afirmou que "a prova manteve o padrão da Unicamp, que exige interpretação de texto, sem gramática". O professor sublinhou o fato de a Unicamp, neste vestibular, ter apresentado mais textos que o habitual. "Antes, eles traziam textos maiores, que serviam para várias questões. Dessa vez foram 12 textos curtos, um para cada questão. Como os textos eram bem diversificados, o vestibulando precisava de um grande domínio de vocabulário", afirmou. Para a professora do Objetivo, Cristina Armaganijan, o exame de inglês foi "brilhante". "A Unicamp sempre faz provas inteligentes. Neste ano, eles apresentaram vários tipos de texto, todos leves e divertidos. A prova não é cansativa para o estudante, mas o aluno precisava estar preparado para a diversidade de vocabulário exigida. A universidade consegue avaliar quem realmente sabe inglês", opinou. Wilson Liberato, professor do Anglo, também elogicou o exame. "A prova foi muito benfeita. A seleção de textos foi muito boa; eles abordaram temas de interesse geral e cobraram a boa leitura e compreensão do candidato". O educador destacou a questão 14. "Eles apresentaram o texto de um pôster com algumas regras que estava afixado na porta do quarto de um adolescente. Achei interessante esse toque de humor na prova", frisou.
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