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A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas as discussões políticas.



O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.



Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.



Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, deve atingir 450 milhões até 2010. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.



A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.


 

Brasil

O Brasil é um dos países que mais ganha com o aumento do intercâmbio com os outros Bric, participando de modo crescente como fornecedor de alimentos e de matérias-primas. Nos últimos anos, por exemplo, as exportações do agronegócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne de porco, cresceram 450%. O Brasil, contudo, é considerado uma incógnita pelos analistas econômicos, especialmente quanto à sua capacidade para lidar com seus três principais problemas: carga tributária pesada, infraestrutura precária e educação deficiente.



Veja, abaixo, as vantagens e desvantagens de Brasil, Rússia, Índia e China:


 























































































PRÓS E CONTRAS
Alguns fatores que impulsionam a expansão econômica de cada um dos Bric e problemas que podem atrapalhar o crescimento desses quatro países emergentes
Brasil
Vantagens
Desvantagens
Potencial para ser o maior fornecedor mundial de produtos agrícolas
Carga tributária pesada e informalidade disseminada em muitos setores
Grandes reservas minerais Infra-estrutura precária
Parque industrial diversificado Educação deficiente
Rússia
Vantagens
Desvantagens
Reservas abundantes de petróleo e gás natural
População com média de idade elevada e baixo índice de natalidade
População com bom nível educacional
Altos índices de corrupção e criminalidade
Carga tributária baixa  
Índia
Vantagens
Desvantagens
Avanço em setores de tecnologia, como informática
Infra-estrutura precária, com áreas urbanas caóticas
Grande população jovem e em crescimento acelerado
Sociedade organizada por sistema arcaico de castas e dividida por conflitos étnicos e religiosos
Elite bem formada e atuante  
China
Vantagens
Desvantagens
Alta capacidade industrial População com tendência de envelhecimento rápido
Potencial para ter o maior mercado consumidor do mundo Progresso realizado com grande devastação ambiental
Investimento intensivo em infraestrutura e educação Sistema político ditatorial
Fonte: Revista Exame



 

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