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Química -

Morreu Snoopy, seu cachorrinho de estimação? Batatinha, o seu gatinho, foi desta para melhor? Que tal tê-los eternamente pertinho de você? É simples. Faça contato com a empresa americana LifeGem (www.lifegem.com). Sabe o que eles fazem? Transformam os restos mortais do seu bichinho em um... diamante!

A química explica essa história bizarra. O processo começa com a extração de átomos de carbono -elemento no qual se baseia a vida na Terra- das cinzas do seu bichinho. Depois, em altas temperaturas, esse carbono é transformado em grafite, o mesmo que você tem no seu lápis!

Acontece que o diamante e o grafite são variedades alotrópicas do carbono. Substâncias alotrópicas são formadas por um mesmo elemento, mas têm propriedades físicas distintas. À primeira vista tão diferentes, grafite e diamante são feitos do mesmo elemento químico! E isso não é nenhuma novidade. No século 18, o químico Antoine Lavoisier conseguiu queimar diamante! O produto da reação foi o gás carbônico (CO2), o mesmo da combustão do grafite ou do carvão, que também é basicamente carbono. Logo ficou comprovado: é o carbono que compõe o diamante e o grafite.

Mas por que são tão diferentes? A explicação está na maneira com que os átomos de carbono se unem nessas estruturas. Mas isso já é outra história...

Bom, mas se os dois alótropos são quimicamente idênticos, deve ser possível transformar grafite em diamante, não é? Sim, mas não adianta ir se animando porque não é muito fácil... Em 1955, a empresa General Electric conseguiu a façanha. Foi "só" submeter o grafite a uma temperatura de 2.000C e pressão de 100 mil atmosferas. Não é exatamente algo que se possa fazer em casa...

Assim, usando tecnologia parecida, a LifeGem sintetiza diamantes a partir do grafite que, como vimos, pode vir das cinzas de um animal ou até de um ser humano. Imagine um anel de diamante feito com as cinzas do seu tataravô!