Entre 31 de março e 1º de abril de 1964, o presidente
João Goulart - que havia assumido a presidência após a renúncia de
Jânio Quadros, em 1961 - foi
destituído do poder pelos militares, apoiados não só pelas classes conservadoras ou pela elite, mas também por amplos setores das classes médias, descontentes com a crescente influência política de lideranças sindicais esquerdistas no governo federal.
A sublevação militar partiu de vários pontos do país. No dia 1º de abril, Goulart abandonou o poder, ordenou a cessação de toda e qualquer resistência e seguiu para o exílio no Uruguai.
Depois de quinze dias em que a presidência foi ocupada pelo presidente Câmara dos Deputados,
Pascoal Ranieri Mazzilli (sob a tutela do alto comando revolucionário), assumiu o poder o chefe do Estado Maior do Exército, general Humberto de Alencar Castelo Branco.
1) Governo Humberto de Alencar Castelo Branco abril de 1964 a julho de 1967;
suspensão dos direitos políticos dos cidadãos;
cassação de mandatos parlamentares;
eleições para governadores passam a ser indiretas;
dissolução dos partidos políticos e criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições.
nova Constituição entrou em vigor (janeiro de 1967);
proibição de greves.
2) Governo Arthur da Costa e Silva
março de 1967 a agosto de 1969;
enfrentamento da reorganização política dos setores oposicionistas;
radicalização das medidas repressivas (promulgação do Ato Institucional nº 5);
Costa e Silva foi afastado por motivos de saúde e substituído, durante dois meses, por uma junta militar.
3) Governo Emílio Garrastazu Médici
novembro de 1969 a março de 1974;
o mais repressivo do período ditatorial;
organizações clandestinas de esquerda foram dizimadas;
"milagre econômico": fase áurea de desenvolvimento do país, com recursos investidos em infra-estrutura;
crescimento da dívida externa.
4) Governo Ernesto Geisel
março de 1974 a março de 1979;
crise mundial do petróleo, recessão mundial, escassez de investimentos estrangeiros no país;
MDB consegue expressiva vitória nas eleições gerais de 1974;
início da distensão lenta e gradual;
militares extremistas ofereceram resistência à política de liberalização;
revogação do AI-5 e restauração do habeas corpus.
5) Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo
março de 1979 a março de 1985;
aceleração do processo de liberalização política (aprovação da Lei de Anistia);
restabelecimento do pluripartidarismo;
resistência de militares extremistas;
aumento dos índices de inflação;
recessão;
movimento Diretas Já;
Colégio Eleitoral (formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) escolheu o deputado Tancredo Neves como sucessor, que veio a falecer. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, José Sarney.
Veja também
Ditadura militar