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12/02/2009 - 14h49 Onda de trotes violentos reacende discussão sobre o tema Da Redação* Em São Paulo Os casos surgem após dez anos da morte de Edison Tsung Chi Hsueh, calouro de medicina da USP (Universidade de São Paulo) que morreu afogado durante churrasco em festa dos calouros. Para o professor Oriowaldo Queda, pesquisador do tema, é preciso eliminar qualquer tipo de recepção aos calouros. "Não tem nenhuma utilidade na formação de cidadãos", diz.
Em entrevista à Veja, Antônio Zuin, professor do departamento de Educação da UFSCar (Universidade Federal de São Calos), fala que o trote é um rito de passagem fundamentado em "integração de caráter sadomasoquista". Ele explica que, nas primeiras universidades europeias, os calouros tinham as roupas retiradas e queimadas e os cabelos, raspados. Na terça-feira (10), no trote da UFG (Universidade Federal de Goiás), um calouro foi vítima de agressões da Polícia Militar. Em imagens feitas por um colega que participava da festa, o jovem aparece cercado por policiais, recebe um tapa e um soco de um deles e cai no chão. Segundo a PM, os policiais foram ao local da comemoração porque um grupo consumia bebidas alcoólicas em um parque municipal, onde a prática é proibida.
No mesmo dia, em Leme (189 km de SP), o calouro de medicina veterinária Bruno César Ferreira, 21, ficou em coma alcoólico, foi submetido a uma sessão de chicotadas e foi forçado a entrar numa lona com restos de animais em decomposição, fezes e esterco. Os suspeitos são dois estudantes veteranos do mesmo curso, da universidade Anhanguera Educacional, e foram reconhecidos ontem (11) por Ferreira. Em depoimento, ambos negaram as agressões. *Com informações da Folha de S.Paulo e da revista VEJA |