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Geografia -

Atualizado em 31/03/2015, às 12h30

Condição básica para se entender os fusos horários é conhecer os paralelos e meridianos, linhas imaginárias traçadas sobre o globo com o objetivo de permitir a localização de qualquer ponto na superfície terrestre.

Partindo da linha do Equador, o principal paralelo, traçamos quantas linhas forem necessárias. Elas são identificadas por sua distância em relação ao Equador, medida em graus. Essa distância é o que chamamos de latitude, que pode variar de 0o a 90o, tanto para Norte quanto para Sul.

Meridianos são todas as semicircunferências traçadas de forma a ligar os dois pólos da Terra. Todos têm o mesmo tamanho e qualquer um pode ser utilizado para se dividir o planeta em duas porções iguais: hemisfério ocidental (a Oeste) e hemisfério oriental (a Leste). Como meridiano de referência (0o), convencionou-se adotar o que passa pelo Observatório Astronômico de Greenwich, em Londres (Inglaterra).

Os demais meridianos são identificados por sua distância, medida em graus, em relação ao meridiano de Greenwich. Essa distância é o que chamamos de longitude e varia de 0o a 180o, tanto para Leste quanto para Oeste.

Como o meridiano de Greenwich é considerado o referencial das longitudes, ele passou a ser considerado o meridiano a partir do qual se determina o horário-base no planeta.

A determinação da hora parte do princípio de que a Terra é uma circunferência perfeita, medindo 360o, e de que a rotação terrestre dura 24 horas. É o tempo necessário para que todos os meridianos passem, num determinado momento, frente ao Sol. Dividindo-se os 360o da Terra pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15o. Portanto, a cada 15o que a Terra gira, passa-se uma hora.

Cada uma dessas 24 faixas recebe o nome de fuso horário. No interior dessas faixas, por convenção, passou a vigorar um mesmo horário. A leste de Greenwich, as horas aumentam a cada faixa de 15o, variando entre 0 e 12. A oeste de Greenwich, as horas diminuem, em idêntica variação.

Brasil

Em nosso país, a Lei nº 11.662, sancionada pelo governo federal em 24 de abril de 2008, reduziu de quatro para três o número de fusos horários. A mudança atingiu municípios nos estados do Acre, Amazonas e Pará. Desde então, municípios do Acre e da parte oeste do Amazonas passaram a ficar com diferença de uma hora em relação a Brasília (horário oficial do país).

Já no final de 2013, uma nova lei (nº 12.876), autorizada pela então presidente Dilma Rousseff, retomou para quatro o número de fusos horários brasileiros. Com a medida, o Acre e algumas regiões do Amazonas passaram a ter duas horas de diferença em relação ao fuso oficial de Brasília fora do horário de verão.