Após polêmica no Enem, candidatos esperam redação difícil na Fuvest 2013

Os estudantes que prestam o primeiro dia da segunda fase do vestibular da Fuvest esperam uma prova de redação difícil após a polêmica sobre as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além da redação, os candidatos respondem neste domingo (6) a questões discursivas de língua portuguesa. Os portões foram fechados às 13h e a prova teve início às 13h30. 

Na última semana, uma série de protestos de estudantes insatisfeitos com a correção da redação do Enem provocou ações judiciais que pedem a liberação das provas corrigidas e a possibilidade de recurso contra a nota. 

A estudante Maytê Finatti, 18, não achou a nota que recebeu no exame injusta, mas espera que o tema e a proposta de redação na Fuvest sejam mais difíceis do que os do Enem, que abordou fluxos migratórios de haitianos e bolivianos para o Brasil neste início de século 21. Ela presta vestibular para economia e reclama, porém, que só conseguiu ver sua nota ontem, uma semana depois da liberação da consulta, "porque o site não funcionava".

Já Rafael Miranda, que veio do Rio de Janeiro para concorrer a uma vaga no curso de física da USP, acredita que a redação é seu maior desafio no exame. Ele diz que ficou surpreso com a nota que recebeu no Enem e espera que isso não se repita na Fuvest. "No passado fiz o Enem e tirei quase 900 pontos na redação, nesse ano fiquei com 600", reclama. 

A redação também é uma preocupação do estudante Silas Cabral, 19, que teme não ter obtido nota suficiente para engenharia naval na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) onde prefere estudar. Hoje, tenta se garantir no mesmo curso na USP.

No entanto, também há em meio aos mais de 31 mil candidatos quem queira que a redação da Fuvest seja parecida com a do Enem. "Achei o tema [fluxos migratórios] inesperado, mas consegui ir bem, tirei 940 pontos. Vamos ver agora na Fuvest, que deve ser mais difícil", afirma Tiago Alves, que presta o vestibular como treineiro.