Prova da Unesp foi mais difícil do que costuma ser no meio do ano, diz professor
A prova da Unesp foi mais difícil do que costuma ser no meio do ano, segundo o coordenador geral do curso Etapa, Edmilson Motta. “Essa prova costuma ser mais simples, mas apresentou o mesmo padrão do final do ano. Quem fez como treineiro, teve uma visão bem realista”, disse Motta. Ele afirmou que a prova de linguagens foi toda focada em textos.
Segundo Motta, os candidatos podem ter enfrentado maior problema com um dos textos da prova de hoje: “Era a letra de música com um tema rural. Falava sobre a quebra de milho. Um estudante urbano pode não saber o que é capoeira e aceiro, por exemplo”. Já para a professora do curso Objetivo, Maria Aparecida Custódio, essa questão não deve ter sido problema, pois os alunos costumam aprender sobre regionalismos nas aulas.
Maria Aparecida também destacou que a prova de português exigiu basicamente interpretação de texto. “O candidato não sai apavorado da prova, se ele é um bom leitor e sabe se expressar bem por escrito não deve ter tido problema”, disse a professora, que classificou as questões como medianas.
Para Maria Aparecida, a redação sobre queimadas foi uma boa escolha, principalmente pela proximidade com a realização da Rio +20, que discutiu tema ambientais.
Já a prova de inglês apresentou um aumento no nível de dificuldade, de acordo com o coordenador do Etapa. Para Motta, o estudante precisava demostrar que sabe ler e entender textos em inglês, como artigos de revistas e até piadas.
Humanidades e ciências
Para Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Curso e Colégio Objetivo, o primeiro dia da segunda fase teve dificuldade mediana. “Geografia e química estavam mais difíceis, já matemática e física cobraram conceitos bem mais básicos”. O destaque, na opinião da professora, ficou com as questões de biologia: “Foi uma prova mediana, que pedia situações comuns de maneira muito criativa. Chamou atenção em comparação com as demais”, afirmou.
Edmilson Motta, do Etapa, destacou a relação entre textos, gráficos e tabelas nas provas de humanidades. "Isso exige que o aluno tenha pelo menos o hábito de resolver questões desse estilo", afirmou. Para ele, a prova de ciências foi "bem tradicional", apresentando um aumento de dificuldade nas perguntas de biologia e química.
As questões de filosofia também “não foram fáceis”. Segundo Vera Lúcia, foram cobrados temas médios que “exigiam uma reflexão filosófica do aluno”. De acordo com Motta, filosofia é uma disciplina que está consolidada na prova da Unesp: "Não é só uma prova de interpretação de texto, pois exige conceitos da filosofia . É para o aluno que teve a disciplina em todo o ensino médio". Para Motta, os estudantes que pretendem fazer a Unesp do final do ano já devem ficar "espertos" com filosofia.
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