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08/02/2010 - 13h18

Pais também fazem parte do trote na Poli-USP

Ana Okada
Em São Paulo
A festa dos calouros da Escola Politécnica, a escola de engenharia da USP (Universidade de São Paulo) neste ano teve grande participação dos pais. "Este ano mais pais vieram", confirma Gabriella Torres, da Atlética da Poli, uma das entidades estudantis que organizam a comemoração.

A organização do evento estava preparada: havia uma área coberta, especialmente destinada aos pais -- de onde eles podiam observar o trote e tirar fotografias. No entanto, muitos deles entraram na área da festa para registrar os filhos sendo pintados, rolando na lama ou jogando futebol de sabão.

O educador Marcos Bianchi foi um desses pais. Ele acompanhou o filho, Paulo Cezar, 18, e fotografou tudo. Para ele, o convite feito pelos veteranos aos pais no site da Atlética também contribuiu para a adesão. O calouro aprovou o novo formato da festa, sem bebidas com álcool. "Achei bom porque não sai muita besteira. Sempre tem aqueles que nunca bebem e acabam passando mal", disse Paulo na frente do pai.

Festa comportada

"Até me impressionei com a organização. A princípio, faríamos a matrícula e iríamos embora, mas foi tão tranquilo que meu filho decidiu participar", conta Augusto Cesar Barbosa Neto, que veio de Campinas com a família toda para fazer a matrícula do filho, Matheus Barbosa, 17.

A organização da festa é feita por diversas associações de alunos. Neste ano, houve maior rigidez na comemoração com a proibição de bebidas alcoólicas e maior segurança. Havia, inclusive, revista na entrada da festa para garantir que não haveria "contrabando" de bebidas.

Segundo o diretor da Escola Politécnica, Ivan Gilberto Sandoval Falleiros, a festa não é proibida mas sim o trote. "Mas o que é aquilo lá? Eu tento convencer as pessoas a não participar, mas eu não consigo". Para ele, a comemoração foi "uma forma de burlar a lei", uma vez que o trote é proibido na Cidade Universitária. O diretor diz que não há como evitar uma comemoração dos alunos. Mas, segundo ele, a direção da escola está atenta: "se houver excesso a gente pode intervir".

José Antônio Labinas, pai do calouro José Victor, também não concorda com o trote: "se eu fosse aluno, eu não optava [pelo trote], para mim tinha que ser mais uma integração e não fazer o calouro deitar na lama", diz. E, na sequencia, admite: "mas também não mata ninguém. Pelo que estou vendo está tranquilo", complementa.

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