Matemática, história e geografia pediram "clássicos" na 2ª fase da Unicamp

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo

A prova desta segunda (12) da segunda fase do vestibular 2015 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) trouxe questões diretas com nível entre médio e difícil segundo os professores de cursinho ouvidos pela reportagem do UOL.

As perguntas eram sobre conceitos básicos, como erosão e formação de aquiferos em geografia, e exigiam do candidato respostas objetivas, diretas segundo a coordenadora do Curso e Colégio Objetivo, Vera Lúcia Antunes. "Eram assuntos clássicos e pedia habilidade redacional do candidato", comenta. "Não era nada que estivesse no rodapé dos livros."

Para o coordenador do cursinho Etapa, Edmilson Motta, a prova cumpriu o propósito da mudança -- o número de questões diminuiu para adequar melhor o tempo de resposta do candidato. Segundo ele, a parte de matemática ficou aquém do esperado em nível de dificuldade. "Análise combinatória e trigonometria que costumam causar mais problema para os alunos [foram assuntos que] ficaram de fora", diz.

Álgebra foi tema de matemática que dominou a prova para o professor do Anglo Robbby Cardoso. As questões eram diretas, com enunciados claros. As questões exploraram a álgebra com cálculos literais (com letras) e envolviam conceitos como função e logaritmo. "Era uma prova sem segredos para o aluno bem preparado tecnicamente", analisa.

História e geografia

O professor Gian Dorigo, supervisor de história do Anglo, acha que a prova de geografia tinha questões mais tranquilas que a de história. Na opinião dele, as provas mesclaram questões conceituais, que exigiam o domínio e capacidade de apresentar conceitos básicos no caso de geografia e perguntas analíticas que pediam do candidato bom conhecimento em história.

Para Motta, história trouxe uma questão que chamou a atenção, a de número 13. Ela se destacou tanto pela temática (Antiguidade) quanto pela especificidade do conteúdo (sobre os direitos dos metecos, estrangeiros na sociedade ateniense).

Vera Lúcia acha que a prova seguiu a tendência das provas da Unicamp que buscam um candidato que conheça o conteúdo (tenha formação sólida) e saiba escrever (de maneira clara e inteligente).