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Guerra Fria - meio século de rivalidades
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
 

O fim da Segunda Guerra Mundial deu início à Guerra Fria, um processo que marcou as relações internacionais ao longo da segunda metade do século 20 e significou a bipolarização do mundo, dividido entre os dois países que saíram daquele conflito como potência - a União Soviética (comunismo) e os Estados Unidos (capitalismo).

Em 1947, os EUA aprovaram o Plano Marshall, com o objetivo de prestar ajuda econômica a países da Europa ocidental e aprofundar sua influência na região, criando um bloco de nações a seu favor. Os soviéticos reagiram com a criação de um plano de ajuda econômica ao bloco de países do Leste europeu, cujos partidos comunistas ficaram sob sua orientação ("Cortina de Ferro").

A tensão entre as duas potências provocou também a divisão de Berlim - o Muro de Berlim foi construído em 1961 - e da própria Alemanha (em República Federal Alemã, capitalista, e República Democrática Alemã, socialista). Além disso, os EUA patrocinaram a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN (1949), ao que a URSS respondeu com o Pacto de Varsóvia (1955).

Guerra da Coréia e Revolução Cubana

Ao longo da década de 1950, a polarização aumentou, resultando num conflito armado na península coreana que acabou dividida em dois países: Coréia do Sul (capitalista) e Coréia do Norte (comunista). Ao mesmo tempo, alguns países europeus rejeitaram a condição de satélites dos EUA. A URSS rompeu relações com a China (país que se tornara comunista em 1949) e se viu às voltas com contestações da Iugoslávia e da Hungria. Em 1956, tropas do Pacto de Varsóvia invadiram a Hungria, promovendo um massacre.

Em 1959, a tensão entre norte-americanos e soviéticos voltou a crescer. Cuba passou por uma Revolução e aproximou-se, gradativamente, da União Soviética. Dois anos depois, os Estados Unidos autorizaram a invasão da ilha por um grupo de exilados cubanos, derrotados na Baía dos Porcos. Cuba aderiu oficialmente ao comunismo. Para evitar que a América Latina seguisse pelo mesmo rumo, os EUA interferiram na política interna de diversos países do continente, favorecendo ditaduras militares de direita (por exemplo, no Brasil).

Primavera de Praga e Vietnã

Nos últimos anos da década de 1960, enquanto os países do mundo ocidental explodiam num quadro de contestação à ordem vigente, a Tchecoslováquia passou a exigir maior independência da URSS. O movimento recebeu o nome de Primavera de Praga e foi sufocado pelas tropas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968.

Ao fim dos anos 1960, a economia da URSS dava os primeiros sinais de desaquecimento, fruto da ineficiente máquina burocrática e dos gastos militares. No início da década seguinte, os Estados Unidos sofriam reveses no plano internacional, sendo forçados a se retirar do Vietnã, que caía sob a influência do comunismo chinês, e perdendo aliados na Nicarágua, com a Revolução Sandinista, de inclinação socialista, e no Irã, com uma revolução fundamentalista islâmica.

Na Cortina de Ferro, a crise política e econômica se aprofundava. Em 1979, na Polônia, o movimento Solidariedade reivindicava liberdade e melhores condições de vida. Os Estados Unidos endureceram as relações com a URSS e não só defenderam a instalação de mísseis nucleares na Europa como empreenderam o projeto de levar ao espaço sideral a corrida armamentista que travavam com seu adversário.

Colapso comunista
O esforço soviético para acompanhar o desenvolvimento tecnológico-militar norte-americano resultou no colapso. A economia soviética começou a dar sinais de esgotamento. Diante da situação caótica, a União Soviética decidiu reduzir as despesas com o setor militar e realizar amplas mudanças: a Perestroika (reestruturação, no sentido econômico) e a Glasnost (transparência, significando desmontagem da estrutura repressiva, fim do regime de partido único e retirada das tropas soviéticas dos países da Cortina de Ferro).

Os efeitos foram imediatos. Entre 1989 e 1991, os países do Leste Europeu passaram por revoluções internas que varreram os comunistas. Em Berlim, o Muro foi derrubado por populares. A Alemanha foi reunificada. Na Iugoslávia, lutas nacionais desintegraram o país e geraram uma série de conflitos étnicos e religiosos.

Em agosto de 1991, os comunistas perderam o poder na União Soviética, que se desintegrou, voltando a ser a Rússia e uma comunidade de repúblicas independentes. Os EUA saíram vitoriosos da Guerra Fria, introduzindo o mundo na Era do neoliberalismo e da globalização.


 
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