A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) manteve a tradição de provas de primeira fase interpretativas e "antenadas" com a realidade -- modelo considerado
fácil para muitos vestibulandos. Escolheu saúde pública como tema para as questões e redação. Um exame que "seleciona bons leitores para a segunda fase", na avaliação de Vera Lúcia Antunes, coordenadora do curso Objetivo, de São Paulo.
Antunes explica que a primeira fase da Unicamp não é uma "prova de conhecimentos aprofundados", mas um exame que privilegia os cultura geral e precisão na resposta, já que a banca é rigorosa na correção.
Segundo a professora, o candidato que leu com atenção os textos da proposta de redação não encontrou dificuldades para responder às questões de geografia, por exemplo.
Mudanças no vestibular
As mudanças no vestibular da Unicamp serão percebidas efetivamente só para quem for para a segunda fase, opina Antunes. A instituição fixou em dois o número de itens (ou seja, a e b) de cada uma das 12 questões. O que quer dizer que os vestibulandos tiveram de responder a 24 questões, além de escrever uma redação.
O objetivo da mudança é reduzir a extensão da prova -- problema que incomodava principalmente os candidatos da segunda fase, que vinham enfrentando questões de geografia ou física com até cinco itens.
A partir de agora, cada um dos itens vale dois pontos - a pontuação máxima da prova, então, é de 48 pontos. A redação passa a ser avaliada também numa escala de 0 a 48 pontos, valendo metade da prova.
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