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A compreensão da estrutura etária da população brasileira é um item importantíssimo na preparação dos vestibulandos. Os vestibulares cobram esse assunto das mais variadas maneiras, desde o reconhecimento do desenho atual da pirâmide de idades em relação aos anteriores, passando pelas causas das modificações, até comparações com a pirâmide de outros países.

Já comentamos que a população de idosos tem aumentado. Nos últimos 20 anos, o número de idosos cresceu em torno de 70%, chegando a representar quase 10% da população brasileira.

A ideia de que o Brasil é o país do futuro por ser um país jovem ainda povoa a cabeça de muita gente e pode provocar estragos na hora de fazer as provas. Mas o que está errado? O país não é jovem? O Brasil não é o país do futuro?

O problema é que uma parte do "futuro" já chegou. Apesar de termos uma das maiores populações jovens do mundo, até 19 anos, ela já não é, como nos anos 70, a maioria da população. Atualmente, mais de 50% da população é adulta, portanto cuidado, não vá assinalar nos exames alternativas que digam o contrário.

Esse "futuro", em alguns aspectos, não é muito animador, pois uma parte significativa da população jovem dos anos 70 transformou-se em adultos desqualificados profissionalmente, muitas vezes vítimas de um sistema de ensino público insatisfatório. Os mais pessimistas acreditam que estejamos deixando de ser um país de menores abandonados para transformar-nos em um país de maiores abandonados.

Esse padrão de estrutura etária --com a maioria de adultos, com uma redução no número de jovens e com um acréscimo do número de idosos-- aproxima o desenho da pirâmide populacional brasileira do da pirâmide de outros países que também têm o predomínio de população urbana. As relações entre a urbanização, o crescimento populacional e a estrutura etária ficam para a próxima coluna.

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