Topo

Caloura de medicina da UFRJ conta segredos para texto nota 1.000 no Enem

Beatriz Pêgo Damasceno, 18, gabaritou a Uerj e é aluna nota 1.000 na redação do Enem - Arquivo Pessoal
Beatriz Pêgo Damasceno, 18, gabaritou a Uerj e é aluna nota 1.000 na redação do Enem Imagem: Arquivo Pessoal

Lucas Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

14/04/2014 06h00

Após ser a primeira candidata a gabaritar um exame de qualificação da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Beatriz Pêgo, 18, conseguiu ótimos resultados nos vestibulares que prestou e foi aluna nota 1.000 na redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013. Ela contou ao UOL os segredos que a fizeram ser caloura do curso de medicina em uma universidade pública.

Beatriz já foi premiada em dois concursos de redação da Academia Brasileira de Letras. Ela conta que seu interesse pela escrita começou quando escreveu um texto que foi selecionado para integrar um livro feito pelo Colégio Pedro II e pela Folha Dirigida.

"Desde então, passei a ser cada vez mais incentivada e com o tempo fui percebendo que escrever era, além de prazeroso, muito gratificante".

Para ir bem na redação, ela diz que o essencial é acompanhar de perto as notícias e estar por dentro das atualidades. "Esses assuntos podem participar diretamente da temática elaborada pela banca, como aconteceu no Enem 2013", analisa. Estar atualizado ajuda a conquistar pontos na competência que pede a abordagem de assuntos interdisciplinares no exame, afirma.

No ano passado, o tema de redação do Enem foi "Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". A aluna de medicina da UFRJ diz ter achado a proposta bastante interessante por possuir relações com a temática de cidadania, legislação e conscientização social.

"Um tema assim no Enem, além de ser extremamente atual, é uma forma de cobrar da juventude consciência crítica sobre a Lei Seca e o aprimoramento da legislação brasileira, seus efeitos e também suas falhas."

Lista de conquistas

O desempenho no Enem garantiu o 1º lugar de direito na PUC e o 3º também em medicina na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Além de ter ficado no 14º lugar de medicina da Uerj, Beatriz foi 1º lugar na Unigranrio e na Petrópolis para o mesmo curso. No final, a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a escolhida. 

O sucesso em tantos vestibulares foi conquistado com uma rotina bastante regrada. Beatriz preferiu adotar uma disciplina de estudo diário para não acumular matéria e não ficar nervosa antes das provas. O tempo de dedicação aos livros depois da escola girava em torno de 4h30.

Nesse período, a estudante conta que ficava longe de qualquer aparelho eletrônico que pudesse lhe distrair do foco de estudar e acredita que o grande diferencial para os vestibulandos é praticar por meio de simulados.

"Realizar simulados como se estivesse realmente fazendo a prova, controlando o tempo, sem consultar livros e outras fontes de pesquisa e sem qualquer ajuda para solucionar as questões é um bom exercício", diz. "Isso porque é apenas fazendo e refazendo provas antigas que pegamos a prática e nos acostumamos com a rotina cansativa de provas."

Ela recomenda ainda que os vestibulandos tentem definir uma rotina de exercícios físicos. "Acho que eles são essenciais, tanto para a saúde, como para relaxar um pouco a mente", analisa. "Eu fazia academia todos os dias pois era a minha melhor fonte de lazer durante a semana."