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História do Brasil -

Atualizado em 10/04/2012, às 16h12.

O período compreendido de 1500 a 1530 é denominado período pré-colonial e se caracteriza pelo desinteresse português em realizar a ocupação do território brasileiro. Isso se explica pelo fato de o comércio com as Índias Orientais estar se desenvolvendo de modo lucrativo. Não se justificava, portanto, investimento de vultosos recursos na dificil exploração de um território além do Atlântico.

No entanto, em 1530, Portugal passou a ser pressionado por outras nações que questionaram o Tratado de Tordesilhas, acordo entre os países ibéricos que determinou a divisão de territórios reconquistados ou descobertos. Tal questionamento teve por objetivo considerar dono da terra o país que efetivamente a ocupasse.

Para Portugal, portanto, era preciso ocupar a terra para não perdê-la, empregando um meio que fosse economicamente viável. A solução encontrada foi o sistema de Capitanias Hereditárias, que dividia a faixa litorânea em lotes horizontais. Cada capitania era entregue a um donatário, pessoa com recursos para assumir o ônus do empreendimento. Esse donatário assumia os riscos da empresa colonizadora e submetia-se às restrições monopolistas que a metrópole reservava para si.

O pacto colonial que determinou o monopólio político de Portugal sobre o Brasil se desdobrou em monopólio produtivo e comercial. A produção que o donatário passou a ser obrigado a desenvolver denominava-se plantation e baseava-se no latifúndio, monocultura, trabalho escravo e produção para o mercado externo.

O produto que iniciou a colonização foi a cana-de-açúcar, considerada uma especiaria na Europa. Portugal detinha a exclusividade comercial sobre o Brasil, tornando-se em pouco tempo o principal produtor mundial de açúcar de cana.

Apesar das restrições a que os donatários se submetiam, esses representantes da coroa no Brasil tornaram-se a elite econômica, usufruindo de status no universo das relações coloniais. Esse status se traduziu também em poder que retornou para as relações familiares dos latifundiários.

O patriarcalismo foi a base da sociedade colonial, onde o pai exercia poder absoluto sobre os membros da família e todos os seus agregados. Sua mulher era submissa às suas ordens, como filhos e escravos. A educação era um privilégio masculino, e as mulheres tinham educação para o lar. Quando se casavam, saíam do domínio paterno para o marital, reproduzindo, assim, o modelo familiar e social que caracterizou o Brasil por vários séculos.

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