Vai chover hoje? Clima é tema previsível em Geografia
Não são só os ingleses que adoram falar sobre o clima. Os examinadores dos vestibulares também têm uma queda pelo tema, recorrente nas provas de Geografia das principais universidades e no Enem. Brincadeiras à parte, as perguntas geralmente pedem para interpretar gráficos de chuva, tipos de climas etc.
Além da aplicação em imagens, é importante entender os fenômenos e saber explicá-los. Pode ser solicitado, por exemplo, para estabelecer a relação entre desmatamento, infiltração da água no solo e deslizamentos de terras no período de chuvas tropicais, tal como já aconteceu em Petrópolis-RJ.
Pais, filhos, gerações, evolução
Em Biologia, na segunda parte dos fundamentos da genética clássica, os temas de destaque desta semana são o padrão de herança de genes ligados ao cromossomo sexual e meiose e sua relação com a segregação independente.
No que diz respeito a esse tema é importante saber os padrões de herança relacionados ao cromossomo X. Dentro do assunto, são frequentes perguntas sobre doenças como daltonismo e hemofilia. Em relação à meiose, é preciso conhecer os detalhes da divisão meiótica e onde os genes estão no mesmo cromossomo ou em diferentes. O complexo de crossing-over e características de síndromes também costumam ser objeto das questões.
Já conservação de energia e potência são os destaques no roteiro de Física da semana, que trata sobre energia. Aqui é importante saber o teorema da energia cinética. E se para o Enem as questões não exigem muito cálculo e fórmulas, em grandes vestibulares, como a Fuvest, o tema pode aparecer de forma mais complexa, relacionado a outras partes da Física.
Ponto complexo
Sabe o que é um ponto no plano cartesiano? As piadas sobre pontinhos devem muito aos números complexos, tema de Matemática desta semana. Quando escrevemos o número complexo, representamos algebricamente o ponto no plano cartesiano. Este conteúdo não é muito comum no Enem, mas costuma ser importante para a Fuvest e já foi lembrado em provas da FGV. Ainda dentro do tema, a forma trigonométrica facilita a potenciação e a radiação.
Para solucionar
Temos um longo capítulo de Química para encerrar o bloco de disciplinas da área de exatas. Sobre soluções, as provas podem abordar diferentes detalhes e os conceitos também podem ser usados em conteúdos sobre cinética, química e equilíbrio.
O primeiro passo é diferenciar solvente e soluto, lembrando que soluções referem-se a misturas homogêneas. Em uma solução de água com açúcar, por exemplo, este último não é visível a olho nu. Neste caso são comuns perguntas sobre o coeficiente, a máxima quantidade de substância que pode ser dissolvida em certa quantidade de solvente. Como as quantidades variam com a temperatura, é possível fazer representações gráficas, as tais curvas de solubilidade.
Sobre a concentração das soluções, que se refere à quantidade de soluto de solução, é preciso prestar atenção na concentração medida em mol por litro, que é mais frequente nos vestibulares. Entre as propriedades coligativas, o destaque vai para a pressão osmótica, que é importante também em Biologia. Com efeito, na passagem por uma membrana semipermeável só passa o solvente. Fato que está relacionado à entrada e saída de água na célula, ou na raiz das plantas.
Natureza e engajamento
Depois de tantos cálculos, que tal um pouco de arte? Em Literatura, o roteiro da semana traz a poesia do Romantismo no Brasil.Gonçalves Dias (Poesias), Álvares de Azevedo (Noite na Taverna, Lira dos Vinte Anos) e Castro Alves (Espumas Flutuantes, Os escravos) são os grandes nomes representativos do movimento.
O saudosismo, idealização e exaltação da natureza de Gonçalves Dias, o pessimismo e melancolia byronista de Álvares de Azevedo e o engajamento político de Castro Alves não têm sido preocupação frequente nos vestibulares recentes. É bom lembrar, no entanto, que se conhecermos as características desses três autores, conseguiremos resolver qualquer questão sobre o Romantismo no Brasil.
No roteiro de Português da semana, termos integrantes da oração (objetos direto e indireto, complemento nominal) são tão importantes quanto os termos essenciais, estudados na semana passada. Atenção especial às preposições, fundamentais para diferenciação de objeto direto e indireto. Em termos gerais, são assuntos de extrema importância para os vestibulares, mas não para responder perguntas conceituais. Principalmente em segunda fase de exames, dominar este conteúdo ajuda a resolver questões em que se pede para reescrever uma sentença ou trocar o conectivo. O tema interfere também em coerência e coesão do texto.
Com a dinâmica dos vestibulares dos últimos anos, não se pode mais afirmar quantas questões de cada tema serão selecionadas. Mas a análise dos exames recentes mostra que as eras moderna e contemporânea estão aparecendo com mais peso nas provas de História Geral.
No conteúdo da semana, Estado moderno e absolutismo monárquico, ganha destaque a ascensão da burguesia, que se torna um grupo econômico cada vez mais forte dentro do Estado. Por seu lado, a figura do rei ganha poder, sustentada pelos impostos pagos pelos burgueses. Em contrapartida, esta classe ganha apoio do rei para as práticas mercantilistas – é o capitalismo em ação.
Outro ponto importante é a expansão marítima, pela qual o mercantilismo toma uma dimensão além da Europa e novas terras entram no mundo europeu. Tem início o processo colonial.
A fragmentação de nosso roteiro resultou em descompasso entre a História do Brasil e a geral. Portanto, damos um salto no tempo e no espaço, para estudar a expansão e ocupação territorial do País, no período colonial. Quatro pontos importantes estão intrinsecamente relacionados neste tema: a União Ibérica, as invasões estrangeiras (holandesas e francesas, principalmente), o bandeirismo e os tratados e limites.
Dentro destes tópicos, destaque para o movimento de interiorização pelos bandeirantes, a princípio para captura de indígenas para trabalharem como escravos, depois, com a busca por ouro e metais preciosos e o combate a quilombos, em que se encaixa o episódio de Palmares. Mas é preciso que nos lembremos de que este não foi o único.
Entre os tratados, o de Madri, de 1750, ganha importância porque foi por meio dele que o País ganhou as dimensões que tem hoje. Até aquele momento, a possibilidade de haver uma ampliação tão grande do território da colônia não era factível. A negociação entre Portugal e Espanha envolvendo a colônia de Sacramento e as terras das missões em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o princípio de uti possidetis (uso e posse) e as consequências posteriores, do ponto de vista geopolítico (relação do Brasil com países vizinhos, integridade territorial e proteção de fronteiras) merecem ser estudados com atenção.
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