|
18/11/2007 - 21h01 Redação com tema "fácil" pode ser armadilha, diz professora Da Redação Em São Paulo O vestibular 2008 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas - SP) teve saúde pública como tema. Fácil, "mas não tanto", alerta Maria Aparecida Custódio, professora de redação do Objetivo. Neste ano, o tema da redação como dissertação na primeira fase abordou a saúde, incluindo políticas públicas para o assunto. Já o tema para a narração pedia a questão do preconceito sobre temas como a Aids e a obesidade. A terceira proposta era para que o candidato escrevesse uma carta ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pedindo a manutenção de uma das campanhas do órgão, como a de combate ao tabaco ou ao uso de álcool. "Temas que freqüentam a mídia com freqüência podem levar o candidato a ter uma abordagem previsível, com lugares-comuns", diz a professora. "Não é o que a Unicamp espera", completa. "Por isso temas muito 'comuns' são uma armadilha: a banca é rigorosa e exige que o vestibulando aprofunde no tema", afirma. Uma das melhores saídas era utilizar os textos apresentados nas proposições como base para a argumentação, diz a professora. Antes de apresentado o tema de redação, a prova trazia a instrução: "sua redação será desconsiderada se você desconsiderar a coletânea". "A coletânea de temas está lá. A Unicamp faz questão de que o candidato as utilize. Como a banca também pune 'fatalmente' quem é superficial, esse era um caminho para ser mais concreto", diz Custódio. "Se for bom leitor, tiver opinião formada e senso crítico bem desenvolvido, o vestibulando tem grandes chances de ir bem na redação e na prova objetiva", afirma a professora. Para professores da área de humanas, a prova privilegia candidato "antenado". Professores de exatas, por outro lado, vêem questões superficiais sobre o domínio. |