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Prova da FGV de administração teve inglês muito difícil e falhas em português

Da Redação

Em São Paulo

24/10/2010 17h09

As questões de múltipla escolha do vestibular para a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas) trouxe diferentes graus de dificuldades nas áreas de matemática, língua portuguesa, inglês e humanas (história, geografia e atualidades). A prova foi realizada na manhã deste domingo, (24).

 

Inglês difícil

A parte objetiva do exame teve uma prova de inglês muito difícil, como costuma acontecer, segundo a coordenadora de inglês do Curso e Colégio Objetivo, Cristina Armaganijan. “O aluno tem que saber muito vocabulário, as perguntas são em inglês e estavam complicadas. É fora da realidade do ensino médio”, afirma.

A prova de inglês foi baseada em dois textos considerados muito longos por Cristina, um deles com um tema árido (mudanças culturais e a reabertura de uma sinagoga na China). “As alternativas eram muito próximas, o que dificultou, pois era preciso retornar muitas vezes ao texto. E as perguntas não seguiam a ordem do texto”, acrescenta. Para ela, o tempo disponível, considerando as outras áreas de conhecimento, não é suficiente para o nível dessa prova.

Matemática tranquila

A álgebra predominou na prova de matemática, com apenas uma questão de geometria, que também incluía álgebra, uma de geometria analítica e uma de trigonometria misturada com álgebra, as demais apenas de álgebra. “Foi uma prova simples, padronizada, sem grandes problemas”, afirma o coordenador de matemática do Objetivo, Giuseppe Nobilioni.

Gramatiqueira

Na prova de língua portuguesa e literaturas, a FGV “obedeceu ao padrão que já é tradicional nesta prova: testes de teor linguístico ‘gramatiqueiros’, isto é, mais voltados para gramática do que para o verdadeiro domínio da língua”, avalia o coordenador de português do Objetivo e professor de língua e literatura latina na Unicamp, Francisco Achcar.

Algumas questões apresentaram problemas, com “testes de literatura bastante superficiais e beirando o equívoco (número 29), e testes de compreensão de textos que oscilam entre o perfunctório e o puro erro, como acontece nos de números 21, que não tem resposta aceitável e revela conhecimento deficiente por parte do examinador, e 22, em que há duas respostas”, afirma.

Também na prova de humanas, que compreende história, geografia e atualidades, houve pelo menos duas perguntas com possibilidade de dupla interpretação, segundo o coordenador de história do Objetivo, Daily de Matos Oliveira. “No restante, a parte de história foi tranqüila. Não dá para aferir todo o conhecimento em poucas questões, mas é preciso preparar todos os conteúdos”.

No período da manhã, foram aplicadas as questões do módulo objetivo, com quatro provas de múltipla escolha, compostas por 15 perguntas de cada uma das seguintes áreas:

  • Matemática;
  • língua portuguesa, literatura e interpretação de textos;
  • língua inglesa e interpretação de textos;
  • humanas (história, geografia e atualidades).

 

O módulo discursivo, realizado na tarde deste domingo, é composto por questões dissertativas de matemática aplicada e redação em língua portuguesa. Segundo o edital, pode ser solicitada mais de uma redação.

O gabarito oficial e a resolução da prova de matemática aplicada serão publicados no dia 27 de outubro, às 18h. A divulgação do resultado final do vestibular está prevista para 11 de dezembro.