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Química -

Tal como a gasolina que explode nos cilindros de um motor de carro, a glicose é o combustível queimado no interior das células para a liberação da energia necessária às suas diversas atividades. A energia se encontra nas ligações químicas que mantêm as moléculas (de gasolina ou glicose) organizadas, ou seja, a obtenção dessa energia se dá pelo desmonte de moléculas complexas em partes menores. Daí temos que a principal diferença entre os processos de respiração e fermentação está exatamente na capacidade de quebra de cada um. Quem promove essa diferença é a presença (respiração) ou ausência (fermentação) do oxigênio no processo. Compare as equações que se seguem:

Respiração: C6H12O6 + 6O2 + 6H2O -> 6CO2 + 12H2O + energia

Fermentação alcoólica: C6H12O6 -> 2C2H5OH + 2CO2 + energia

Na primeira, temos a presença de O2 e, como resultado, moléculas mais simples e energia. Na segunda, sem oxigênio, sobram moléculas mais complexas (como o álcool etanol), ainda cheias de energia embutida em suas ligações, e produz-se um pouco de energia. Obviamente a diferença está na quantidade de energia liberada em um e outro processo. Só para ter uma idéia, a respiração chega a ser 19 vezes mais eficiente que a fermentação, permitindo a produção de 38 ATPs contra 2 ATPs.

Para deixá-lo com algumas perguntas a serem respondidas, vamos lembrar que na respiração observamos quatro fases principais: a glicólise, o ciclo de Krebs, a cadeia respiratória e a fosforilação oxidativa, enquanto na fermentação temos apenas o equivalente à glicólise. Mas a pergunta é: onde e como ocorre cada uma das etapas da respiração? Faça um esquema simples de cada uma e cole na cabeceira da cama, ao lado das fórmulas de física, química, regras de português, datas de história etc. Como é complicado ser vestibulando! *Antonio Carlos Osse é professor de ensino médio do Colégio Pueri Domus