O que Steve Jobs tem a ver com o Brasil? A Geografia responde
Os temas de atualidades são um bom ponto de partida para os estudos e a Geografia é uma disciplina propícia para se estabelecer relações entre conceitos e fatos cotidianos. Neste caso, o tema circuitos de produção mundial coloca o fenômeno da indústria de tecnologia e especificamente a Apple de Steve Jobs.
Uma dica sobre o tema pode ser, por exemplo, analisar o que significa a instalação da fabricante taiwanesa Foxconn no Brasil para produção do iPad. Trata-se na verdade de um assunto propício ao estudo da globalização financeira e produtiva, a divisão territorial do trabalho e da produção, além da geografia das redes, que trata dos fluxos materiais e imateriais na globalização.
O conteúdo de Geografia desta semana também requer análises sobre a indústria e agropecuária. Refletindo a respeito, podemos verificar que a inserção da tecnologia no campo e o agronegócio levam a um paradoxo, em que a terra deixa de estar atrelada à necessidade básica de alimentação, subordinando-se à lógica capitalista. Um dos efeitos é o fenômeno das monoculturas, que não acontece apenas no Brasil. Áreas do Sudão, por exemplo, são arrendadas por China e Japão para produção. Por outro lado, existe população com fome, dependendo de ajuda humanitária, na região.
Quanto à indústria, o destaque vai para a parceria entre Brasil e China, o PAC do governo federal e o grupo dos BRICs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, como pontos de atenção.
A dimensão cultural na globalização e o meio ambiente e os recursos naturais nas relações internacionais também entram nesta matéria.
Depois de aproveitar uma notícia recente de impacto para iniciar a semana de estudos, voltamos ao básico da vida escolar: contar, ler e escrever.
O estudo de áreas das figuras planas importantes (triângulos, quadriláteros notáveis, polígonos regulares e figuras circulares) encerra apropriadamente o conjunto de temas de geometria plana, em Matemática. É interessante observar que este conteúdo específico dá flexibilidade aos examinadores no modo de propor as questões. Eles podem envolver semelhança e congruência, por exemplo.
Se o candidato domina bem as principais expressões para triângulos, conseguirá resolver com desenvoltura também as questões sobre quadriláteros e polígonos. Já quanto a círculos, nossa dica é calcular a diferença entre áreas.
Em Português, regência verbal e nominal são importantes para a elaboração de textos dentro dos padrões da norma culta, diríamos que até mesmo fundamentais para uma redação de bom nível linguístico. Entretanto, poucas vezes aparecem questões específicas sobre esses tópicos.
O movimento simbolista, em Literatura, é tratado mais como uma herança deixada para os poetas do movimento modernista que um movimento especial. Alguns poetas modernistas da geração de 1930 no Brasil – como Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, entre outros – são influenciados pelas leituras de simbolistas tanto do Brasil, como Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens, como dos franceses e portugueses.
A avaliação aqui é que os vestibulares geralmente privilegiam os escritores brasileiros, sendo raras as aparições de poetas portugueses desse momento. Cabe lembrar que os simbolistas, por terem uma linguagem mais sofisticada e uma temática mais complexa, não costumam ser pedidos e quando o são, mesmo assim raramente, são relacionados à interpretação de texto.
Ondas sonoras
Em Física, a propagação do som e outras características, parte da ondulatória, é assunto que não aparece com frequência nos grandes vestibulares. O alerta para essa questão é lembrar que para se propagar, o som precisa de um meio e com isso não estaremos sujeitos ao mesmo erro dos filmes de ficção científica em que as naves fazem barulho ao se mover no espaço. Um exemplo antigo sobre o assunto, que aparece nas perguntas, é o do cara que coloca o ouvido no trilho do trem, para saber se ele está se aproximando, pois a propagação do som é mais rápida no sólido.
O corpo humano
A estrutura e fisiologia dos sistemas do corpo humano será o tema de Biologia para esta semana. Apesar de circulação e reprodução costumarem ser mais cobrados nos vestibulares, vale a pena estudar os sistemas mais importantes: tegumentar, muscular, esquelético, imunitário, digestório, urinário, genital, e sensorial. O respiratório e o cardiovascular podem aparecer nas provas, associados ao circulatório. Hormônios são candidatos a questões e fazem parte do sistema endócrino. Já a complexidade do sistema nervoso tem chance reduzida de ser cobrada.
Siderurgia e explosivos
A perspectiva da Química relevante para o cidadão comum dará a tônica das perguntas dessa disciplina nos grandes vestibulares. A química descritiva deve ser estudada sobe essa abordagem, ou seja, não é mais cobrada a reprodução decorada das longas sequências de reações industriais de síntese ou os processos de redução usados em metalurgia, mas sim a capacidade de compreender os processos químicos industriais descritos nos enunciados.
Olhando desse prisma, segue um resumo com as substâncias sugeridas para estudo nesta semana:
1. ácido nítrico: obtenção a partir do nitrogênio atmosférico, uso na fabricação de adubos químicos e explosivos além da histórica pólvora chinesa.
2. Ácido sulfúrico: usado na produção de aço até as baterias de veículos. É um poderoso desidratante industrial. Seu consumo industrial é usado como índice econômico para aferição da atividade industrial.
3. Alumínio: sua obtenção consome uma energia elétrica fantástica, então o candidato deve ser capaz de compreender a importância ambiental da reciclagem.
4. Cobre: sua metalurgia é, provavelmente, a primeira a ser praticada pelos antigos. Compreender as descrições dos processos químicos de redução e purificação é uma boa pedida.
5. Ferro: estudar o funcionamento de um alto-forno siderúrgico no qual ocorre a redução do minério.
6. Ligas metálicas: conhecer as composições, bronze (cobre e estanho), latão (cobre e zinco) e aço (ferro e carbono) e reconhecer a importância histórica das ligas bronze e aço.
Guerra de trincheiras
Sobre a Primeira Guerra Mundial, em História geral, os vestibulares costumam questionar sobre as causas que levaram ao confronto, sobre o que levou a Europa inteira, além de países de outros continentes, a se envolver, o que causou a morte de 10 milhões de pessoas e os resultados.
Dada a complexidade da trama, vamos comentar brevemente as causas da guerra. Podemos apontar quatro grandes causas estruturais e algumas conjunturais. O imperialismo e neo-colonialismo significam que Alemanha e Itália, países unificados tardiamente em comparação ao resto da Europa, tentaram conquistar mercado na Ásia e África quando Inglaterra e França já se encontravam lá, daí antigos rivais se aliarem diante da ameaça germânica.
O nacionalismo (revanchismo da França, pangermanismo e pan-eslavismo), a política de aliança em segredo que os blocos formaram antes da guerra e a paz armada – termo referente a corrida armamentista específico para o período, são as outras causas estruturais.
A Primeira Guerra ficou conhecida como guerra das trincheiras, pela característica militar do confronto, com a novidade do uso de fuzis e metralhadoras.
Para o período da República das Oliguarquias, tema de História do Brasil, um dos impactos da Primeira Guerra foi a primeira tentativa de industrialização do País, para enfrentar a falta de produtos importados. É preciso assinalar também que a política interna do período é um ponto de atenção, muito cobrada nos exames.
Nesse quesito geralmente levanta a questão da alternância do poder federal entre São Paulo e Minas Gerais, conhecida como política do café com leite. E o mecanismo pelo qual SP e MG mantinham os outros estados fora da disputa do governo federal pode aparecer nas questões. Coronelismo, manipulação de votos e como esse efeito perdura até hoje no interior do País também são temas importantes.
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