Simulado olimpíada de matemática

Uma formiguinha quer sair do ponto A e ir até o ponto B da figura I, andando apenas pelos lados dos quadradinhos na horizontal ou na vertical para baixo, sem passar duas vezes pelo mesmo lado. A figura II ilustra um possível trajeto da formiguinha.
 



De quantas maneiras ela pode ir de A até B?

Um fazendeiro tinha ração suficiente para alimentar suas 20 vacas por 30 dias. Depois de algum tempos ele vendeu algumas vacas e, com isso, a ração durou alguns dias a mais. O gráfico mostra a quantidade diária de ração disponível durante esse período, expressa com um percentual da quantidade inicial. Quantas vacas o fazendeiro vendeu?
 

Qual dos gráficos abaixo descreve a variação da área do polígono BCDP em função da distância x = AP?
 

Paula escreveu os números 1, 2, 3,... em uma folha de papel quadriculado de acordo com o padrão indicado abaixo.
 



Os números que aparecem ao longo da flecha formam a sequencia 1, 3, 13, 31, ... Qual é o 30o dessa sequência?

O gráfico mostra a relação entre o percentual de álcool misturado com gasolina e o rendimento do carro de Cristina em quilômetros por litro. Cristina começou uma viagem com o tanque de 50 litros cheio de uma mistura com 30% de álcool. Depois de andar 300 km ela parou em um posto, onde completou o tanque com álcool puro, e continuou a viagem sem reabastecer até chegar ao seu destino, com o tanque praticamente vazio. Aproximadamente quantos quilômetros ela percorreu em toda a viagem?
 

O contrário de um número de dois algarismos, ambos diferentes de zero, é o número obtido trocando-se a ordem de seus algarismos. Por exemplo, o contrário de 25 é 52 e o contrário de 79 é 97. Qual dos dois algarismos abaixo não é é a soma de um número de dois algarismos com seu contrário?

Quantos são os números inteiros p tais que 503 < 5p < 504?

A figura foi feita com quadrados de 10 cm de lado. Os vértices A, B e C são também centros dos quadrados correspondentes.
 



Qual é a área da região sombreada?

As nove casas do tabuleiro abaixo foram preenchidas com três números: 5, 8 e mais um outro número natural.
 



Os números em cada linha são todos diferentes, e o mesmo acontece em cada coluna. Além disso, a soma dos números em cada uma das diagonais é o mesmo número par. Qual é essa soma?

Manuela quer pintar as quatro paredes de seu quarto usando as cores azul, rosa, verde e branco, cada parede de uma cor diferente. Ela não quer que as paredes azul e rosa fiquem de frente uma para a outra. De quantas maneiras diferentes ela pode pintar o seu quarto?
 

Duas formigas partem do ponto A e vão até o ponto D, andando no sentido indicado pelas flechas. A primeira percorre o semicírculo maior; a segunda, o segmento AB, o semicírculo menor e o segmento CD. Os pontos A, B, C e D estão alinhados e os segmentos AB e CD medem 1 cm cada um. Quantos centímetros a segunda formiga andou menos que a primeira?
 

A figura mostra quatro polígonos desenhados em uma folha quadriculada. Para cada uma dessas figuras foi assinalado, no plano cartesiano à direita, o ponto cujas coordenadas horizontal e vertical são, respectivamente, seu perímetro e sua área.
 



Qual é a correspondência correta entre os polígonos e os pontos?

Turmalinas são pedras preciosas cujo valor varia de acordo com o peso; se uma turmalina pesa o dobro da outra, então o seu valor é cinco vezes o dessa outra. Zita, sem saber disso, mandou cortar uma turmalina que valia R$1.000,00 em quatro peças iguais. Quanto ela irá receber se vender os quatro pedaços?

A figura mostra um triângulo ABC e três triângulos retângulos congruentes. O lado BC tem comprimento de 1 cm. Qual é o perímetro do triângulo ABC, em centímetros?
 

José e seus parentes moram em algumas das cidades A, B, C, D e E, indicadas no mapa com as distâncias entre elas. Ele saiu de sua cidade e viajou 13 km para visitar seu tio, depois mais 21 km para visitar sua irmã, e finalmente, mais 12 km para ver sua mãe. Em qual cidade mora a mãe de José.
 

A mãe de César deu a ele as seguintes instruções para fazer um bolo:
• se colocar ovos, não coloque creme.
• se colocar leite, não coloque laranja.
• se colocar creme, não coloque leite.
 



Seguindo essas instruções, César pode fazer um bolo com:

A área do hexágono regular ABCDEF é de 45 cm2. Qual a área do triângulo sombreado?
 

Se x = y = 2z e xyz = 864, qual é o valor de x + y + z?

Qual dos números a seguir está mais próximo de (0,8992 - 0,1012) x 0,5?

Sueli resolveu dar cinco voltas em volta de uma praça quadrada. Ela partiu do vértice P, no sentido indicado pela flecha. Faltando 2/7 do percurso total para completar as cinco voltas, ela caiu e teve que interromper o passeio. Qual ponto indica o lugar em que Sueli caiu?
 

Dado um pentágono regular, dizemos que um ponto é legal quando:
• ele é um dos vértices do pentágono, ou
• ele é a interseção de segmentos cujos extremos são pontos legais; esses segmentos são chamados segmentos legais.
A figura mostra como triangular legalmente (isto é, decompor em partes triangulares usando somente segmentos legais) um pentágono em 3, 5, 9 e 11 triângulos. Os pequenos círculos indicam os pontos legais que aparecem a cada etapa. Note que a decomposição na quinta etapa não é uma triangulação legal, pois uma de suas partes é um quadrilátero.
 



(a) Desenhe uma triangulação legal do pentágono em 7 triângulos.
(b) Mostre como triangular legalmente o pentágono em qualquer número ímpar (maior que 1) de triângulos (a figura abaixo pode ajudar).
 



(c) Mostre que não é possível triangular legalmente o pentágono em um número par de triângulos.

Resposta:

(a) A figura abaixo mostra duas soluções para o problema.
 



(b) 1a solução: A figura do enunciado mostra que ao traçar as cinco diagonais do pentágono obtemos 10 triângulos e um novo pentágono central. A repetição desse processo n vezes (pensamos na repetição de 0 vezes como não tendo feito nada) tem como resultado 10n triângulos e um pentágono central, que podemos dividir em 3, 5, 7, 9, ou 11 triângulos como mostrado no enunciado.
 



Desse modo, podemos triangular legalmente o pentágono em 10n + r triângulos onde r pode ser 1, 3, 5, 7 ou 9; como qualquer número ímpar se escreve dessa forma segue que podemos triangular legalmente o pentágono em qualquer número ímpar de triângulos. Por exemplo, para triangular legalmente o pentágono em 229 triângulos escrevemos 229 = 10 x 22 + 9 , efetuamos o processo de divisão por diagonais 10 vezes e finalmente dividimos o pentágono central em 9 triângulos.

2a solução: A figura I acima mostra uma divisão do pentágono em sete triângulos, onde destacamos uma parte em traço mais grosso. Podemos dividir legalmente essa parte de modo a gerar dois triângulos adicionais, como na figura II. Esse processo pode ser repetido na parte análoga destacada nessa última figura, gerando mais dois triângulos e outra figura análoga onde o processo pode ser repetido novamente, e assim por diante gerando dois novos triângulos em cada etapa. Isso mostra que, começando de uma triangulação com 7 triângulos, podemos obter qualquer número ímpar de triângulos.
 



(c) 1a solução: Consideremos um pentágono triangulado legalmente, e sejam n o número de triângulos e m o número de pontos legais interiores dessa divisão. A soma dos ângulos de todos os triângulos é 180n graus. Por outro lado, essa soma é igual à soma dos ângulos em volta dos pontos legais interiores mais a soma dos ângulos internos do pentágono, ou seja, é igual a 360m + 540 graus. Logo 180n = 360n + 540 , ou seja, n = 2m + 3 que é um número ímpar.
Exemplificamos essa demonstração com a figura abaixo, onde n = 7 e m = 2.
 



2a solução: Consideremos como acima um pentágono triangulado legalmente em n triângulos, e seja m o número total de lados desses triângulos. Ao contar os lados desses triângulos um por um, teremos dois casos: (i) contar um lado comum a dois triângulos e (ii) contar um dos lados do pentágono. No primeiro caso, cada lado é contado duas vezes; no segundo caso temos apenas os lados do pentágono. Obtemos então , como m e n são números inteiros segue que também é inteiro, ou seja, 3n - 5 é par, donde n é ímpar. A figura usada na solução anterior exemplifica essa demonstração no caso n = 7 e m = 13.

O Grêmio Estudantil de Taperoá vai dar uma festa, vendendo ingressos a R$ 6,00. Para estimular a compra antecipada de ingressos, os diretores do Grêmio decidiram que:
• os ingressos serão numerados a partir do número 1 e vendidos obedecendo à ordem crescente de sua numeração;
• ao final da festa, cada participante receberá R$ 0,01 para cada ingresso vendido que tenha um número maior que o número do seu ingresso.
 



(a) Se forem vendidos 100 ingressos, quanto vai receber, ao final da festa, a pessoa que comprou o ingresso com o número 1? E a que comprou o ingresso com o número 70?
(b) Qual será o lucro do Grêmio se forem vendidos 100 ingressos?
(c) Quantos ingressos o Grêmio deve vender para ter o maior lucro possível?

Resposta:

(a) Após o ingresso de número 1 foram vendidos 100 - 1 = 99 ingressos. Logo quem comprou o primeiro ingresso receberá 99 x 0,01 = 0,99 reais. Do mesmo modo, após o ingresso de número 70 foram vendidos 100 - 70 = 30 ingressos, logo quem comprou esse ingresso receberá 30 x 0,01 = 0,30 reais.

(b) 1a solução: O valor da venda de 100 ingressos é R$600,00. O Grêmio terá que devolver 1 centavo para quem comprou o 99o ingresso, 2 centavos para o quem comprou o 98o ingresso e assim por diante, até 99 centavos para quem comprou o primeiro ingresso. No total, o Grêmio terá que devolver
 



e seu lucro será de 600 - 49,50 = 550,50 reais.

2a solução: Com os ingressos de número 1 e 100, o Grêmio tem um lucro de (6 - 99 x 0,01) + (6 - 0 x 0,01) = 11,01 reais.
Com os ingressos de números 2 e 99, o lucro será de (6 - 98 x 0,01) + (6 - 1 x 0,01) = 11,01 reais e assim por diante, com os ingresso de números 3 e 98, 4 e 97, ....., 50 e 51, num total de 49 pares, cada um dando ao Grêmio um lucro de R$11,01. Logo o lucro do Grêmio será de 50 x 11,01 = 550,50 reais. Notamos que essa solução é baseada na ideia usada para demonstrar a conhecida fórmula para a soma dos termos consecutivos de uma progressão aritmética.

(c) 1a solução: Com a venda de x ingressos o grêmio arrecadará 6x reais e terá que devolver
 



Logo o lucro do Grêmio será de
 



O gráfico de L(x) é uma parábola; o valor máximo de L(x) ocorre quando x = 600,5 (para ver isto não é necessário usar a fórmula para os pontos de máximo ou mínimo, basta observar a simetria do gráfico).
 



Como a quantidade de ingressos é um número inteiro, o lucro máximo do Grêmio será atingido quando forem vendidos 600 ou 601 ingressos. Como esses pontos são simétricos com relação a 600,5 o lucro será o mesmo em qualquer caso. Esse lucro é

2a solução: Podemos pensar que o comprador do ingresso de número n paga ao Grêmio R$6,00, e que desses R$6,00 o Grêmio vai retirar R$0,01 para cada um dos compradores anteriores. Logo o lucro do Grêmio com o ingresso de número n é f (n) = 6 - (n - 1) x 0,01 = 6,01 - 0,01 x n (notamos que essa expressão não depende do número de ingressos vendidos). Segue que o lucro do Grêmio por ingresso diminui de R$0,01 a cada ingresso vendido (ou seja, a função f é decrescente). Além disso, seu lucro com a venda de dos ingressos aumenta enquanto ele não tiver prejuízo (isto é, lucro negativo) com algum ingresso. Como o lucro do Grêmio com o ingresso de número 601 é f (601) = 6 - (601 - 1) x 0,01= 0 reais e a função f é decrescente, vemos que o lucro do Grêmio é positivo para todos os ingressos de número menor que 601, e negativo para todos os ingressos de número maior que 601. Logo o lucro do Grêmio será o maior possível quando forem vendidos 600 (ou 601) ingressos.

3a solução: O comprador do último ingresso não recebe nada de volta, ou seja, o Grêmio vai lucrar R$6,00 com seu ingresso; o comprador do penúltimo ingresso recebe R$0,01 de volta, logo o Grêmio vai lucrar R$5,99 com seu ingresso. Desse modo, o lucro do Grêmio com a venda dos ingressos é 6,00 + 5,99+  5,98 +.......+ (lucro com o ingresso de número 1) e segue que esse lucro cresce enquanto o lucro com o ingresso de número 1 for positivo. O lucro com o ingresso número 1 é 6 - (x  - 1) x 0,01 reais, onde x é o número de ingressos vendidos. A equação 6 - (x - 1) x 0,01 = 0 tem raiz x = 601, logo o lucro com o ingresso de número 1 é positivo se x < 601. Desse modo o lucro máximo será atingido quando o Grêmio vender 600 ingressos (ou 601, visto que o ingresso de número 601 dá lucro de 0 reais).

Fernando e Isaura inventaram um jogo diferente, cujas regras são as seguintes:
1. eles começam uma partida com 128 palitos cada um;
2. em cada jogada, eles tiram par ou ímpar; se sai par, Fernando dá metade dos palitos que tem para Isaura e, se sai ímpar, Isaura dá a metade dos palitos que tem para Fernando.
3. eles repetem o procedimento da regra 2 até que um deles fique com um número ímpar de palitos, quando a partida acaba. Ganha quem ficar com maior número de palitos.
 



Veja o que acontece em uma partida onde a sequência das três primeiras jogadas é par, ímpar, par:
 



(a) Complete o esquema com o número de palitos de Fernando e Isaura, de acordo com as jogadas indicadas.
(b) Uma partida acabou quando Fernando ficou com 101 palitos. Na última jogada saiu par ou ímpar?
(c) Qual foi a sequência de pares e ímpares da partida que acabou quando Fernando ficou com 101 palitos?
(d) Mostre que qualquer partida acaba com exatamente sete jogadas.

Resposta:

(a)

Como saiu ímpar na primeira jogada, Isaura deu metade dos seus palitos para o Fernando; desse modo, Isaura ficou com 64 palitos, e como o número total de palitos é 256 segue que Fernando ficou com 256 - 64 = 192 palitos. Do mesmo modo, após a segunda jogada Isaura ficou com 32 palitos e Fernando com 256 - 32 = 224 palitos. Na terceira jogada saiu par, e Fernando deu metade de seus palitos para a Isaura; logo, Fernando ficou com 112 palitos e Isaura com 256 -112 = 144 palitos.
 



(b) 1a solução: Após qualquer jogada, o perdedor não pode ter mais que 127 palitos; de fato, se isso ocorresse, antes dessa jogada ele teria pelo menos 2 x 128 = 256 palitos, o que não pode acontecer. O ganhador terá então no mínimo 256 - 127 = 129 palitos; logo, o ganhador da jogada anterior é aquele que tem mais palitos.
2a solução: Suponhamos que em um dado momento Fernando tem x palitos e Isaura tem y palitos; notamos que como x + y = 256 , que é um número par, então x e y são ambos pares ou ambos ímpares. Se o jogo ainda não acabou, então x e y são pares, e depois da jogada seguinte podem acontecer as seguintes situações:
• saiu par: nesse caso Fernando fica com x/2 palitos e Isaura com y + x/2 palitos, ou seja, Isaura fica com mais palitos do que Fernando;
• saiu ímpar: nesse caso Fernando fica com x + y/2 palitos e Isaura com y/2 palitos, ou seja, Fernando fica com mais palitos do que Isaura.
Isso mostra que basta saber quem tem o maior número de palitos para determinar o resultado da última jogada: se Isaura tiver mais, o resultado foi par e se Fernando tiver mais, o resultado foi ímpar. No nosso caso, a partida acabou quando Fernando ficou com 101 palitos e Isaura com 256 -101 = 155 palitos. Logo o resultado da última jogada foi par.

(c) Aplicamos o raciocínio do item (b) para recuperar as jogadas uma a uma em ordem inversa, do seguinte modo:
Isaura tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu par; então Fernando tinha 2 x101 = 202 palitos e Isaura tinha 256 - 202 = 54 palitos;
Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 2 x 54 = 108 palitos e Fernando tinha 256 -108 = 148 palitos;
Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 2 x108 = 216 palitos e Isaura tinha 256 - 216 = 40 palitos;
Isaura tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu par; então Fernando tinha 2 x 40 = 80 palitos e Fernando tinha 256 - 80 = 176 palitos;
Isaura tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu par; então Fernando tinha 2 x 80 = 160 palitos e Fernando tinha 256 -160 = 96 palitos;
Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 2 x 96 = 192 palitos e Fernando tinha 256 -192 = 64 palitos;
Isaura tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu par; então Fernando tinha 2 x 64 = 128 palitos e Isaura tinha 256 -128 = 128 palitos. Essa é a situação inicial do jogo.
Logo a sequência de jogadas dessa partida foi par, ímpar, par, par, ímpar, ímpar, par.

(d) Vamos aproveitar o trabalho do item anterior e fazer o seguinte diagrama do número de palitos de Fernando e Isaura, jogada a jogada:
 



Esse diagrama e outros exemplos semelhantes sugerem que, em um momento qualquer de uma partida, o número de palitos de Fernando e o número de palitos de Isaura se escrevem, respectivamente, como 2na e 2nb, onde a e b são inteiros ímpares. Além disso, se o jogo não acabou, então depois da próxima jogada eles terão 2n-1a' e 2n-1b' palitos, respectivamente, onde a' e b' também são inteiros ímpares.
Vamos mostrar que essas afirmativas são verdadeiras. Suponhamos que em alguma etapa de uma partida os dois jogadores têm, respectivamente, 2na e 2nb palitos, onde a e b são inteiros ímpares, e que o jogo não acabou, ou seja, que n ≥ 1. Se a próxima jogada sair par, então Fernando ficará com palitos e Isaura ficará com 2n-1a + 2nb = 2n-1(a + 2b) palitos. Como a é ímpar então b' = a + 2b também é ímpar. Desse modo, após essa jogada, Fernando e Isaura ficarão com 2n-1a e 2n-1 b' palitos, onde a e b' são ímpares. Um argumento idêntico leva à mesma conclusão no caso em que a próxima jogada sair ímpar, e acabamos de provar nossa afirmativa.
O jogo começa com ambos os jogadores com 128 = 27 x 1 palitos, ou seja, com n = 7. Como uma partida acaba quando n = 0 e n decresce de uma unidade a cada jogada, segue imediatamente que qualquer partida acaba depois da sétima jogada.

Os times A, B, C, D e E disputaram, entre si, um torneio de futebol com as seguintes regras:
• o vencedor de uma partida ganha 3 pontos e o perdedor não ganha nada;
• em caso de empate cada um dos times ganha 1 ponto;
• cada time joga exatamente uma vez com cada um dos outros.
 



O campeão do torneio foi o time A, seguido na classificação por B, C, D e E, nessa ordem. Além disso
• o time A não empatou nenhuma partida;
• o time B não perdeu nenhuma partida;
• todos os times terminaram o torneio com números diferentes de pontos.

(a) O time A ganhou, perdeu ou empatou sua partida contra o time B? Por quê?
(b) Com quantos pontos o time A terminou o torneio? Por quê?
(c) Explique porque o time B obteve um número par de pontos nesse torneio.
(d) Na tabela, cada coluna representa uma partida. Sabendo que ocorreram exatamente 5 empates nesse torneio, desenhe, em cada coluna da tabela, um círculo em volta do nome do time ganhador ou em volta do "x", em caso de empate.
 

Resposta:

(a) O time B não perdeu nenhuma partida, logo empatou ou ganhou de A. Mas Anão empatou nenhuma partida, logo A perdeu de B.

(b) O time A perdeu uma partida. Se tivesse perdido exatamente mais um jogo, teria 6 pontos. Mas B tem no mínimo 6 pontos, pois venceu A e não perdeu nenhuma das outras três partidas. Como A tem mais pontos que B, concluímos que A perdeu somente para B; e como A não empatou nenhuma partida, venceu as outras três. Logo A obteve 9 pontos.

(c) 1a solução: Como o time B não perdeu para nenhum outro time, ele ganhou 1 ou 3 pontos em cada partida, isto é, sempre um número ímpar de pontos. Como a soma de quatro números ímpares é par, vemos que B terminou o torneio com um número par de pontos.
2a solução: Como ficou em segundo lugar, o time B fez menos do que 9 pontos, portanto venceu uma ou duas partidas. Como ele jogou quatro partidas, se venceu uma delas então empatou três, finalizando com 6 pontos; se venceu duas então empatou duas, finalizando com 6 pontos. Logo, as possibilidades para o número de pontos que B obteve nesse torneio são 6 e 8, ambos números pares.

(d) De acordo com os itens anteriores, A perdeu de B e venceu C, D e E. Dos 6 jogos restantes, 5 foram empates. Se B tivesse só 2 empates, então todos os jogos entre C, D e E seriam empates e os dois desses times que empataram com B terminariam empatados, o que contraria o enunciado. Logo, os três jogos de B contra C, D e E foram empates. Como houve um total de 5 empates, 2 dos jogos entre C, D e E foram empates. Como a ordem de classificação é C, D, E, a única vitória foi de C contra E. Temos, assim, a tabela de resultados abaixo.
 

A figura mostra a planta do quarto do Pinhão. Todos os ângulos entre paredes são retos e a porta tem 90 cm de largura. Nessa questão, não consideramos a espessura das paredes.

(a) Uma lâmpada foi colocada no teto, na posição indicada na figura.
 



Desenhe na planta a parte do chão que não será iluminada diretamente por essa lâmpada e calcule a área dessa parte.

(b) A cama do Pinhão mede 2,00 m por 1,60 m e foi colocada na posição indicada na figura abaixo.
 



Nessa situação, é possível abrir a porta sem que ela toque na cama? Por quê?

Resposta:

(a) Consideremos a figura do enunciado com os vértices rotulados como abaixo.
 



Uma vez que a luz se propaga em linha reta, o triângulo CDF (sombreado na figura) corresponde à área do chão que não será iluminada pela lâmpada. O triângulo CDF é semelhante ao triângulo ABC e a razão de semelhança é . Como a razão entre as áreas de triângulos semelhantes é o quadrado da razão de semelhança, segue que
 



Alternativamente, podemos calcular os lados do triângulo CDF usando a semelhança dos triângulos CDF e ABC. Temos , logo e então , como antes.

(b) 1a solução: Consideramos a figura do enunciado, com os vértices rotulados como na figura abaixo.
 



Temos PQ = 1,6 e QR = 2,0 (a figura do enunciado deixa claro que o menor lado da cama está na horizontal). Para decidir se a porta vai ou não tocar na cama, basta comparar os segmentos RT e ST. Para calcular RT, usamos o triângulo retângulo RUT representado na figura; temos RU = 0,8 e UT = 0,6, donde . Como ST = 0,9, vemos que a porta vai passar a 10 cm da cama.

2a solução: Podemos calcular a distância entre os pontos R e T da figura anterior colocando um sistema de coordenadas na figura anterior com origem em P, o eixo x em PQ e o eixo y na parede vertical esquerda. Nesse caso, R tem coordenadas (1,6; 2,0) e T tem coordenadas (2,4; 2,6). Logo
O argumento final é o mesmo da solução anterior. Notamos que as duas soluções são conceitualmente idênticas, pois a fórmula da distância de dois pontos no plano é uma consequência imediata do teorema de Pitágoras.

A calculadora do Dodó tem uma tecla especial com o símbolo . Se o visor mostra um número x diferente de 2, ao apertar aparece o valor de .
 



(a) Se o Dodó colocar 4 no visor e apertar , qual número vai aparecer?
(b) Dodó colocou um número no visor e, ao apertar , apareceu o mesmo número. Quais são os números que ele pode ter colocado no visor?
(c) Dodó percebeu que, colocando o 4 no visor e apertando duas vezes, aparece de novo o 4; da mesma forma, colocando o 5 e apertando duas vezes, aparece de novo o 5. O mesmo vai acontecer para qualquer número diferente de 2? Explique.

Resposta:

(a) Se o Dodó colocar um número x ≠ 2 no visor e apertar , aparece o valor de . Logo, para x = 4 , o valor que vai aparecer é .

(b) Seja b o número que o Dodó colocou no visor. Ao apertar , apareceu o número , que o enunciado nos diz que é igual a b. Logo , donde 2b - 3 = b(b - 2) , ou seja, b2 - 4b + 3 = 0 . Essa equação tem as raízes b = 1 e b = 3, que são os números que o Dodó pode ter colocado no visor.

(c) Seja b ≠ 2 o número que o Dodó colocou no visor. Ao apertar duas vezes, aparece o número
 



É importante notar que o Dodó pode apertar uma segunda vez. De fato, a equação f(b) - 2 = 0 não tem solução, ou seja, o denominador da expressão após o primeiro sinal de igualdade acima é sempre diferente de 0. De fato, se existisse b tal que f(b) - 2 = 0 , teríamos e, portanto, -3 = -4 , um absurdo. Logo, ao apertar nunca aparece o 2 no visor, e é sempre possível apertar uma segunda vez.

Considere uma pilha de cartas numeradas de 1 a 104. Um embaralhamento dessa pilha consiste em intercalar as 52 cartas de cima com as 52 de baixo, de modo que a carta que estava no topo fique em segundo lugar de cima para baixo. A figura mostra dois embaralhamentos seguidos a partir da situação inicial, na qual as cartas estão dispostas em ordem crescente de cima para baixo.
 



(a) Complete a tabela.
 



(b) Partindo da situação inicial, qual será a posição da carta de número n após um embaralhamento?
(c) Partindo da situação inicial, ache duas cartas que trocam de lugar uma com a outra a cada embaralhamento.
(d) Um grupo de três cartas que trocam de lugar entre si a cada embaralhamento é chamado trio invariante. Partindo da situação inicial, encontre todos os trios invariantes.

Resposta:

a) Vamos calcular a posição ocupada, após um embaralhamento, pela n-ésima carta da pilha. Há dois casos a considerar:
n ≤ 52 (ou seja, a carta está na metade superior da pilha): neste caso, após um embaralhamento, ficarão acima dela as primeiras n cartas da metade inferior e as primeiras n - 1 cartas da parte superior. Logo, sua posição na pilha passará a ser n + (n - 1) + 1 = 2n.
n > 52 (ou seja, a carta está na metade inferior da pilha. Após um embaralhamento, ficarão acima dela as cartas precedentes da metade inferior, que são em número de n - 52 - 1 = n - 53 e igual quantidade de cartas da metade superior. Logo, sua nova posição na pilha é (n - 53) + (n - 53)+ 1 = 2n - 105.
Em particular, podemos agora completar a tabela, observando que 55 = 2 x 80 -105 e 5 = 2 x 55 - 105.
 



b) Como visto acima, a carta que ocupa a posição n passa a ocupar, após um embaralhamento, a posição 2n, se n ≤ 52 ou 2n - 105, se n > 52.

c) Inicialmente, observamos que após um embaralhamento
• as cartas da metade superior da pilha se movem para baixo, pois 2n > n para todo n positivo;
• as cartas da metade inferior da pilha se movem para cima, pois 2n - 105 < n para todo n < 105.
Logo, para que duas cartas troquem de posição entre si, uma delas deverá estar na metade superior da pilha e outra na metade inferior. Suponhamos que existam duas cartas com essa propriedade, e seja n a posição da carta de metade superior. Após um embaralhamento ela se move para a posição 2n , e então a carta na posição 2n deve passar para a posição n. Como a carta na posição 2n está na metade inferior da pilha. devemos ter 2(2n) - 105= n, donde n = 35. E, de fato, as cartas nas posições 35 e 70 trocam de posição entre si a cada embaralhamento, pois 2 x 35 = 70 e 2 x (2 x 35) - 105 = 35. Além disso, concluímos que não há outro par de posições com esta propriedade.

d) Para simplificar a exposição, vamos escrever xy para indicar que a carta que está na posição x vai para a posição y após um embaralhamento.
Suponhamos que exista um trio fixo, e seja n a posição da primeira carta desse trio a contar do topo da pilha. O argumento do item (c) mostra que as cartas não podem estar todas na metade superior ou todas na metade inferior da pilha; logo a posição n está na metade superior da pilha.
Após um embaralhamento temos n2n; se 2n está na parte superior da pilha então o trio fixo deve ser n → 2n → 4 nn; se 2n está na metade inferior da pilha então o trio fixo deve ser n → 2n → 4n - 105 → n. No primeiro caso, temos n = 2(4n) - 105 = 8n - 105,
donde n = 15; no segundo temos
n = 2(4n - 105) - 105 = 8n - 315
donde n = 45. Agora basta verificar que (15, 30, 60) e (45, 90, 75) são efetivamente trios fixos.
A título de curiosidade e/ou como exercício para o(a) leitor(a), listamos na tabela a seguir todas as k-uplas fixas, incluindo os casos k = 2 e k = 3 trabalhados nos itens (c) e (d) acima.
 



Observamos ainda que após 12 embaralhamentos todas as cartas voltam à posição inicial.

No brinquedo ilustrado na figura, bolinhas são colocadas nas entradas A, B ou C e movem-se sempre para baixo, terminando em uma das caixas 1, 2 ou 3. Ao atingir um dos pontos marcados com , as bolinhas têm chances iguais de ir para cada um dos dois lados.
 



(a) Se uma bolinha for colocada em C, em quais caixas ela pode parar? E se ela for colocada em B?
(b) Se uma bolinha for colocada em A, qual é a probabilidade de que ela vá parar na caixa 2? E se ela for depositada em B, qual é essa probabilidade?
(c) Se colocarmos uma bolinha em cada entrada (uma de cada vez), qual é a probabilidade de que, no final, haja uma bolinha em cada caixa?

Resposta:

a) Uma bolinha colocada em C só poderá parar nas caixas 2 ou 3; se colocada em B, ela poderá parar em qualquer das caixas.

b) Se ela parte de C, para chegar à caixa 2 ela deve ir para a esquerda tanto na primeira como na segunda bifurcação. Como a bolinha tem chances iguais de ir para a direita ou para a esquerda em cada bifurcação, a probabilidade dela chegar à caixa 2 é ou 25%.
Se a bolinha for depositada em B, pelo mesmo raciocínio, ela poderá chegar à caixa 2 por dois caminhos diferentes: direita, esquerda ou esquerda, direita; ambos ocorrem com probabilidade 1/4. Como estes eventos são disjuntos, a probabilidade de um deles ocorrer é a soma das probabilidades de cada evento individual. Logo a probabilidade da bolinha sair de B e chegar à caixa 2 é ou 50%.

c) Existem três situações possíveis para que no final haja uma bolinha em cada caixa. Descrevemos estas situações na tabela abaixo, onde (por exemplo) a primeira linha indica a situação em que uma bolinha colocada em A cai na caixa 1, outra colocada em B cai na caixa 2 e a última, colocada em C, cai na caixa 3.
 



Observando que os eventos "bola colocada em X caiu na caixa Y" são independentes e lembrando que a probabilidade de eventos independentes ocorrerem simultaneamente é igual ao produto das probabilidades de cada evento. A probabilidade de que cada uma destas situações ocorra é:
 



Por outro lado, a ocorrência de cada uma das configurações acima é um evento disjunto dos outros dois; a probabilidade de ao menos um deles ocorrer é então igual à soma das probabilidades dos eventos individuais. Logo a probabilidade de que haja uma bolinha em cada caixa é
 



A título de observação, listamos abaixo as 12 possibilidades para a distribuição de três bolinhas pelas caixas e suas respectivas probabilidades.
 

 

Quando um raio de luz incide sobre um espelho plano, ele é refletido de modo a fazer ângulos iguais com o espelho, conforme ilustrado na figura 1. A figura 2 mostra dois espelhos que se encontram formando um ângulo α. Um raio de luz, paralelo ao espelho I, atinge o espelho II no ponto A e é refletido três vezes, até incidir perpendicularmente ao espelho I no ponto D.
 



(a) Qual é a medida do ângulo α?
 



(b) Seja AB perpendicular ao espelho I, como na figura 2. Se AB = 10 cm, qual é o comprimento de CD?

Resposta:

a) 1a solução: Marcamos na figura os ângulos relevantes para a solução. Notamos em particular que em A o ângulo de incidência (e, portanto, o de reflexão) é igual a α; de fato, o raio de luz entra paralelo ao espelho I e a reta suporte do espelho II é transversal a ambos. Como γ é ângulo externo do triângulo AFC, segue que γ = 2α. Analogamente, como β é ângulo externo do triângulo CEF, temos β = α + γ = 3α. Finalmente, do triângulo retângulo CDE temos 180o =α + β + 90o = 4α + 90o, donde 4α = 90o, ou seja, α = 22,5o.

2a solução: Como a soma dos ângulos do triângulo ABF é 180o, segue que BAF = 90o -  γ. E como a soma dos ângulos com vértice em A também é 180o , segue que 2α + (90o -  γ) + 90o = 180o , donde γ = 2α. Considerando agora o triângulo AFE, temos α + β + (180o - 2γ) =180o, donde tiramos β = 2γ - α = 3α. Finalmente, o triângulo CDE nos diz que 180o = α + β + 90o = 4α + 90o e segue que 4α = 90o, ou seja, α = 22,5o.
 



b) 1a solução: Observamos que, como γ = 45o, o triângulo DEF é isósceles, isto é, ED = DF. O teorema de Pitágoras nos diz que EF2 = ED2 + DF2 = 2ED2 donde tiramos . O mesmo argumento aplicado ao triângulo ABF mostra que . Notamos agora que os triângulos CDE e AFE são semelhantes, pois têm os ângulos α e β em comum. Logo donde tiramos CD = 10.

2a solução: Refletimos a reta CF usando a reta CA como eixo de simetria, obtendo a semi-reta CF', onde F' é o simétrico de F (figura abaixo). Como CEF = CEF', vemos que os pontos D, E e F' estão alinhados; assim, CDF' é um triângulo. Como α = 22,5o segue que DCF' = 45o, donde CDF' é isósceles e então CD = DF'. Para terminar, notamos que ABDF' é um retângulo, e segue que DF' = AB. Logo CD = AB =10 cm.
 

 

Na figura, o triângulo ABC e o retângulo PQRS têm a mesma área e a mesma altura 1. Para cada valor de x entre 0 e 1 desenha-se o trapézio ABED de altura x e depois o retângulo PQNM de área igual à do trapézio, como na figura. Seja f a função que associa a cada x a altura do retângulo PQNM.
 



(a) Qual é a razão entre AB e PQ?
(b) Qual é o valor de
(c) Ache a expressão de f (x) e desenhe o gráfico de f.
 

Resposta:

a) Sejam m e n, respectivamente, as medidas das bases do triângulo ABC e do retângulo PQRS, como na figura. Como a altura destas figuras é 1, segue que área e área (PQRS) = n. Da igualdade destas áreas segue , donde
 



b) Quando os pontos D e E coincidem com os pontos médios T e U dos lados AC e BC, respectivamente. Se V é o ponto médio do lado AB, podemos decompor o triângulo ABC em quatro triângulos congruentes, como na figura. Assim Quando , e então,

donde
 



c) Vamos primeiro calcular a área do trapézio ABED em função de x. Como DE é paralela a AB, os triângulos DEC e ABC são semelhantes; a razão de semelhança é a razão de suas alturas, que é . Como áreas de figuras semelhantes estão entre si como o quadrado da razão de semelhança, segue que .
Logo
.
Da igualdade das áreas de ABC e PQMN, segue que (2x - x2)n = f(x) n
e concluímos que f(x) = 2x - x2. A figura a seguir mostra o gráfico de f(x) para 0 ≤ x ≤1.
 

Numa folha de papel marcamos pontos igualmente espaçados na horizontal e na vertical, de modo que o quadrado A tenha área 1 cm2, como na figura. Dizemos que um quadrado é legal se seus vértices são quatro desses pontos; por exemplo, os quadrados A e B são legais.
 



(a) Qual é a área do quadrado B?
(b) Desenhe um quadrado legal de área 13 cm2.
 



(c) Existe um quadrado legal de área 41 cm2? E de área 43 cm2? Justifique sua resposta.
(d) Mostre que para cada quadrado legal existe outro quadrado legal com o dobro de sua área

Resposta:

Para facilitar a escrita desta solução, vamos nos referir aos pontos do quadriculado como pontos legais.
 



a) Observando a figura acima, vemos que o quadrado B pode ser inscrito em um quadrado que consiste de 9 quadradinhos. A parte fora do quadrado B pode ser decomposta em quatro triângulos iguais (em cinza claro). Cada triângulo é a metade de um retângulo feito de dois quadradinhos; a área de cada um desses triângulos é então igual a 1 cm2. Logo a área do quadrado B é 9 - 4=5 cm2. Podemos também argumentar que o quadrado B foi decomposto em um quadradinho e quatro triângulos de área 1 cm2, donde sua área é 1+4=5 cm2.
Alternativamente, podemos calcular o lado PR do quadrado observando o triângulo retângulo PQR na figura. Seus catetos são PQ e QR, de medidas 1 e 2, respectivamente. Pelo teorema de Pitágoras, temos
 



e segue que a área do quadrado é .

b) Queremos desenhar um quadrado legal de área 13 cm2; seu lado deve então medir . Observando a segunda solução apresentada no item (a), vemos que o lado deve ser a hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos de comprimentos a e b que são números inteiros e tais que a2 +b2 =13 . Podemos então escolher a = 3 e b = 2 (a única solução, a menos de trocar os valores de a e b) e construir nosso quadrado de área 13 cm2 como, por exemplo, indicado na figura abaixo.
 



c) Se existe um quadrado legal de área n, então seu lado é medir ; para construir um segmento deste comprimento devemos, como no item anterior, encontrar inteiros a e b tais que a2 + b2 = n. Para 41 não há problema, pois 41 = 42 + 52; mas para 43 isto é impossível, como se pode ver por listagem direta. De fato, como 72 =49 ultrapassa 43, devemos testar apenas se 43 se escreve como soma de dois quadrados dos números de 1 a 6, o que não acontece pois 43 - 12 = 42 , 43 - 22 = 39 , 43 - 32 =34 , 43 - 42 = 27, 43 - 52 =18 e 43 - 62 =7 não são quadrados perfeitos. Logo é possível construir um quadrado legal de área 41 cm2, mas não é possível construir um de área 43 cm2.

d) 1a solução: A figura abaixo mostra um quadrado legal em cinza e a construção de um novo quadrado, em traço mais grosso, de área igual ao dobro da área do quadrado original.
 



Notamos que como os vértices do quadrado original são pontos legais então os vértices do quadrado maior também são pontos legais. Para justificar esta última afirmativa, basta notar que se A e B são pontos legais e C é o simétrico de A com relação a B (como na figura abaixo) então C também é um ponto legal. Desse modo, o novo quadrado também é legal.
 



2a solução: Como vimos em (b), se um quadrado legal tem área n então n = a2 + b2 para alguns inteiros a e b; reciprocamente, se n = a2 + b2 para alguns inteiros a e b então existe um quadrado legal de área n. Como (a - b)2 + (a + b)2 = 2(a2 +b2) vemos que um triângulo retângulo de catetos a - b e a + b terá hipotenusa 2n ; o quadrado construído sobre esta hipotenusa terá área (em outras palavras, mostramos que se n é soma de dois quadrados inteiros então 2n também o é). Usando este fato, ilustramos na figura abaixo uma construção de um quadrado legal de área 2n (o quadrado grande em linha contínua) a partir de um quadrado legal de área n (o quadrado pequeno em linha contínua, o quadrado pontilhado serve apenas para indicar os sentidos horizontal e vertical). Notamos, como antes, que como o quadrado original é legal então todos os pontos indicados são legais.
 

Os círculos da figura abaixo foram preenchidos com os números de 1 a 7, de modo que todas as flechas apontam de um número menor para um maior. Neste caso, dizemos que a figura foi bem preenchida.
 



(a) Complete a figura abaixo com os números de 1 a 9 de modo que ela fique bem preenchida.
 



(b) De quantas maneiras a figura ao lado pode ser bem preenchida com os números de 1 a 5?
 



(c) De quantas maneiras a figura ao lado pode ser bem preenchida com os números de 1 a 7?
 

Resposta:

a) Só existe uma maneira de preencher o diagrama, como mostramos a seguir.
• O número 9 não pode ficar abaixo de nenhum número, logo deve ficar no topo.
• Acima do número 7 só podemos colocar o 9 e 8. Como o 9 já está no topo, o 8 ficará acima do 7.
• O número 6 não pode ficar abaixo do 5 nem do 2, logo ficará abaixo do 8 , ao lado do 7.
• O número 1 é o único que pode ficar abaixo do 2.
• Os números 3 e 4 devem ficar abaixo do 5, com o 3 debaixo do 4.
A sequência de figuras a seguir ilustra as etapas deste raciocínio.
 



b) 1a solução: Primeiro vamos examinar o diagrama menor de três bolinhas marcadas pelo triângulo pontilhado.
 



Para que ele fique bem preenchido com quaisquer três números positivos distintos, o maior número deve ficar no topo e os outros dois poderão ser colocados nos dois círculos de baixo de 2 maneiras diferentes. Por exemplo, se os números forem 3, 6 e 8, podemos dispô-los das 2 maneiras ilustradas abaixo.
 



Para que o diagrama completo do problema fique bem preenchido com os números de 1 a 5, o 5 deve ficar no topo. A casa sombreada pode ser preenchida com qualquer número de 1 a 4. As três casas restantes, marcadas com o triângulo pontilhado, formam o diagrama analisado acima e poderão então ser preenchidas de 2 maneiras, com os três números restantes. Resumindo, podemos preencher o diagrama do seguinte modo:
• preenchemos o círculo do topo com o 5 : 1 possibilidade;
• preenchemos a casa sombreada com 1, 2, 3 ou 4 : 4 possibilidades;
• preenchemos as três casas que faltam com os três algarismos restantes: 2 possibilidades.
Logo o diagrama pode ser preenchido de 1 x 4 x 2 = 8 maneiras diferentes. Notamos que este raciocínio se aplica para quaisquer cinco números positivos distintos. Isto será importante na resolução do próximo item.

2a solução: Notamos primeiro que o 5 deve sempre ocupar a bolinha de cima. O 4 deve então ocupar uma das duas bolinhas abaixo do 5, e então
• se o 4 ocupar a bolinha sombreada, o 3 deve ocupar a outra bolinha abaixo do 5, e o 1 e o 2 podem ser colocados de duas maneiras diferentes nas duas bolinhas que sobram; temos duas possibilidades neste caso;
• se o 4 ocupar a outra bolinha abaixo do 5, a casa sombreada pode ser ocupada por qualquer dos números de 1 a 3, e os outros dois números podem ser colocados nas duas últimas bolinhas vazias; neste caso temos 3 × 2 = 6 possibilidades.
Deste modo, o número de maneiras de preencher o diagrama é 2 + 6 = 8.

c) 1a solução: Para que o diagrama fique bem preenchido com os números de 1 a 7, temos que colocar o 7 no topo. A casa sombreada pode ser preenchida com qualquer número de 1 a 6. A parte circundada pela linha pontilhada foi analisada no item (b) e pode ser preenchida com os 5 números restantes de 8 formas diferentes. Ou seja, podemos preencher o diagrama como segue:
• preenchemos o círculo do topo com o 7 : 1 possibilidade;
• preenchemos a casa sombreada com 1, 2, 3 , 4, 5 ou 6 : 6 possibilidades;
• preenchemos a parte circundada com os algarismos restantes: 8 possibilidades.
Logo o diagrama pode ser preenchido de 1 × 6 × 8 = 48 maneiras diferentes.
 



2a solução: Notamos primeiro que o 7 deve sempre ocupar a bolinha de cima. O 6 deve então ocupar uma das duas bolinhas abaixo do 7, e então
• se o 6 ocupar a bolinha sombreada, os números de 1 a 5 devem ocupar as casas circundadas com a linha pontilhada. De acordo com o item (b), isto pode ser feito de 8 maneiras distintas.
• se o 6 deve ocupar a outra bolinha abaixo do 7, podemos colocar qualquer número de 1 a 5 na casa sombreada e distribuir os números restantes pelas quatro bolinhas ainda vazias, o que pode ser feito de 8 maneiras diferentes, de acordo com o item (b). Aqui temos 5 × 8 = 40 possibilidades.
Logo o diagrama pode ser preenchido de 8 + 40 = 48 maneiras diferentes.

Em um jogo, Pedro lança uma moeda para decidir quantas casas avançar. Quando sai cara, ele avança uma casa; quando sai coroa, ele avança duas casas. O jogo acaba quando Pedro alcança ou ultrapassa a última casa. Faltam três casas para Pedro terminar o jogo. Qual é a probabilidade de que ele tire coroa em sua última jogada?
 

Um ônibus transporta 31 estudantes, baianos e mineiros, para um encontro de participantes da OBMEP. Entre os baianos, 2/5 são homens e, entre os mineiros, 3/7 são mulheres. Entre todos os estudantes quantas são as mulheres?
 

Uma papelaria monta estojos. Dentro de cada estojo são colocadas 3 canetas, que podem ser azuis ou vermelhas, numeradas com 1, 2 e 3. Cada estojo recebe uma etiqueta com a letra A se as cores das canetas 1 e 2 são iguais, uma com a letra B se as cores das canetas 1 e 3 são iguais e uma com a letra C se as cores das canetas 2 e 3 são iguais (o mesmo estojo pode receber mais de uma etiqueta). Em certo dia foram utilizadas 120 etiquetas A, 150 etiquetas B e 200 etiquetas C, e exatamente 200 estojos receberam apenas uma etiqueta. Quantos estojos foram montados nesse dia?

A figura mostra quatro círculos de raio 1 cm dentro de um triângulo.
 



Os pontos marcados são pontos de tangência. Qual é o comprimento do menor lado desse triângulo?

Na figura vemos dois quadrados, sendo M o ponto médio de CD.
 



Uma formiguinha parte de um ponto qualquer P do segmento AB e quer chegar ao ponto M andando apenas sobre os lados dos quadrados pelo menor caminho possível. Qual dos gráficos abaixo melhor representa a distância y que a formiguinha vai percorrer em função da distância x = AP?

Ari, Bruna e Carlos almoçam juntos todos os dias e cada um deles pede água ou suco.
• Se Ari pede a mesma bebida que Carlos, então Bruna pede água.
• Se Ari pede uma bebida diferente da de Bruna, então Carlos pede suco.
• Se Bruna pede uma bebida diferente da de Carlos, então Ari pede água.
• Apenas um deles sempre pede a mesma bebida.

 



Quem pede sempre a mesma bebida e que bebida é essa?

O trapézio ABCD foi divido em dois retângulos AEGF e FGCD, um triângulo GHC e um trapézio EBHG. As áreas dos dois retângulos e do triângulo, em cm2, estão indicadas na figura. Qual é a área do trapézio EBHG?
 

No segmento AB da figura existem vários pontos de coordenadas inteiras, como por exemplo (164,110). Quantos pontos com as duas coordenadas inteiras existem nesse segmento, contando os extremos?
 

Uma formiguinha está no ponto A do quadriculado da figura e quer chegar ao ponto B passando pelo ponto R, andando sobre os lados dos quadradinhos e apenas para a direita ou para baixo. De quantas maneiras ela pode fazer esse trajeto?
 

Os 535 alunos e os professores de uma escola fizeram um passeio de ônibus. Os ônibus, com capacidade para 46 passageiros cada, ficaram lotados. Em cada ônibus havia um ou dois professores. Em quantos ônibus havia dois professores?

Pedrinho preencheu a tabela com números inteiros de forma que em cada linha, coluna ou diagonal, o número do meio é a média aritmética dos outros dois. Qual é a soma dos números que apareceram nas casas em cinza?
 

Lúcia está correndo, sempre no mesmo sentido, em uma pista circular. Qual dos gráficos melhor descreve o número m de voltas completas que ela dá em função da distância x que ela corre?

Uma tira retangular de cartolina, branca na frente e cinza atrás, foi dobrada como na figura, formando um polígono de 8 lados. Qual é o perímetro desse polígono?
 

Em certo ano bissexto (isto é, um ano que tem 366 dias) o número de sábados foi maior que o número de domingos. Em que dia da semana caiu o dia 20 de janeiro desse ano?

Ronaldo quer cercar completamente um terreno retangular de 900 m2. Ao calcular o comprimento da cerca ele se enganou, fez os cálculos como se o terreno fosse quadrado e comprou 2 metros de cerca a menos que o necessário. Qual é a diferença entre o comprimento e a largura do terreno?

A figura mostra um quadrado ABCD de lado 1 cm e arcos de circunferência DE, EF, FG e GH com centros A, B, C e D, respectivamente. Qual é a soma dos comprimentos desses arcos?

Com quadradinhos de lado 1 cm, constrói-se uma sequência de retângulos acrescentando-se, a cada etapa, uma linha e duas colunas ao retângulo anterior. A figura mostra os três primeiros retângulos dessa sequência. Qual é o perímetro do 100o retângulo dessa sequência?


Os quadradinhos do tabuleiro da figura devem ser preenchidos de modo que:
• nos quadradinhos de cada uma das regiões em forma de apareçam os números 1, 3, 5 e 7 ou os números 2, 4, 6 e 8;

• em quadradinhos com um lado comum não apareçam números consecutivos.


Qual é a soma dos números que vão aparecer nos quadradinhos cinza?

Os discos A, B, C e D representam polias de diâmetros 8, 4, 6 e 2 cm, respectivamente, unidas por correias que se movimentam sem deslizar. Quando o disco A dá uma volta completa no sentido horário, o que acontece com o disco D?

Carlos poderá aposentar-se quando a soma de sua idade com o número de anos que ele trabalhou for 100. Quando Carlos fez 41 anos, ele já havia trabalhado 15 anos. Qual é a idade mínima que ele deverá ter para poder se aposentar?

Um torneio de futebol com 57 times será disputado com as seguintes regras:
• Nenhum jogo pode terminar empatado.
• O time que perder duas partidas será eliminado.
• O torneio termina quando sobrar apenas um time, que será o campeão.
 



Se o time campeão perder uma vez, quantas partidas serão disputadas no torneio?

 

19. O semicírculo da figura tem centro O e diâmetro PQ = 2 cm. O raio OR é perpendicular a PQ. Por um ponto qualquer M de OR traçasse a corda AB perpendicular a OR.
 



Sejam x o comprimento de RM, em cm, e y a área do quadrado de lado AB, em cm2. Qual dos gráficos abaixo expressa a relação entre x e y?

A figura mostra a planta de uma escola que tem seis salas, indicadas pelas letras de A até F.
 



Joãozinho entrou na escola, percorreu todas as salas e foi embora, tendo passado exatamente duas vezes por uma das portas e uma única vez por cada uma das outras. A porta pela qual Joãozinho passou duas vezes liga:

Com exatamente dois segmentos de reta, podemos fazer figuras diferentes unindo os vértices de um pentágono. Cinco dessas figuras estão ilustradas a seguir.
 



Incluindo essas cinco, quantas figuras diferentes podemos fazer desse modo?

Felipe construiu uma sequência de figuras com quadradinhos; abaixo mostramos as quatro primeiras figuras que ele construiu. Qual é a primeira figura que tem mais de 2009 quadradinhos?
 

Luciana tem três canetas pretas e três vermelhas. Ontem ela pegou, ao acaso, uma dessas canetas e colocou-a na bolsa. Hoje ela colocou uma caneta preta na bolsa. Se ela retirar uma dessas duas canetas da bolsa, sem olhar, qual a probabilidade de essa caneta ser preta?

Os seis triângulos da figura são retângulos e seus ângulos com vértice no ponto A são iguais. Além disso, AB = 24 cm e AC = 54 cm. Qual é o comprimento de AD?
 

Na figura, as duas circunferências têm centro O e os quadradinhos do quadriculado têm lado 1 cm. Há 20 pontos do quadriculado na região delimitada pelas circunferências.
 



Quantos pontos do quadriculado estão na região delimitada por duas circunferências de centro O e raios 4 cm e 5 cm?

A figura mostra um quadrado de lado 1 m dividido em dois retângulos e um quadrado. As áreas do quadrado Q e do retângulo R são iguais. Qual é a área do retângulo S?
 

Na figura, ABCD é um paralelogramo e o segmento EF é paralelo a AB. Qual é a soma das áreas dos triângulos cinzentos?
 

Duas formiguinhas andam em sentidos contrários sobre uma circunferência. Enquanto uma delas dá nove voltas na circunferência, a outra dá seis. Em quantos pontos distintos da circunferência elas se cruzam?
 

Na figura, o paralelogramo ABCD tem área 40 cm2. Os pontos P, Q, R, S são pontos médios dos lados do paralelogramo e T está no segmento RS. Qual é a área do triângulo PQT?
 

Na figura, ABCD e AMPN são quadrados e e são arcos de círculos de centro A. Qual é a razão entre a área sombreada e a área do quadrado ABCD?
 

Qual é o valor de 53532 - 28282?

O quadrado da figura tem um vértice na origem, outro no ponto (10,7) e um terceiro no ponto (a, b). Qual é o valor de a + b?
 

 

O diâmetro de uma pizza grande é o dobro do diâmetro de uma pizza pequena. A pizza grande é cortada em 16 fatias iguais. A que fração de uma pizza pequena correspondem 3 fatias da pizza grande?

Arnaldo, Beto, Celina e Dalila formam dois casais. Os quatro têm idades diferentes. Arnaldo é mais velho que Celina e mais novo que Dalila. O esposo de Celina é a pessoa mais velha. É correto afirmar que:
 

Joãozinho inventou uma operação matemática com números inteiros, para a qual ele usa o sinal *. Ela funciona assim:
a * b = (a + 1) x (b - 1)
Por exemplo, 3 * 5 = (3 +1) x (5 - 1) = 16. Se a e b são inteiros positivos tais que a * b = 24 e b * a = 30, quanto vale a + b?

Para achar o número de seu sapato, Maurício mediu o comprimento de seu pé em centímetros, multiplicou a medida por 5, somou 28, dividiu tudo por 4 e arredondou o resultado para cima, obtendo o número 40. Qual das alternativas mostra um possível comprimento do pé do Maurício?
 

Daniela fez uma tabela mostrando a quantidade de água que gastava em algumas de suas atividades domésticas.
 



Para economizar água, ela reduziu a lavagem de roupa a 3 vezes por semana, o banho diário a 5 minutos e a lavagem semanal do carro a apenas um balde de 10 litros.
 



Quantos litros de água ela passou a economizar por semana?

Uma folha de papel retangular ABCD de 12 cm por 16 cm (figura 1) é cortada ao longo da diagonal AC (figura 2). O triângulo ABC é dobrado pelo segmento BM (figura 3), sendo M o ponto de encontro das diagonais do retângulo ABCD. Finalmente, é feita uma dobra ao longo de MP, onde P é escolhido de modo que CM coincida com AM (figura 4).
 



(a) Explique porque o ângulo BMP na figura 4 é reto.
(b) Mostre que o triângulo BMP da figura 4 é semelhante ao triângulo ABC da figura 2.
(c) Calcule a área do triângulo BMP da figura 4.
(d) Calcule a área do quadrilátero ABMP da figura 4.

Resposta:

Para facilitar a exposição, vamos denotar por A' a posição do ponto A após a segunda dobra.
 



a) A figura 4 mostra que A'MP = CMP (ou seja, P foi escolhido de modo que MP é a bissetriz de AMC), e segue que A'MC = 2 x A'MP (conforme figura 3). Por outro lado, temos AMB = A'MB , donde AMA' = 2 x A'MB . Logo
180o = AMA' + A'MC = 2 x A'MB + 2 x A'MP = 2(A'MB + A'MP) = 2 x BMP
e segue que BMP = 90o .

b) (figura 1) Lembramos que as diagonais de um retângulo são iguais e se interceptam em seu ponto médio; no nosso caso, temos BM = AM = CM . Segue que o triângulo BMC é isósceles e concluímos que MBC = MCB = ACB. Logo os triângulos retângulos ABC e PMB têm um ângulo (agudo) em comum, ou seja, eles são semelhantes.
Aqui fazemos um reparo ao enunciado deste item na prova. Em geral, ao falar da semelhança de triângulos, deve-se listar os vértices na ordem que indica a correspondência correta. No nosso caso, o enunciado deveria ser "mostre que os triângulos PMB e ABC são semelhantes", de vez que os ângulos em M e B do triângulo PMB são iguais aos ângulos em B e C do triângulo ABC, respectivamente. O Comitê de Provas pede desculpas por esta incorreção.

c) Como os triângulos PMB e ABC são semelhantes, a razão entre suas áreas é igual ao quadrado da razão entre lados correspondentes. Como vimos acima, temos BM = AM = CM , ou seja, . Por outro lado, o teorema de Pitágoras no triângulo ABC (figura 1) nos dá ; logo BM = 10 , e segue que a razão de semelhança dos triângulos BMP e ABC é . Denotando a área do triângulo BMP por (BMP) (e similarmente para outras figuras a seguir) temos .

d) Desdobrando a figura 4, segue que (A'BMP) + (BMP) = (ABC). Logo
 

 

Dois triângulos retângulos isósceles com catetos de medida 2 são posicionados como mostra a figura 1. A seguir, o triângulo da esquerda é deslocado para a direita. Nas figuras 2 e 3, x indica a distância entre os vértices A e B dos dois triângulos.
 



Para cada x no intervalo Ύ,4], seja f (x) a área da região comum aos dois triângulos (em cinza nas figuras).

(a) Calcule f (1) e f (3).
(b) Encontre as expressões de f nos intervalos Ύ,2] e ΐ,4] e esboce o seu gráfico.
 



(c) Qual é a área máxima da região comum aos dois triângulos?

Resposta:

O argumento geral para a resolução desta questão está ilustrado abaixo.
 



O triângulo ABC é um dos triângulos resultantes do corte do quadrado, e D é um ponto qualquer no lado AB. Fazendo DE perpendicular a AB, o triângulo ADE também é retângulo de lados iguais, e sua área é igual a metade da área do quadrado ADEF; a área do triângulo ADG é então igual a1/4 da área do quadrado ADEF.

a) Quando x = 1, a figura formada pela formado pela sobreposição dos triângulos maiores é um triângulo menor, indicado em cinza na figura abaixo. A observação acima mostra que sua área é a quarta parte da área de um quadrado de lado 1, isto é, f(1) = 1/4.
 



Quando x = 3 , a figura formada pela sobreposição dos dois triângulos é um pentágono, como na figura abaixo.
 



Como os triângulos têm catetos de medida 2 e AB = 3 , vemos que os catetos se sobrepõem em um segmento de medida 1. Logo o pentágono é a união de um quadrado de lado 1 e um triângulo idêntico ao que consideramos no início desta questão. Logo f(3) = 1 +1/4 = 5/4.

b) Para valores de x tais que 0 ≤ x ≤ 2, a figura formada pela sobreposição dos triângulos é o triângulo em cinza abaixo, donde f(x) x2/4 = 1 +1/4 = 5/4 para 0 ≤ x ≤ 2, conforme observação inicial.
 



Quando 2 < x ≤ 4, a figura é um pentágono, como ilustrado abaixo.
 



Temos então AC + CD = 2 = BD + CD



ou seja, CD = 4 - x; logo AC = BD = 2 - (4 - x) = x - 2. Vemos assim que o pentágono pode ser decomposto em um retângulo CDFE de base 4 - x e altura CE = C = x - 2 e um triângulo retângulo isósceles de hipotenusa 4 - x. Segue que para 2 < x ≤ 4 temos
 



Notamos que esta última expressão também assume o valor 1 para x = 2. Em resumo, temos
 



Notamos também que f (4) = 0 (como era de se esperar). O gráfico de f está esboçado a seguir; nele marcamos os valores calculados no item anterior, bem como outros valores importantes para a resolução do item (c).
 



c) A observação direta do gráfico mostra que o valor máximo da função no intervalo Ύ,2] é f (2) = 1. Resta analisar a função no intervalo ΐ,4] . Esquecendo por um momento que estamos neste intervalo, vamos considerar a função quadrática definida para todo número real x; ela é da forma f(x) = ax2 + bx + c com , b = 4 e c = -4 . Como a < 0, ela assume um valor máximo para e seu valor neste ponto é (podemos também calcular diretamente ). Uma vez que 8/3 pertence ao intervalo ΐ,4] , segue que o máximo de f neste intervalo é 4/3, e como 4/3 > 1 concluímos que este é o valor máximo de f no intervalo Ύ,4].

Quatro times, entre os quais o Quixajuba, disputam um torneio de vôlei em que:
 



• cada time joga contra cada um dos outros uma única vez;
• qualquer partida termina com a vitória de um dos times;
• em qualquer partida os times têm a mesma probabilidade de ganhar;
• ao final do torneio, os times são classificados em ordem pelo número de vitórias.

(a) É possível que, ao final do torneio, todos os times tenham o mesmo número de vitórias? Por quê?
(b) Qual é a probabilidade de que o torneio termine com o Quixajuba isolado em primeiro lugar?
(c) Qual é a probabilidade de que o torneio termine com três times empatados em primeiro lugar?

Resposta:

Resposta: a) O número total de partidas disputadas no torneio é 3 + 2 + 1= 6 . Como 6 não é divisível por 4, o torneio não pode acabar com os quatro times tendo o mesmo número de vitórias.

b) 1a solução: Para que o Quixajuba termine isolado em primeiro lugar, ele deve ganhar todas as suas partidas. De fato, se ele ganhar duas ou menos então os outros três times dividirão pelo menos quatro vitórias entre si, e assim algum deles deve ter pelo menos duas vitórias; nesse caso, o Quixajuba não seria o campeão isolado. Para cada um dos três jogos entre os outros times há duas possibilidades. Logo, o número de maneiras do Quixajuba terminar sozinho em primeiro lugar é 1 x 1 x 1 x 2 x 2 x 2 = 8. Como há 26 = 64 resultados possíveis para as seis partidas, a probabilidade de o Quixajuba ser o campeão isolado é 8/64 = 1/8.

1a solução: Argumentamos como acima que o Quixajuba será o campeão isolado se e somente se ele vencer suas três partidas. Como a probabilidade de o Quixajuba ganhar um jogo contra qualquer dos outros times é 1/2, a probabilidade de ele ganhar suas três partidas é 1/2 x 1/2 x 1/2 = 1/8.

c) Suponhamos que os times sejam A, B, C e D e que o torneio termine com D isolado em último lugar. Então D perdeu todas suas partidas; de fato,
• se D tivesse ganho suas três partidas, teria terminado o torneio em primeiro lugar (como vimos no item anterior);
• se o D tivesse ganho duas (ou uma) partidas, os outros times dividiriam quatro (ou cinco) vitórias entre si; neste caso, pelo menos um deles teria ganho no máximo uma partida e assim D não teria ficado em último lugar isolado.
Logo A, B e C dividem entre si as seis vitórias, ou seja, cada um deles ganhou duas vezes; uma contra D e uma contra um dos outros. Para as partidas entre A, B e C temos apenas duas possibilidades: A ganhou de B que ganhou de C ou A ganhou de C que ganhou de B. Em resumo, há apenas duas possibilidades para que A, B e C dividam a liderança, e neste caso D acaba o torneio em último lugar isolado.
Como qualquer um dos times pode acabar em último lugar isolado, enquanto os outros dividem a liderança, segue que o número de possibilidades para que isto aconteça é 4 x 2 = 8. Por outro lado, o número total de possibilidades para os resultados das seis partidas é 26 = 64 . Logo a probabilidade de que três times dividam a liderança é 8/64 = 1/8.

No jogo do Troca-Cor usa-se um tabuleiro com duas linhas e com quantas colunas quisermos, cujas casas podem mudar da cor branca para cinza e vice-versa. As casas da 1a linha são numeradas com os números ímpares e as da 2a linha com os números pares. Em cada jogada aperta-se uma casa e, então, essa casa e as casas vizinhas mudam de cor. Uma partida completa começa com todas as casas brancas e termina quando todas ficam cinzas. Veja dois exemplos de partidas completas (os números acima das flechas indicam a casa apertada em cada jogada):
 



(a) Escreva as jogadas de uma partida completa nos tabuleiros abaixo.
 



(b) Explique como jogar uma partida completa no tabuleiro 2 x 100.
(c) Explique como jogar uma partida completa com exatamente 51 jogadas no tabuleiro
2 x 101.
(d) Explique porque não é possível jogar uma partida completa com menos que 51 jogadas no tabuleiro 2 x 101.

Resposta:

Resposta: a) Mostramos abaixo um jogo completo para cada tabuleiro, destacando as casas apertadas.
 



b) Dividimos o tabuleiro 2 x100 em 25 retângulos 2 x 4 e, em cada um desses retângulos, tornarmos as casas cinzas procedendo como ilustrado no item (a); notamos que ao aplicar este procedimento em um retângulo os demais não são afetados. Desse modo podemos preencher todas as casas do jogo 2 x100.

c) Dividimos o tabuleiro como ilustrado na figura a seguir.
 



Na primeira linha selecionamos as casas 1, 9, 17,... , 193, 201 e na segunda as casas 6, 14, 22,..., 190, 198. Cada uma das casas selecionadas está dentro de uma região destacada com traço mais forte. Ao apertar uma destas casas, ela e todas as outras casas de sua região ficam cinzas, sem afetar as outras regiões. Apertando todas estas casas podemos então preencher todas as casas do jogo 2 x101. Notamos que há uma casa selecionada de duas em duas colunas, começando da primeira à esquerda, e uma na última coluna. Como as colunas são em número de 101, vemos que foram selecionadas 51 casas, que é o número de jogadas que foram necessárias para terminar o jogo do modo descrito.

d) Não é possível acabar o jogo 2 x101 com menos de 51 jogadas, pois cada jogada muda a cor de no máximo quatro casas. Assim com 50 jogadas ou menos conseguiremos mudar a cor de no máximo 50 x 4 = 200 casas, mas no jogo 2 x 101 devemos mudar a cor de 202 casas. Logo é impossível fazer menos do que 51 jogadas e deixar cinzas todas as casas.
Observação: A solução dos itens (b) e (c) mostra como terminar o jogo no caso de tabuleiros 2 x n, onde n deixa restos 0 ou 1 quando dividido por 4. É interessante completar a análise nos casos em que os restos são 2 ou 3; deixamos isto para o(a) leitor(a).

Um número inteiro n é simpático quando existem inteiros positivos a, b e c tais que a < b < c e n = a2 + b2 - c2. Por exemplo, os números 1 e 2 são simpáticos, pois 1 = 42 + 72 - 82 e 2 = 52 +112 - 122.

(a) Verifique que (3x+ 1)2 + (4x+ 2) 2 - (5x+ 2) 2 é igual a 2x +1, qualquer que seja x.
(b) Encontre números inteiros m e n tais que (3x- m)2 + (4x - n)2 - (5x- 5)2 = 2x, qualquer que seja x.
(c) Mostre que o número 4 é simpático.
(d) Mostre que todos os números inteiros positivos são simpáticos.

Resposta:

a) Lembrando que (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 , podemos simplificar a expressão (3x + 1) 2 + (4x + 2)2 - (5x + 2) 2 como segue:
(3x + 1)2 + (4x + 2)2 - (5x + 2)2 = 9x2 + 6x + 1 + 16x2 + 16x + 4 - 25x2 - 20x - 4 = (9 + 16 - 25)x2 + (6 + 16 - 20) x + (1 + 4 - 4) = 2x + 1.

b) Aqui temos:
(3x - m)2 + (4x - n)2 - (5x - 5) 2 = - (6m + 8n - 50) x + (m2 + n2 - 25) = 2x

e desse modo devemos encontrar inteiros m e n tais que m2 + n2 - 25 = 0 e -(6m + 8n - 50) = 2 , isto é, m2 + n2 = 25 e 3m + 4n = 24 . A primeira equação (que também pode ser obtida pela substituição x = 0 na identidade) tem as possíveis soluções em números inteiros:


Verificação direta mostra que apenas os valores m = 4 e n = 3 satisfazem a segunda equação. c) Do enunciado temos 42 + 72 - 82 = 1. Multiplicando esta expressão por 22, obtemos 22 x 42 + 22 x 72 - 22 x 82 = 4 , ou seja, 82 +142 -162 = 4 , o que mostra que 4 é simpático. Outras expressões são 4 = 52 +102 -112 = 62 + 72 - 92 = 72 + 222 - 232 e, mais geralmente, 4 = (3k + 4) 2 + (4k + 2) 2 - (5k + 4)2 para k > 2.

d) Vamos dividir o argumento para números ímpares e pares.
Números ímpares: seja n = 2k +1 um número ímpar maior que 1, ou seja, com k > 0 . O item (a) mostra que fazendo a = 3k + 1, b = 4k + 2 e c = 5k + 2 temos n = a2 + b2 - c2. Notamos que a < b < c segue de k > 0. Como já sabemos que 1 é simpático, segue que todo número ímpar positivo é simpático.
Números pares: seja n = 2k um número par maior que 4, ou seja, com k > 2. Aqui o item (b) mostra que fazendo a = 3k - 4, b = 4k - 3 e c = 5k - 5 temos n = a2 + b2 - c2. Notamos que a < b < c; de fato, a < b vem do fato de k ser positivo e b < c decorre de k > 2. Como já sabemos que 2 e 4 são simpáticos, segue que todo número par positivo é simpático. Concluímos então que todos os inteiros positivos são simpáticos.
Uma curiosidade aqui é uma fórmula geral (entre outras) que mostra que todo número positivo n é simpático:
 

Em uma caixa foram colocados um cartão no qual está escrito o número 1, dois cartões nos quais está escrito o número 2, três cartões com o número 3 e assim por diante, até dez cartões com o número 10.
(a) Quantos cartões foram colocados na caixa?
(b) Explique como escolher 19 cartões da caixa sem que três deles tenham o mesmo número.
(c) Qual é o menor número de cartões que pode ser retirado da caixa, ao acaso, para que se tenha certeza que cinco deles têm o mesmo número? Justifique sua resposta.

Resposta:

a) O número de cartões na caixa é a soma dos números inteiros de 1 a 10, isto é, 1+ 2 + 3 +...+ 9 + 10 = 55.

b) Basta escolher o cartão de número 1 e depois dois cartões de cada um dos números de 2 a 10. No total, teremos 1+ 2 x 9 = 19 cartões, sem que haja três com o mesmo número.

c) Primeiro notamos que escolhendo o cartão de número 1, os dois de número 2, os três de número 3 e depois quatro de cada um dos números de 4 a 10, teremos um total de 1+ 2 + 3 + 4 x 7 = 34 cartões sem que cinco quaisquer tenham o mesmo número. Logo, para que tenhamos certeza que cinco cartões têm o mesmo número, é necessário escolher pelo menos 35 cartões.
Por outro lado, se escolhermos 35 cartões, podemos afirmar que pelo menos cinco deles terão o mesmo número.
De fato, se isto não fosse verdadeiro, teríamos no máximo 4 cartões de cada número. Como há apenas um cartão como número 1, dois com o 2 e três com o 3, teríamos retirado no máximo 1+ 2 + 3 + 4 x 7 = 34 cartões, o que é uma contradição. Concluímos que entre 35 cartões há, necessariamente, pelo menos cinco com o mesmo número.

Na figura, ABCD e AEFG são retângulos e o ponto F pertence à diagonal AC. A área do triângulo cinza é igual a 1/18 da área do retângulo AEFG. Qual é o valor de ?

Duas folhas de papel, uma retangular e outra quadrada, foram cortadas em quadradinhos de 1 cm de lado. Nos dois casos obteve-se o mesmo número de quadradinhos. O lado da folha quadrada media 5 cm a menos que um dos lados da folha retangular. Qual era o perímetro da folha retangular?

A figura mostra três circunferências de raios 1, 2 e 3, tangentes duas a duas nos pontos destacados. Qual é o comprimento do segmento AB?
 

Tio Paulo trouxe cinco presentes diferentes, entre os quais uma boneca, para distribuir entre suas sobrinhas Ana, Bruna, Cecília e Daniela. De quantos modos ele pode distribuir os presentes entre as sobrinhas de modo que todas ganhem pelo menos um presente e a boneca seja dada para Ana?

Os círculos que formam as figuras A, B e C são todos iguais. Os comprimentos dos contornos das figuras, indicados com linhas mais grossas, são a, b e c, respectivamente. Qual das alternativas é verdadeira?
 

A figura 1 mostra um dado com as faces numeradas de 1 a 6. Com 27 desses dados montou-se um cubo, como na figura 2. Qual é a maior soma possível de todos os números que aparecem nas seis faces do cubo?
 

Carolina tem três cartões brancos numerados de 1 a 3 e três cartões pretos, também numerados de 1 a 3. Ela escolheu, ao acaso, um cartão branco e um preto. Qual é a probabilidade de a soma dos números dos cartões escolhidos ser par?

Uma tira de papel retangular, branca de um lado e cinza do outro, foi dobrada como na figura. Qual é a medida do ângulo α?
 

Joana tem 10 pares diferentes de meias, guardados dentro de uma gaveta. Três meias estão furadas, sendo duas do mesmo par. Quantas meias ela deve tirar da gaveta, uma de cada vez e sem olhar, para ter certeza de que entre elas haja um par sem defeito?
 

Adriano, Bruno, Carlos e Daniel participam de uma brincadeira na qual cada um é um tamanduá ou uma preguiça. Tamanduás sempre dizem a verdade e preguiças sempre mentem.
• Adriano diz: "Bruno é uma preguiça".
• Bruno diz: "Carlos é um tamanduá".
• Carlos diz: "Daniel e Adriano são diferentes tipos de animais".
• Daniel diz: "Adriano é uma preguiça".
Quantos dos quatro amigos são tamanduás?

Na figura ao lado os pontos destacados sobre a reta estão igualmente espaçados. Os arcos que ligam esses pontos são semicircunferências e a região preta tem área igual a 1. Qual é a área da região cinza?
 

O gráfico mostra a operação de três trens na cidade de Quixajuba de 8h às 8h30min. O eixo horizontal mostra o horário e o eixo vertical mostra a distância a partir da Estação Alfa. Qual das alternativas é correta?
 

João vai de bicicleta ao encontro de sua namorada Maria. Para chegar na hora marcada, ele deve sair às 8 horas e pedalar a 10 km/h ou sair às 9 horas e pedalar a 15 km/h. A que horas é o encontro dos namorados?
 

Na figura, x é a média aritmética dos números que estão nos quatro círculos claros e y é a média aritmética dos números que estão nos quatro círculos escuros. Qual é o valor de x - y?
 

Saci, Jeca, Tatu e Pacu comeram 52 bananas. Ninguém ficou sem comer e Saci comeu mais que cada um dos outros. Jeca e Tatu comeram ao todo 33 bananas, sendo que Jeca comeu mais que Tatu. Quantas bananas Tatu comeu?
 

O gráfico mostra a temperatura média e a precipitação de chuva em Quixajuba em cada um dos meses de 2009. Qual das afirmativas abaixo está correta?
 

A estrada que passa pelas cidades de Quixajuba e Paraqui tem 350 quilômetros. No quilômetro 70 dessa estrada há uma placa indicando Quixajuba a 92 km. No quilômetro 290 há uma placa indicando Paraqui a 87 km. Qual é a distância entre Quixajuba e Paraqui?
 

Carmem tem duas caixas, A e B, cada uma com 4 bolas brancas e 10 bolas pretas. Se ela retirar 6 bolas da caixa A e as colocar na caixa B, qual será o menor percentual possível de bolas pretas na caixa B?
 

Para qual valor de x a igualdade é verdadeira?

Cada quadradinho na figura deve ser preenchido com um sinal de adição (+) ou de multiplicação (x). Qual é o maior valor possível da expressão obtida depois de preenchidos todos os quadradinhos?
 

Começando com qualquer número natural não nulo é sempre possível formar uma sequência de números que termina em 1, seguindo repetidamente as instruções abaixo:

• se o número for ímpar, soma-se 1;
• se o número for par, divide-se por 2.

Por exemplo, começando com o número 21, forma-se a seguinte sequência:

21→22→11→12→6→3→4→2→1

Nessa sequência aparecem nove números; por isso, dizemos que ela tem comprimento 9. Além disso, como ela começa com um número ímpar, dizemos que ela é uma sequência ímpar.

a) Escreva a sequência que começa com 37.
b) Existem três sequências de comprimento 5, sendo duas pares e uma ímpar. Escreva essas sequências.
c) Quantas são as sequências pares e quantas são as sequências ímpares de comprimento 6? E de comprimento 7?
d) Existem ao todo 377 sequências de comprimento 15, sendo 233 pares e 144 ímpares. Quantas são as sequências de comprimento 16? Dessas, quantas são pares? Não se esqueça de justificar sua resposta.

Resposta:

a) A sequência é 37→38→19→20→10→5→6→3→4→2→1.
b) A única sequência de comprimento 3 é 4→2→1. As sequências de comprimento 4 são 3→4→2→1e 8→4→2→1; elas são obtidas a partir de 4→2→1, a primeira acrescentando 4 - 1= 3 no início da sequência e a segunda acrescentando 2 x 4 = 8 no início da sequência. Do mesmo modo, a sequência ímpar 3→ 4→2→1 dá origem à sequência par 6→3→4→2→1 e a sequência par 8→4→2→1dá origem à sequência ímpar7→8→4→2→1e à sequência par 16→8→4→2→1. Temos assim as três únicas sequências de comprimento 5, sendo duas delas pares e uma ímpar. O raciocínio pode ser representado pelo esquema abaixo.



c) 1a solução: Repetindo o esquema do item anterior, temos:



e assim temos 3 sequências pares e 2 ímpares de comprimento 6 e 5 sequências pares e 3 ímpares de comprimento 7.

2a solução: Observamos que a sequência ímpar de comprimento cinco vai gerar 1 sequência par de comprimento seis; já as 2 sequências pares de comprimento cinco vão gerar 2 sequências pares de comprimento seis e 2 sequências ímpares de comprimento seis. Assim, temos 2 sequências ímpares de comprimento seis e 1 + 2 = 3 sequências pares de comprimento seis, num total de 2 + 3 = 5 sequências de comprimento 6. O mesmo argumento mostra que há 8 sequências de comprimento sete, sendo três ímpares e cinco pares.
Observação: A repetição desse argumento para valores sucessivos do comprimento mostra que, a partir do comprimento 3, o número de sequências ímpares é 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8,..., o número de sequências pares é 2, 3, 5, 8, 13,... e o número total de sequências é 3, 5, 8, 13, 21, ..... Cada termo dessas sequências de valores, a partir do terceiro, é a soma dos dois anteriores; vemos assim que essas sequências, com a eventual omissão de termos iniciais, são a sequência 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,..., conhecida como sequência de Fibonacci.
 



d) 1a solução: As 144 sequências ímpares de comprimento quinze vão gerar 144 sequências pares de comprimento dezesseis; já as 233 sequências pares de comprimento quinze vão gerar 233 sequências pares de comprimento dezesseis e 233 sequências ímpares de comprimento dezesseis. Assim, temos 233 sequências ímpares de comprimento dezesseis e 377 = 233 +144 sequências pares de comprimento dezesseis, num total de 233 + 377 = 610 sequências.

2a solução: A parte da sequência de Fibonacci que nos interessa é 1, 2, 3, 5, 8,....., 144, 233, 377, 610,... . O número de sequências ímpares de comprimento 15 (resp. 16) é o 15o (resp. 16o) termo dessa sequência, que é 144 (resp. 233); o número de sequências pares de comprimento 15 (resp.16) é o 16o (resp. 17o) termo, que é 233 (resp. 377) e o número total é o 17o (resp. 18o) termo, que é 377 (resp. 610).

Em cada casa de um quadriculado 4 x 4 deve ser colocado um dos números 1, 3, 7 e 8, de modo que em cada linha, coluna ou diagonal apareçam os quatro números.
a) Qual é a soma dos números nos quatro quadradinhos centrais quando o quadriculado é preenchido de acordo com o enunciado?



b) Suponha que 1, 3, 7 e 8 sejam colocados na diagonal, como na figura. De quantas maneiras é possível completar o quadriculado de acordo com o enunciado?



c) Qual é o maior valor possível para a soma dos números que aparecem nas casas cinzentas quando o quadriculado é preenchido de acordo com o enunciado?

Resposta:

a) Primeiro notamos que é possível preencher o quadriculado de acordo com o enunciado; um exemplo está abaixo. Observamos agora que, qualquer que seja a maneira de preencher o quadriculado, o enunciado mostra que não podem aparecer números repetidos nos quadradinhos centrais, pois se houver dois números iguais eles estarão na mesma linha, ou na mesma coluna ou na mesma diagonal. Devem então aparecer os números 1, 3, 7 e 8 nesses quadradinhos, com a soma 1+ 3 = 7 = 8 = 19 .



b) Conforme observado no item anterior, nos quatro quadradinhos centrais devem aparecer os números 1, 3, 7 e 8. Segue que nos quadradinhos marcadas com x devem aparecer os números 1 e 8, o que pode ser feito de duas maneiras; a partir daí o quadriculado pode ser completado de modo único, como mostrado abaixo. Logo é possível preencher o quadriculado inicial de exatamente duas maneiras distintas.



c) 1a solução: O problema, com letras a, b, c e d em vez números e com a diagonal já preenchida, como na figura ao lado, admite apenas duas soluções, que apresentamos abaixo.



Em ambas, a soma dos quadradinhos cinzentos é 2a + 2b + c + d. Para que essasoma seja máxima, basta escolher os dois maiores valores possíveis para as letras que aparecem multiplicadas por 2; a soma máxima é então 2 x 8 + 2 x 7 + 3 + 1 = 34.

2a solução: Notamos primeiro que o enunciado do problema mostra que cada número aparece exatamente quatro vezes em um quadriculado corretamente preenchido. Suponhamos, como acima, o quadriculado preenchido com as letras a, b, c e d,nessa ordem, na diagonal principal. O diagrama abaixo mostra as duas únicas maneiras de distribuir os quatro a's pelo quadriculado de acordo com o enunciado. Vamos assim que, em qualquer caso, aparecem dois aa's nas casas sombreadas, e o mesmo acontece com d.



Os diagramas a seguir representam as possíveis posições dos b's; vemos assim que, em qualquer caso, aparece exatamente um b nas casas sombreadas, e o mesmo acontece com c.



Desse modo, a soma dos algarismos nas casas sombreadas é 2(a + d) + b + c , e a partir daí procedemos como na primeira solução.

3a solução: Consideremos o quadriculado, onde x e denotam os números que aparecem nas casas correspondentes.



O mesmo argumento utilizado no início do item (b) mostra que a soma dos números que aparecem em cada um dos quadriculados 2x2 destacados é 1+ 3 + 7 + 8 = 19. Por outro lado, a soma dos números na diagonal também é 19; logo a soma dos números nas casas cinzentas dos dois quadriculados 2x2 é 2 x 19 - 19 = 19. Segue que a soma dos números nas casas cinzentas é 19 + x + y ; para que ela seja máxima, basta escolher os valores 7 e 8 para x e y, e chegamos à soma 19 + 7 + 8 = 34.

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