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14/01/2008 - 19h53 Química e história da Unicamp são "longas demais", dizem professores Da redação Em São Paulo Nem fórmulas complexas de química orgânica, nem fatos históricos difíceis de relembrar. O que dificultou a vida dos vestibulandos que fazem os testes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo) foi a extensão das questões e das respostas exigidas, segundo a avaliação de especialistas ouvidos pelo UOL Vestibular. "O tempo não é suficiente. É impossível ler todos os textos, raciocinar e fazer os cálculos propostos em duas horas", diz Wladimir H. Monteiro, surpevisor de química do curso COC.
O tempo máximo de permanência na sala de prova é de quatro horas. Durante esse período, os candidatos devem responder aos 48 itens de história e química - o que resulta em cinco minutos para cada um deles. "É uma prova aprofundada demais, levando em conta que, diferente da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que aplica prova de história apenas para candidatos de áreas de humanas e afins, na Unicamp história é para todos os candidatos", diz Daily Matos de Oliveira, do curso Objetivo. "Sou professor de química e só resolvi a prova de química. Terminei a prova cansado", brinca Antonio Mario Salles, do Objetivo. "Os vestibulandos ainda tiveram de responder à prova de química, é muito cansativo", diz. Neste ano, a coordenação do vestibular da universidade limitou em dois o número de itens por questão, "em resposta às reclamações dos vestibulandos de que o tempo era curto demais", havia declarado Leandro Tessler ao UOL Vestibular neste domingo (14). "A Unicamp ainda não conseguiu resolver o problema da inadequação da extensão para o tempo proposto", opina Márcio dos Anjos, professor de história do COC.
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