Último dia da Fuvest 2016 dá destaque para a análise de gráficos
O último dia de provas da segunda fase da Fuvest 2016 deu destaque para a interpretação e produção de gráficos. Segundo os professores ouvidos pelo UOL, todas as disciplinas da prova específica tiveram ao menos uma questão envolvendo a habilidade.
Na prova de história, inclusive, o candidato teve de produzir um gráfico sobre a produção de ouro no Brasil. "Todas as disciplinas pediram a análise ou construção de gráfico. A surpresa veio em história, que pediu a análise da mineração. O último item desta questão poderia ser feito rapidamente. O desafio ficou por conta do gráfico", avalia Lilio Paoliello, diretor pedagógico do cursinho da Poli.
Para ele, a prova teve enunciados diretos e dificuldade mediana. "Química foi a disciplina mais difícil. Matemática estava dentro do esperado, mas não caiu temas recorrentes, como trigonometria. Matemática estava mais difícil na segunda-feira", analisa.
Essa também é a visão do professor Paulo Moraes, diretor pedagógico do Anglo Vestibulares. "Matemática e química estavam mais difíceis no segundo dia. Já as questões de história e geografia estavam bem feitas e difíceis, como se esperava da Fuvest", diz.
"Biologia e geografia se destacaram por analisar a interpretação do candidato num nível mais exigente, com tabelas e textos elaborados", avalia Edmilson Motta, coordenador geral do Etapa. "Já matemática, só teve uma questão de geometria, o que é bem incomum."
Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, avaliou a prova como difícil e trabalhosa. "Não dá para dizer que não é [difícil]. O que mais me chamou atenção foi que na prova de física todas as questões, exceto uma, tinham quatro itens", diz.
Segundo ele, geografia explorou temas atuais, como a crise dos refugiados na Europa e o papel da Alemanha neste contexto. "É uma prova efetivamente para selecionar", afirma sobre a dificuldade.
A professora Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Curso e Colégio Objetivo, acredita que a questão 4 de geografia tenha dado mais trabalho aos estudantes, por abordar as cheias do Rio Negro. "Contudo, o terceiro dia foi extremamente adequado ao que se espera dos alunos do terceiro ano", avalia.
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