A segunda fase da Fuvest 2010 começa neste domingo (3) e se estende pela segunda (4) e terça-feira (5). Apesar de não haver "receita de bolo" para fazer as provas, é possível utilizar algumas estratégias para ajudar "na hora do aperto", de acordo com professores ouvidos pelo
UOL Vestibular.
Nos dias de prova, após o exame, o
UOL Vestibular trará a
resolução da prova, comentada por professores do Curso e Colégio Objetivo.
Veja seis dicas essenciais para fazer um bom exame:
Dos mais de 128 mil inscritos para a Fuvest 2010, 37.968 candidatos passaram para a segunda etapa, sendo que 2.380 deles são treineiros
Começar pelas "mais fáceis"
Segundo o professor Edmilson Motta, coordenador do curso Etapa, uma das mais bem sucedidas estratégias para provas dissertativas consiste em dar uma
lida rápida no exame e começá-lo pelas questões que são mais fáceis para o candidato. "Iniciar pelas perguntas que se sabe melhor pode dar confiança para começar bem, até para aproveitar melhor o tempo."
O segundo dia, acredita Motta, deve ser aquele em que os candidatos deverão estar mais atentos ao uso do tempo, pois é o que terá mais questões: "Eles devem abrir o exame, encontrar as mais simples e fazê-las; não terá tempo para ficar divagando", afirma.
Aproveitar o tempo
Os docentes também aconselham os estudantes a utilizar todo o tempo disponível --quatro horas-- para fazer a prova. "Nada de querer sair mais cedo", diz o coordenador do curso Anglo, Alberto Francisco do Nascimento. O estudante deve calcular o uso do tempo para a leitura, para as respostas, para passar as questões a caneta (para aqueles que fazem rascunho a lápis), para voltar a alguma questão difícil que ficou para trás e para revisar a prova.
No
primeiro dia do vestibular (3 de janeiro), a prova terá 10 questões e uma redação. A professora Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa do Grupo Folha e autora do livro "Redação Linha a Linha" aconselha:
deixe, pelo menos, uma hora para a redação.
Se você fizer os cálculos, os candidatos terão cerca de
18 minutos para responder cada pergunta. Para esse dia, a recomendação é responder primeiro as perguntas e, depois, a redação. "Se fizer a redação, o candidato pode se empolgar e acabar sem tempo para as questões", explica Nascimento.
No segundo
(4 de janeiro), serão aplicadas 20 questões de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês; serão
12 minutos para cada questão. Esse dia é a "grande incógnita", pois terá questões interdisciplinares. Segundo o professor Motta, o exame será uma mistura de três tipos de abordagens:
Interdisciplinar "de contexto", com introdução interdisciplinar e pergunta de uma disciplina só, próximo dos moldes do Enem;alternando, na mesma questão, itens de matérias variadas;misturando, na mesma pergunta, disciplinas diferentes. Para ele, esse dia também pode ser próximo da prova da primeira fase da
Unicamp, que é discursiva e aborda todas as disciplinas.
No terceiro (
5 de janeiro), haverá a prova específica, com 12 perguntas, de acordo com a carreira escolhida. Haverá
20 minutos para o vestibulando fazer cada questão. O professor Motta prevê que a Fuvest faça um misto entre questões essenciais e questões específicas. "Por exemplo, os estudantes que prestam direito não têm, geralmente, tanto interesse por matemática, mas terão que fazer a prova. O exame terá que contemplar as necessidades desses candidatos", diz.
Caprichar na redação, que vale 50% do 1º dia:
Edmilson Motta ressalta a importância de fazer uma
boa redação: "A Fuvest é um dos vestibulares que mais valoriza a redação, ela vale metade da prova de português", diz. Para estudar, ele aconselha a leitura de notícias e o treino com temas de vestibulares passados. "Caem muitos temas relacionados com a sociedade e o meio ambiente, então
estar por dentro de temas da atualidade pode ajudar no desenvolvimento do texto".
Além disso, é importante não achar que a redação será "é um bicho de sete cabeças". Veja alguns pontos a serem observados na hora de fazer a redação, segundo Thaís Nicoleti:
Não fugir do tema: a redação deve ser uma reflexão sobre o tema proposto, em que o estudante usará referências próprias e relacionar o material apresentado na proposta da redação;Observar modelo da dissertação: o texto dissertativo deve ter introdução, desenvolvimento e conclusão;Organização: o texto precisa ter entre três e cinco parágrafos e um título. Deve ser usada a normal culta, ou seja: gírias, "palavrões" e jargões de internet não entram;Não assinar o texto: jamais colocar nome ou assinatura, pois pode parecer que candidato quer "avisar" o corretor;Valorizar o tema: o tema não deve ser tratado como uma "tarefa escolar da qual você quer se livrar", mas deve mostrar o porquê da discussão, a importância do assunto.Ser coerente com o uso do Acordo ortográfico
Quanto ao uso do
Acordo Ortográfico, o professor Motta explica que os vestibulandos podem escolher se vão utilizá-lo, mas que devem ser coerentes. Ou seja, não podem alternar a nova e a velha grafia. "Se o candidato escrever 'ideia' com acento, não pode escrever depois 'plateia' sem acento, por exemplo", diz.
Se não souber resolver, tentar esboçar resposta
E se houver alguma pergunta que o estudante não soube responder, o que fazer? Caso haja tempo, o professor Nascimento aconselha que o estudante tente esboçar o raciocínio da resposta. "Não vale 'encher linguiça'; mas, se ele conseguir mostrar como é possível resolver a questão, pode até ganhar pontos, pois numa prova escrita é possível você escrever o raciocínio", alerta.
O professor Motta também incentiva a tentar sempre responder todas as questões: "Tudo é decisivo para a aprovação", aconselha.
Conferir respostas antes de entregar a prova
Ao término da prova, depois que todas as questões já estiverem respondidas a caneta, é importante relê-las, conferir se as respostas estão coerentes e verificar se não faltou nenhum detalhe.
O professor Nascimento alerta que as respostas devem contemplar exatamente o que foi perguntado e que, no caso de questões da área de exatas, devem mostrar o cálculo que levou ao resultado final.
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