Química -
O princípio de Le Chatelier é aplicado quando interferências ocorrem numa situação de equilíbrio. É interessante como, sem perder o rigor conceitual, é possível entendê-lo de duas formas que se complementam. Em uma visão mais ampla, que gosto mais de descrever, a natureza parece dar ao homem o livre-arbítrio, a permissão de esculpir o próprio rosto na Terra. Ao menos é assim que a natureza reage, incorporando como tão-somente um fato novo -e não como uma "agressão"- as ações do homem nos seus equilíbrios.
A resposta da natureza sempre procura minimizar o efeito da "agressão", e não acentuá-lo. Atenção: minimizar não significa negar a existência de uma força, mas entendê-la para incluí-la no equilíbrio. Como se mudar não a assustasse, a natureza se perpetua, sempre caminhando para estabelecer um novo equilíbrio. Quem se assusta sou eu, especialmente com governantes de países agressores ou agredidos que acentuam as "agressões" como única forma de agir ou reagir.
Numa visão mais restrita, na química, note como o princípio de minimizar o efeito das interferências é o mesmo.
- Concentração: numa reação reversível, em equilíbrio, quando uma de suas substâncias é adicionada, ocorre um deslocamento para consumi-la e, quando retirada, a reação é deslocada para repô-la. Veja um exemplo prático: (PUC) "Peixes mortos têm cheiro desagradável devido à formação de substâncias provenientes da decomposição de proteínas. Uma dessas substâncias é a metilamina, que, em presença de água, apresenta o equilíbrio:
Para diminuir o cheiro, o que poderia ser feito?" Resposta: a adição de um ácido (espremer um limão ou colocar vinagre, por exemplo) promove a reação dos íons H+ do ácido com os íons OH-, formando água. Com a diminuição dos íons OH-, o equilíbrio é deslocado para a direita (»), reduzindo a quantidade do gás metilamina (H3CNH2(g)), responsável pelo cheiro desagradável.
O princípio de Le Chatelier também é aplicado quando alterações de temperatura e de pressão (com variação de volume) ocorrem num equilíbrio. *Renato Tadeu é professor e diretor do Anglo (Atibaia, Jundiaí e Bragança Paulista) e do Colégio Leonardo da Vinci
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