Jovem passa em 1º em medicina de universidade pública após ficar sem o Fies
No início de 2015, o sonho de Natália Paula Cardoso, 20, estava prestes a ser realizado: ela foi aprovada em medicina na PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas).
O problema foi que, sem o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), a família não conseguiria pagar a mensalidade de cerca de R$ 5.500.
“A renda dos meus pais ultrapassa a máxima do Fies, mas a gente não pode pagar a faculdade”, diz Natália, que depois de muito choro, resolveu encarar mais um ano de cursinho pré-vestibular, dessa vez, no Poliedro.
“Eu fiquei bem mal uma semana. Pensei até em escolher outro curso, porque eu tinha muito medo de não passar. Daí coloquei na minha cabeça que ia continuar estudando mais um ano, prometi que não ia fraquejar”, diz a garota que enfrentou três anos de cursinho antes da aprovação.
Um ano depois, enfim veio a recompensa: Natália foi aprovada em medicina e ficou em 1º lugar geral no vestibular da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto). “Foi bem difícil, mas deu certo”, comemora.
No amor e nos estudos
Um dos incentivos de Natália foi o namorado, também candidato a uma vaga em medicina e colega de cursinho. Os dois se conheceram no início de 2015 na sala de aula e logo começaram o namoro e a parceria nos estudos. “A gente estudou o ano inteiro juntos”, diz.
A dupla espera agora os resultados dos vestibulares da USP (Universidade de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). E se eles separarem o casal? “Tranquilo, a faculdade vem em primeiro lugar, ela sempre foi a nossa prioridade”, afirma Natália.
Dica: não estudar só as específicas
A rotina pesada de estudos de Natália começava cedo, às 6h30, antes do início das aulas, e só terminava às 23h. “De manhã, chegava meio hora antes do professor para estudar. Depois da aula, ficava no cursinho até as 19h, quando fechava. Ia para a casa, jantava e estudava até umas 23h”, afirma. Também não tinha folga aos finais de semana.
Além da disciplina, ela diz que o que fez diferença na hora da aprovação foi a sua dedicação a áreas que não dominava. “Eu foquei muito em redação, história e geografia, que não ia tão bem”, diz Natália.
Ela conta que o caminho é mesmo difícil, mas que os anos de estudo valeram a pena. “A minha dica é persistir no cursinho e dar 100% de você. Tem que estudar mesmo, não há outra saída”, diz.
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