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Exame da Uerj pode servir para reavaliar estratégias; veja dicas

Thiago Varella

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

09/06/2016 16h16Atualizada em 10/06/2016 11h04

O vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) tem uma peculiaridade que o diferencia de outras provas. O vestibulando tem duas chances de fazer a "primeira fase", chamada de exame de qualificação, e que classifica os estudantes para a prova discursiva que ocorre no fim do ano. A primeira chance será neste domingo (12).

Para o professor Renato Pellizzari, coordenador de Vestibular do Colégio QI, esta característica do vestibular da Uerj pode servir para que o aluno faça uma autoavaliação sobre a maneira como está estudando.

"Se o estudante não conseguir alcançar seu objetivo, é bom ter calma e reavaliar seu andamento para o restante do ano. Essa primeira prova é um bom marco de avaliação porque dá para traçar uma estratégia para a segunda chance, que ocorre em setembro", afirmou.

Por ser organizada em junho, a primeira prova do exame de qualificação da universidade também é, para muitos estudantes, a primeira experiência em vestibulares da vida deles. Por isso, a dica principal que os professores dão para essa prova é ter calma.

"A dica mais importante que dou é ter tranquilidade na hora do exame. Só assim, o aluno vai ter bom senso na hora de escolher uma alternativa. Se o estudante estiver tranquilo, a capacidade de interpretação dele aumenta", disse Pellizzari.

Outro conselho importante é que o candidato comece a resolver as questões pela área que mais sente facilidade. “Conforme ele vai acertando, vai se sentindo melhor e isso dá tranquilidade. Além disso, começar pelo mais fácil ajuda a maximizar o tempo total da prova", afirmou.

Como é a prova

O exame de qualificação possui 60 questões objetivas de múltipla escolha sobre o conteúdo das seguintes áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

O candidato precisa acertar 40% do exame para se classificar para a prova discursiva em dezembro. De acordo com o número de questões correta, o estudante é classificado com as notas A (mais de 70% de acerto e dá 20 pontos para a 2ªfase), B (entre 60% e 69% de acerto e dá 15 pontos para a 2ªfase), C (entre 50% e 59% de acerto e dá 10 pontos para a 2ªfase), D (entre 40% e 49% de acerto e dá 5 pontos para a 2ªfase) e E(menos de 40% de acerto e elimina o candidato).

Caso o aluno não atinja a nota A na prova deste domingo, ele pode se inscrever para fazer o exame de qualificação que será organizado em 11 de setembro.

"A prova não costuma trazer pegadinhas e, como no Enem, apresenta questões que requerem interpretação de fenômenos. É um pouco mais conteudista do que o Enem, mas explora o viés cognitivo do estudante. Além disso, as questões são bem contextualizadas, com textos, gráficos e charges", explicou.

"A chance de ter uma questão mal feita no Enem é maior do que na Uerj. Não é uma prova para assustar o candidato", completou.

Para o professor Claudio Falcão, gerente Pedagógico do Sistema pH, o exame de qualificação da Uerj é uma prova com um nível de dificuldade que fica entre fácil e médio.

"No ano passado, na prova de junho, apenas 11 questões tiveram menos de 30% de acertos. No segundo exame, em setembro, o índice caiu para 8%. Ou seja, as perguntas difíceis são minoria nesta prova. Por isso, o aluno não pode errar as questões fáceis ou médias", orientou.

Uma característica da prova da instituição é fazer comparação de semelhanças ou diferenças entre diferentes contextos históricos. "A dica que dou é aproveitar todas as informações que a questão dá. Analisar bem a fonte, verificar a data, autor, localização. Isso ajuda a resolução", disse.

Segundo o professor Bruno Rabin, diretor acadêmico do Colégio de A a Z, o fato de o exame da Uerj dar duas chances para o estudante pode ser um fato positivo para a primeira prova.  

"Por ter duas provas, o exame da Uerj dá tranquilidade para os alunos. No segundo exame, o estudante já vai ter passado pela experiência da prova e vai ter mais matérias", afirmou Rabin. "Mas pensar na segunda prova é uma possibilidade para ser considerada depois. Não é para ir para o exame deste domingo pensando nisso", alertou.

Para Rabin, o aluno deve se programar desde sábado, para diminuir a chance de ter problemas no dia do exame.

"Se programe com antecedência, separe já no sábado o material, a roupa que será usada e uma comidinha para a hora da prova. Alguns alunos são resistentes à ideia de interromper a prova para comer. Mas, a prova envolve desgaste físico e faz toda a diferença comer e se hidratar", alertou.