Caloura da USP Leste está indecisa por causa de problema ambiental

A maranhense Francisca Viana, 22, comemorava ao celular a sua aprovação no curso de gestão ambiental no vestibular 2014 da USP (Universidade de São Paulo). A lista da 1ª chamada foi divulgada na tarde desta sexta-feira (31).

Ela avisou o namorado e comemorava com a família, de Itinga, uma cidadezinha na fronteira entre os Estados do Maranhão e do Pará. 

A alegria da aprovação, no entanto, não era completa. Francisca, que também passou em engenharia ambiental na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), se preocupa com os problemas ambientais que o campus onde é dado seu curso está passando.

O campus da EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), também conhecida como USP Leste, está interdidado por causa da contaminação do solo. A reitoria da USP aguarda decisão judicial para garantir o começo das aulas no local.

"Tenho que pensar rápido", conta a maranhense que admite ser a contaminação um ponto contra sua matrícula na USP. Ela já fez a matrícula na UFSCar, que seleciona com as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Por amor, veio para São Paulo

Francisca será a primeira entre os irmãos que chegou ao ensino superior. Em 2011, ela se mudou para Goiânia em busca de trabalho -- a região de Imperatriz é muito pobre. Foi onde conheceu o namorado, que morava em São Paulo.

Incentivada por ele, a moça mudou de cidade e encarou um ano de cursinho. Ele é um dos pontos a favor de ela ficar em São Paulo, na USP.