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Guia de estudos: confira 10 temas essenciais de geografia

Lucas Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

14/08/2013 06h00

Conceitos que envolvem mudanças no clima, fontes alternativas de energia e globalização devem estar na ponta da língua dos estudantes que irão encarar a maratona de vestibulares no final deste ano. Para ajudá-los, o UOL preparou uma lista com dez temas essenciais de geografia.

GUIA DE ESTUDOS

  • AFP

    Dez temas essenciais de química

  • Rodrigo Capote/Folhapress

    Dez temas essenciais de matemática

  • Luciano Candisani/CI/Divulgação

    Dez temas essenciais de geografia

  • Bruno Miranda/Folhapress

    Dez temas essenciais de física

  • Thinkstock

    Dez temas essenciais de biologia

  • REUTERS/Enrique Castro-Mendivil

    Dez temas essenciais de história

  • Thinkstock

    Dez temas essenciais de filosofia e sociologia

  • Thinkstock

    Dez temas essenciais de inglês

  • Rede Globo/Divulgação

    Dez temas essenciais de português

  • Reprodução

    Dez temas essenciais de espanhol

Esse é o terceiro roteiro de uma série que trará o guia de estudos de uma disciplina por dia.

O compilado foi feito com a ajuda dos professores dos cursinhos Anglo, Paulo Moraes, CPV, Adriano Baroni, e Oficina do Estudante, Bruno Saneti. Confira a seguir:

  • Globalização: Processo de internacionalização das relações econômicas capitalistas, apoiado em novas tecnologias de transporte e telecomunicações e na ampliação da capacidade produtiva

Para Bruno Saneti, da Oficina do Estudante, a globalização está relacionada com a economia entre os países. “Se você pega questões sobre movimentos migratórios, você está falando de globalização”, analisa. 

Alexandre Gobbis, professor do Cursinho do XI, aposta em questões envolvendo a crise de 2008 e a então saída do Paraguai do bloco liderado pelo Brasil. “O que estamos vendo agora são os blocos em crise, a zona do euro, o Mercosul.”

“Esta revolução científica está relacionada com a segunda globalização, como a gente conhece, que só aconteceu por causa desse desenvolvimento da tecnologia originada principalmente durante o período da Guerra Fria”, diz Saneti.

  • Potências emergentes: A sigla Brics dá nome a um grupo formado por potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A importância do grupo ultrapassou a área econômica e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em discussões políticas

Para Adriano Baroni, do CPV, o aluno deve ter em mente que são países de diversas origens (ex-colônias, ex-socialistas, "socialismo de mercado" no caso da China, por exemplo) que irão apresentar significativos níveis de desenvolvimento econômico.

É importante estar atento ao fortalecimento do setor industrial e tecnológico, aumento da capacidade exportadora (principalmente das commodities, no caso do Brasil e África do Sul) e expansão dos mercados consumidores internos (com significativa melhoria das condições de vida de seus cidadãos).

  • Clima: elementos climáticos, como a umidade, pressão atmosférica e temperatura; fatores de determinação do clima; e as mudanças do clima e suas consequências.

O professor Saneti acredita que o estudante deve saber a diferença entre fatores e elementos climáticos e entre clima e tempo. Assuntos como o aquecimento global, camada de ozônio e até mesmo o frio que a região centro-sul do país teve no mês de julho podem ser abordados.


  • Teorias demográficas: Teoria Malthusiana (a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado a uma progressão geométrica, e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética); Neomalthusiana; e Reformista 

Saneti acredita que o tema é muito importante e lembra que o recente livro de Dan Brown "Inferno" discorre sobre população, podendo ser um “gancho” para alguma questão.

ESTUDE PARA O ENEM

  • Johnny Eggitt/AFP

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“É bom saber sobre os erros da teoria malthusiana, a volta dela no pós-Segunda guerra por causa do ‘baby boom’. Eles tentam usar a teoria novamente sem os erros do século 18, mas mesmo assim continuam os problemas. Sabemos que a dificuldade não é a falta de recursos, mas sim a distribuição”, analisa. 

  • Fontes de energia: Alteração da matriz energética, fontes convencionais ou alternativas

“Assunto recorrente, principalmente com relação à queima de combustíveis fósseis”, diz Saneti. O professor lembra ainda que o petróleo é ainda o combustível mais usado no planeta, e questões envolvendo problemas ambientais, diminuição desses recursos e busca por novas alternativas são corriqueiras também. 

O assunto inclusive já foi abordado na redação do Enem do ano passado. “Podemos afirmar que o Brasil se considera, de maneira errada, um país que aceita muito bem as diferenças, os imigrantes, e não é bem assim. Em São Paulo, por exemplo, a gente vê o preconceito que o nordestino sofre. Então temos de certa forma o crescimento da xenofobia por aqui”, analisa o professor da Oficina.

Para Baroni, do CPV, os alunos devem reconhecer os agentes internos (criadores do relevo) e os agentes externos (modeladores do relevo). Partindo desta relação, estabelecer o dinamismo do processo de formação das unidades do relevo no Brasil e identificar as diferenças entre as depressões (predominantes), os planaltos e as planícies.

"O processo de formação dos solos deve ser entendido no contexto da ação do intemperismo [físico e químico] da formação do relevo. Desgaste e decomposição das rochas são fundamentais para a formação dos solos. Quanto ao seu uso e degradação, deve ser diferenciado o agronegócio [agressivo e impactante] das diversas formas sustentáveis de produção agrícola, principalmente aquelas que envolvem a agricultura familiar", diz Baroni.

  • Recursos hídricos: potencial e aproveitamento (hidroeletricidade, irrigação e transporte)

Regiões tropicais, áreas sedimentares e as grandes bacias hidrográficas passam a ser vistas como áreas estratégicas na produção energética renovável, no aproveitamento agrícola de áreas secas (irrigação) e como modalidade de transporte capaz de reduzir de forma significativa o custo de produção e aumentar a competitividade dos produtos. 

O Brasil, com seu gigantesco potencial hídrico, passa a se destacar como detentor de um dos maiores potenciais do mundo.