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15/11/2009 - 20h44 Coletânea mais curta ajudou na redação da Unicamp 2010; prova teve nível médio Simone Harnik Em São Paulo A prova, realizada neste domingo (15), cobrou a elaboração de um texto e 12 perguntas discursivas sob a temática de "gerações".
Redação"Foi uma prova muito boa, com uma nova qualidade: a diminuição da quantidade de textos da coletânea. E também havia duas imagens, o que facilita muito", avalia a coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni.A opinião é compartilhada pelo coordenador do Anglo Vestibulares, Luis Ricardo Arruda: "Os textos também estão mais fáceis de fazer a ponte com o que é pedido nas propostas. Foi uma evolução muito boa", disse. O vestibulando pode, tradicionalmente, escolher entre três formatos de texto: uma dissertação, uma carta ou uma narração. De acordo com o coordenador de português do curso Objetivo, Francisco Achcar, a carta foi o mais difícil dos três. "A narração depende de os candidatos terem talento. Já a dissertação cobra a capacidade de manipular argumentos. E, este ano, a carta dependia de conhecimentos mais especializados, pois cobrava familiaridade com um ambiente empresarial e com a modernização". Química"Foi uma prova sem problemas. As duas pedem temas clássicos da química e abordam assuntos recorrentes. Não foram difíceis; médias, no máximo", avalia o coordenador do Objetivo, Antonio Mario Salles.Uma das perguntas abordou o escurecimento de cabelos, por meio de tintas, e as reações químicas adotadas. A outra, falou das rugas. O conhecimento cobrado foi de cálculo estequiométrico e de química orgânica, principalmente. "Química é a disciplina, junto com física, que vai selecionar mais os candidatos", avalia o coordenador do Etapa, Edmilson Motta. GeografiaAbordou temas que se discutem muito em sala de aulas, afirmou o professor de geografia do Objetivo, Eduardo Lucchesi. "Um é o tema de evolução de população e o outro sobre uso do solo e sobre o desmatamento. São dois assuntos que têm sido abordados no ensino médio. A prova tem bom senso e está equilibrada", afirma.FísicaO nível de dificuldade foi considerado fácil pelo coordenador de física do Objetivo, Eduardo Figueiredo. "A primeira questão exigia aplicação direta de equação. E a segunda pedia duas continhas. Era preciso saber conteúdo, embora muito simples", avaliou.Biologia"As questões foram bem feitas e o assunto dominante foi o da saúde", diz. "A primeira fala sobre casamento consanguíneo e a segunda, sobre hipertensão arterial", diz o coordenador do Objetivo, Luiz Carlos Bellinello. "Foram questões bem simples, tradicionais", completa Motta, do Etapa.MatemáticaNa avaliação do coordenador do Objetivo, Giuseppe Nobilioni, o nível de dificuldade foi médio. Uma questão de geometria e outra de álgebra compuseram o exame. "Uma delas dava um gráfico mostrando a variação populacional de jovens, adultos e idosos. Era possível resolver por semelhança de triângulos", orienta. A outra, segundo ele, cobrava uma regra de três.HistóriaPara o coordenador de história do Objetivo, Daily de Matos, a prova foi muito bem elaborada e sem nenhuma dubiedade. "Ficou bem claro que a Unicamp tem preocupação com o aluno de escola pública e cobrou interpretação de texto." O nível de dificuldade foi considerado médio.Para o coordenador do Etapa, Motta, o item "a" das duas perguntas de história exigia apenas interpretação de texto. Já o "b" cobrava respostas bem abertas. "Não se espera que o estudante faça um tratado sobre o assunto, por isso o espaço foi suficiente", avaliou.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012. |