Biologia -
(Material atualizado em 12/11/2013, às 15h43)
A ideia de que as espécies se modificam ao longo do tempo (evolução) não era nova na época de Darwin. Vários autores, entre eles Lamarck e o próprio avô de Darwin, Erasmus, já a haviam proposto décadas antes.
A grande novidade proposta por Darwin em "A Origem das Espécies" (1859) foi um mecanismo plausível que explicasse como a evolução ocorre: a seleção natural (perpetuação diferencial de genótipos).
Foram 20 anos para amadurecer e colocar no papel a ideia da seleção natural, o que aconteceu quando Alfred Wallace lhe mandou, em 1858, um manuscrito com ideias sobre quais seriam os princípios dessa teoria.
A percepção de Darwin e de Wallace estava no reconhecimento de que as variações de organismos de uma mesma espécie não eram meras imperfeições, mas, sim, o material a partir do qual a seleção poderia atuar.
Embora percebesse que, para a seleção natural funcionar, era preciso que as características fossem passadas de pai para filho, Darwin desconhecia os mecanismos (leis da hereditariedade) pelos quais isso acontecia. Ele também não resolveu o problema da origem das espécies, motivo pelo qual o título do seu famoso livro foi tão criticado.
Entre 1936 e 1947, as contribuições da genética (descoberta dos trabalhos de Mendel), da sistemática, da biogeografia e da paleontologia moldaram a teoria neodarwinista, que reconciliou a teoria de Darwin com as descobertas da genética.
A seleção natural continua sendo o ponto central da teoria evolutiva atual, embora saibamos que não é o único processo pelo qual as características de uma população biológica podem mudar.
A deriva genética (mudanças aleatórias na frequência de dois ou mais alelos ou genótipos em uma população) e o fluxo gênico (incorporação de genes no conjunto gênico de uma população a partir de uma ou mais populações) têm papéis importantes. A base para que a seleção possa atuar são as recombinações genéticas e as mutações (origem de toda a variabilidade genética).
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