Revolução Americana Da Página 3 Pedagogia & Comunicação A Guerra da Independência dos EUA, um movimento emancipador das colônias inglesas na América, teve início com manifestações de descontentamento contra a situação injusta a que os colonizadores foram submetidos pela Grã-Bretanha. Pouco a pouco, essas manifestações se transformaram em rebelião aberta, culminando na proclamação de uma república independente, com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganharam forma estatal. Antecedentes Ao fim da Guerra dos Sete Anos (conflito entre a França, a Áustria e seus aliados, de um lado, e a Inglaterra, Portugal e seu aliados, de outro), recaiu sobre os colonos norte-americanos a obrigação de pagar parte da dívida inglesa contraída com a guerra.
Em 1764, é baixado o Sugar Act, lei de imposto sobre o açúcar. O novo tributo passou a pesar não somente sobre o açúcar refinado importado pelas colônias, mas também sobre vinhos, café, tecidos e outras mercadorias.
Em 1765, criado o Stamp Act (lei do selo): papéis referentes a transações comerciais e até jornais deveriam ser selados, o que representava novo encargo. Os novos impostos provocam alta do custo de vida.
Protestos se alastram por várias regiões. Cria-se uma organização de luta, os Filhos da Liberdade, composta sobretudo de trabalhadores afetados pela carestia.
Os corpos legislativos das nove províncias coloniais decidem negar ao parlamento britânico o privilégio de decretar novos impostos sem o assentimento das assembléias norte-americanas.
Boicote dos comerciantes às taxas inglesas se estende por diversos portos.
Londres revoga a lei do selo, mas cria novas e pesadas taxas, conhecidas como Townshend Acts.
Seguem-se protestos em várias regiões e forte boicote. As importações da Inglaterra caem.
Londres abole alguns tributos, mas os choques prosseguem. Bandeiras inglesas são queimadas em público.
Sentimento de independência começa a ganhar corpo.
Londres concede à Companhia das Índias Orientais o monopólio do comércio do chá nas colônias.
A Revolução e Independência Motim de Boston: um grande lote de chá é recebido em Boston sob violento protesto. Disfarçados de índios, patriotas sobem a bordo do navio e jogam ao mar toda a carga. É o começo da revolução.
O governo inglês ordena a repressão.
O parlamento inglês vota o Quebec Act, pelo qual o Canadá recebe mais privilégios do que as colônias norte-americanas.
Em 5 de setembro de 1774, reúne-se em Filadélfia um congresso continental, onde se elabora uma declaração de direitos enérgica, reiterando-se o repúdio aos impostos.
O rei Jorge 3º exige a submissão total das colônias.
Tem início a guerra, em 19 de abril de 1775: insurretos armados impedem o governador militar britânico de se apoderar de um depósito de armas (em Concord, perto de Boston).
Em junho de 1775, batalha de Bunker Hill (forças inglesas perdem 2.500 homens).
Novo congresso em Filadélfia decreta mobilização geral e cria um exército próprio, sob o comando de George Washington.
Alguns governadores ingleses voltam para Londres; outros são aprisionados.
Britânicos sofrem nova derrota, em Charleston.
Em maio de 1776, novo congresso aprova a tese da independência. No dia 7 de junho, proposta de formação de uma federação norte-americana livre e independente.
4 de julho de 1776: congresso aprova a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson.
A guerra se prolonga. São feitas alianças com países europeus, principalmente com a França, que apóia os norte-americanos.
Após várias batalhas, os ingleses aceitam a independência. A paz é ratificada em 3 de setembro de 1783.
Em 1787, depois de enfrentar inúmeros problemas na organização da nova nação (dentre eles, uma crise financeira quase catastrófica), vota-se a Constituição definitiva dos EUA, que colocava em prática, pela primeira vez na história, o princípio da separação dos poderes formulado por Locke e Montesquieu. | ÍNDICE DE REVISÕES | | |