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O resultado da décima eleição presidencial do Irã, realizada em junho de 2009, reconduziu ao poder o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, reeleito com 62,63% dos votos, enquanto seu principal opositor, Mir Hossein Mousavi, da Frente Reformista, obteve 33,75% dos votos.

Ex-prefeito de Teerã, Ahmadinejad permanece no poder desde agosto de 2005, quando foi eleito para seu primeiro mandato como presidente, após vencer as eleições com quase 62% dos 47 milhões de eleitores. Depois de oito anos do governo reformista de Mohammad Khatami, Ahmadinejad surpreendeu, naquela época, a comunidade internacional, que apostava na vitória do ex-presidente Hashemi Rafsanjani, líder religioso moderado que recebeu apoio dos reformistas.

Com uma retórica dirigida à parcela mais pobre dos iranianos, Ahmadinejad representa a retomada dos valores e dos princípios da Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini no final dos anos 70. Reeleito, prometeu novamente combater a corrupção, implantar programas sociais e distribuir as enormes riquezas do país, que é o terceiro maior produtor mundial de petróleo.
 

Programa nuclear e tentativa de acordo

Se em 2005 o resultado das eleições causou preocupação nos EUA e nos países da União Europeia, o mesmo ocorreu em 2009. Washington continua afirmando que Teerã não está em sintonia com a onda democrática em curso no Oriente Médio. Em resposta, Ahmadinejad defende a continuação de seu programa de enriquecimento de urânio e reafirmou o "direito inalienável" do Irã de investir em tecnologia nuclear para fins pacíficos.

Preocupada, a União Europeia, alinhada aos EUA, suspeita que Teerã tenha a intenção de desenvolver armas nucleares. Por esse motivo, desde a reeleição de Ahmadinejad, a ONU, por meio de sua Agência Nuclear, tenta firmar um acordo com o Irã.

Contudo, apesar da conquista de vários avanços durante as negociações iniciadas em outubro de 2009, as autoridades europeias e americanas afirmaram que os representantes iranianos se recusaram a seguir adiante com o principal ponto do acordo: uma provisão que exigiria que o Irã enviasse pelo menos três quartos de seu estoque atual de urânio para a Rússia, onde seria processado e devolvido para uso em um reator que fabrica isótopos medicinais em Teerã.

Na opinião de vários analistas, a recusa em assinar o acordo mostra que as verdadeiras intenções de Ahmadinejad são bélicas, apesar de ele se declarar disposto ao diálogo.

Para o governo Obama, a questão é clara: se a estimativa sobre o estoque de combustível nuclear iraniano for precisa, o acordo deixaria o país com pouco combustível para fabricar armas até que o estoque seja preenchido com combustível adicional, que o Irã está produzindo em violação aos mandatos do Conselho de Segurança da ONU.

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