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24/03/2009 - 06h00 Fuvest 2009 teve mais redações com bom nível, diz diretora da instituição Ana Okada Simone Harnik Em São Paulo
A banca corretora da Fuvest avalia três características do texto: o tema e o desenvolvimento, a estrutura e a forma de se expressar. Cada dissertação é analisada por corretores independentes e, se houver discordância entre as notas, uma "banca superior" é responsável por analisar tudo novamente. De acordo com Maria Thereza, os textos foram sendo selecionados no próprio processo de correção. E não correspondem à totalidade dos bons textos do vestibular: isso porque só foram divulgadas redações de candidatos que forneceram sua autorização para a Fuvest. Em outras palavras, outros bons textos ficaram de fora da lista porque seus autores não autorizaram a fundação a divulgá-los. A professora Célia Passoni, do cursinho Etapa, em São Paulo, observou que muitas das melhores da Fuvest usavam como referência elementos do cotidiano dos jovens, como por exemplo letras de músicas que têm a ver com a proposta de redação. Outra boa surpresa para a professora foi o uso de citações de passagens da filosofia e da literatura, sobretudo de leituras obrigatórias: "Você vê que as leituras vão além da obrigatoriedade e podem sustentar a argumentação candidatos; isso é muito positivo". O professor Eduardo Antonio Lopes, do cursinho Anglo, observa que o vestibular de 2009 foi o primeiro a pedir título para a redação. Antes, o título era opcional: "uma vez que foi pedido, ele vira um quesito a mais a ser avaliado. No entanto, se uma das melhores redações teve o título colocado no pé, isso desmistifica a correção e ressalta o que nós sempre dizemos: que o conteúdo é o que mais importa."
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012. |