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Estudava até no ônibus, diz caloura da USP que fez escola pública

Alice e o amigo Gustavo comemoram a aprovação no vestibular: ela na USP e ele na UFRJ  - Reinaldo Canato/UOL
Alice e o amigo Gustavo comemoram a aprovação no vestibular: ela na USP e ele na UFRJ Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Marcelle Souza

Do UOL, em São Paulo

31/01/2014 18h39

Aprovada no curso de engenharia de produção, Alice Rocha de Almeida, 17, estava "feliz e aliviada" ao ver seu nome na 1ª chamada da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona para a USP (universidade de São Paulo) e para a Santa Casa. A lista foi divulgada nesta sexta (31).

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Com jornada dupla -- escola técnica pela manhã e cursinho de tarde --, ela conta que estudava entre 7h e 20h, de segunda a sexta. Aos sábados, ela estudava de manhã e fazia os simulados do cursinho no período da tarde. O dia de "folga" era o domingo, quando ela se enfiava nos livros apenas de manhã.

"Só estudava e dormia", conta Alice. A rotina era puxada: das 7h às 11h30 ela estudava na “Etec Basilides de Godoy”, na Vila Leopoldina. Às 14h15 começavam as aulas no cursinho --onde tinha uma bolsa de desconto-- e seguiam até 18h. "Às 13h, eu já estava na Paulista e estudava até 14h15", disse. Depois das 18h, ela ainda encarava leituras e exercícios até 20h.

Base boa

Alice acredita que por fazer uma boa escola pública -- as Etecs (escolas técnicas) costumam ser bem avaliadas -- ela conseguiu acompanhar as aulas do cursinho durante o 3º ano do ensino médio. Mas ela analisa: "se não tivesse feito cursinho, acho que não passaria".

Seu colega de Etec Gustavo Nascimento Bandeira, 17, que a acompanhou para ver a lista de aprovados na região da Paulista, conta que ela estudava o tempo todo. Nas aulas da Etec, "ela sentava no cantinho e estudava sozinha".