![]() |
![]() |
![]() 14/12/2009 - 21h07 Segundo dia de provas da UFSCar teve "química engajada" e "contas chatas" Ana Okada Em São Paulo Em química, foi exigida a "química engajada", do cotidiano, explica o professor Édison Camargo, do curso Etapa. Já em física, os candidatos talvez tenham deparado com algumas "contas chatas" para fazer, segundo os professores consultados pelo UOL Vestibular. ![]() Veja comentários por disciplina: História"Parece simples, mas não é", falou o professor António Carlos da Costa Ramos sobre a parte de história da UFSCar. Considerando os dez itens pedidos (a prova tinha 5 questões com dois itens cada), ele diz que haviam seis de alta complexidade e quatro básicos. Ele também considerou o espaço dado para as respostas muito curto. "Para o estudante, foi uma prova complicada", definiu.O professor Daily de Matos Oliveira, do curso Objetivo, apontou a questão cinco como a mais difícil do exame, porque delimitava um período histórico muito grande e rico: "podia gerar dificuldade na cabeça de quem tentasse ser objetivo; podia virar uma tese". Ele, no entanto, não achou o exame tão difícil: "estava no mesmo nível do ano passado, sem problemas", diz. GeografiaGeografia não trouxe novidades e foi "tranquila", com nível de mediano a simples, próximo ao do ano passado, segundo os professores consultados pelo UOL Vestibular. Para a professora Vera Lúcia da Costa Antunes, do Objetivo, a questão que poderia ser considerada como a mais difícil era a oito. "A banca terá que aceitar uma resposta mais simples; se quiserem resposta ao pé da letra será mais difícil", pondera.O professor Omar Fadil, do Etapa, também concorda que a pergunta oito se destacou: "Foram cobrados dois conceitos não muito comuns de serem tratados, o de mar territorial e o de zona de economia exclusiva. Apesar disso, dava para o aluno fazer essa distinção, mesmo que não lembrasse dos conceitos", explica. FísicaDe acordo com o professor Marcelo Monteforte da Fonseca, do Etapa, a prova da UFSCar é "tradicionalmente criativa; utiliza bastante gráficos e intertextualidade". Ele se queixa, porém, da quantidade de contas para fazer: "se eu, com calculadora, já fiz muitas contas, imagina quem teve que fazer as contas 'na raça'... a molecada deve ter se estressado bem", diz.A divisão dos assuntos ficou em: 30% de mecânica, 30% de termologia, 30% de ótica ondulatória e 10% de eletricidade. Para Fonseca, a questão com maior complexidade foi a 15, pois dava informações incompletas e exigia "sacadas mais pesadas" dos candidatos. QuímicaPara Édison Camargo, do Etapa, desta vez a Vunesp (organizadora do vestibular) "acertou a mão": "a prova não teve exageros de outros anos, foi bem formulada e amigável". Prevaleceu a "química engajada", do cotidiano, indústria e meio ambiente.Apesar de classificar a prova como "boa", o professor Antonio Mário Salles, do Objetivo, pede que a UFSCar tenha mais cuidado com a revisão do texto. Ele explica que o símbolo do elemento chumbo saiu errado ("PB" em vez de "Pb"), dentre outros detalhes que saíram fora do padrão. "Não vamos estragar a prova por causa disso", aconselha. BiologiaBiologia, na avaliação de Angelo Antonio Pavone, do Etapa, foi "tranquila, simples, com questões atuais". Foram cobrados assuntos como o vírus H1N1 e os deslizamentos ocorridos na Serra do Mar de Santa Catarina."Os textos foram bem claros, o aluno que está saindo do ensino médio se sairia bem porque os assuntos cobrados foram bem simples", explica. Como exemplo, ele cita a questão sobre o vírus H1N1: "Foi perguntado quais medidas o Ministério da Saúde propagou por vias de comunicação; isso aí os alunos cansaram de ver". "Foi fácil", resumiu. Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012. |