Semana 26 Geografia

Fuvest 2011 - 2a fase


a) Correlacione as informações contidas nos mapas acima.
b) Identifique e explique dois fatores responsáveis por mudanças no padrão espacial de distribuição da população brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.

Resposta:

a) Dentre as informações contidas nos mapas, destacam-se duas: grande parte das áreas com mais de 50 habitantes por km2 apresentam taxas de crescimento populacional mais baixas; e grande parte das áreas com menos de 1 habitante por km2 apresentam taxas de crescimento populacional mais elevadas.

b) Dentre os fatores responsáveis por mudanças no padrão espacial de distribuição da população brasileira, destacam-se: intensificação do processo migratório do sul para o centro-oeste e norte, como resultado da expansão das novas frentes agrícolas; intensificação do processo migratório do nordeste para o norte, como resultado da expansão da produção mineral, energética e industriais; aceleração do crescimento das pequenas e médias cidades, em detrimento do crescimento das grandes metrópoles.

Unicamp 2010
O impacto sobre São Paulo dos migrantes nordestinos, que chegaram à cidade no meio do século XX, foi tão grande quanto os efeitos produzidos pelos migrantes que vieram da Europa, do Oriente Médio e da Ásia em décadas anteriores. Nos dois casos, os que dominavam a cidade incentivaram a vinda desses trabalhadores e suas famílias (...). Entretanto, os efeitos sociais e políticos foram sempre mais difíceis de digerir como demonstram os casos recentes de uma prefeita da cidade e de um presidente da República, nascidos no Nordeste, e objetos e São Paulo de preconceitos nada sutis. (Adaptado de Paulo Fontes, Um Nordeste em São Paulo - Trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-66). Rio de Janeiro: FGV, 2008 p. 13.)

a) Qual a maior cidade nordestina fora do Nordeste brasileiro? Por que houve o incentivo ao processo imigratório de nordestinos para São Paulo?
b) Quais as principais determinantes sociais e econômicas do processo migratório de nordestinos para São Paulo em meados do século XX?

Resposta:

a) São Paulo é a maior cidade nordestina fora do Nordeste. O incentivo ao processo imigratório de nordestinos para São Paulo se deu pelo baixo preço da mão de obra desses trabalhadores, fundamentais para o notável crescimento econômico da capital e de sua Região Metropolitana. Ou seja, esse processo migratório foi incentivado pela necessidade de maior contingente de trabalhadores para as diversas atividades econômicas em São Paulo.

b) Por um lado, em relação ao local de origem, o processo migratório de nordestinos deveu-se à fragilidade econômica da região e ao processo de intensificação da concentração fundiária, bem como às dificuldades climáticas que dificultavam a prática agropecuária. Por outro lado, no que concerne ao local de destino, o processo migratório de nordestinos foi influenciado, em grande medida, pela oportunidade de empregos gerados, sobretudo, pela indústria e pela construção civil, além do setor de serviços e de comércio, bem como pela esperança de melhores condições de vida. Assim, em grande medida, o processo migratório foi motivado pelas desigualdades regionais.

Unicamp 2011 - 2a fase
Observe os dados na tabela abaixo.
 


(Adaptado de C.A. Brandão e F.C. de Macedo, Demografia e urbanização. Em: W. Cano; C.A. Brandão; C.S. Maciel e F.C. Macedo, Economia Paulista: Dinâmica socioeconômica entre 1930 e 2005. Campinas: Alinea, 2007, p. 23).

a) Na tabela consta um município com mais de 2 milhões de habitantes (São Paulo). Analise sucintamente a sua evolução demográfica, comparando o ano de 1970 com 2000.
b) Na tabela, levando em conta as classes de tamanho, observa-se significativo crescimento do número de municípios entre 100 mil e 500 mil habitantes (duas classes de tamanho) entre 1970 e 2000. Quais os principais fatores causadores do crescimento expressivo do número dessas cidades?

Resposta:

a) Tem havido perda relativa , mas em números absolutos a população vem crescendo, assinalando um ritmo menor de velocidade de crescimento do município de São Paulo.

b) Entre os principais fatores, assinalem-se: a interiozação do desenvolvimento no Estado a partir dos anos 1970; movimentos migratórios no Estado; procura por centros urbanos considerados de boa qualidade de vida e menos violentos; fortalecimento das funções terciárias das cidades médias; enriquecimento de áreas de agronegócio, que atraem novos imigrantes ; melhoria de acessibilidade, com ampliação e modernização de eixos viários.

Unicamp 20107 - 2a fase
Leia o trecho a seguir e responda às questões.
A população brasileira, segundo o Censo Demográfico 2000, atingiu um total de 269.799.170 pessoas em 1o de agosto de 2000. A série histórica dos censos brasileiros revela o importante crescimento populacional que o país experimentou durante o século XX, tendo em vista que a população foi multiplicada por quase dez vezes entre os censos de 1900 e 2000.
Contudo, o crescimento relativo vem declinando consistentemente desde a década de 1970, atingindo seu ritmo mais intenso durante a década de 1950, quando a população registrou uma taxa média de incremento anual de cerca de 3,0%. A partir de 1970 a taxa de crescimento demográfico vem se desacelerando, em função da acentuada redução dos níveis de fecundidade e de seus reflexos sobre os índices de natalidade. (Adaptado de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2000, p. 29).

a) O que é índice de natalidade?
b) Por que houve redução da taxa de fecundidade média no Brasil, sobretudo a partir de 1970?
c) Quais são os motivos da redução da taxa de mortalidade no Brasil durante o século XXI?

Resposta:

a) É a proporção entre o número de nascimentos por grupo de 1000 pessoas durante um ano, em uma determinada área, região, país ou unidade político-administrativa.

b) O fator mais importante foi a intensificação do processo de urbanização a partir da década de 1970, quando a população urbana superou a população rural em números absolutos. Esse fator repercute no custo de formação ou criação do indivíduo, pois no meio urbano é mais elevado do que no meio rural e, consequentemente, a mulher passa cada vez mais a se inserir no mercado de trabalho, além de passar a casar-se mais tardiamente e fazer maior adoção de métodos anticoncepcionais. Assim, em 1960, quando a maioria da população ainda vivia no meio rural, a taxa de fecundidade era de 6 filhos por mulher em idade fértil (15 aos 49 anos), enquanto em 2000 essa taxa caiu para 2,3 filhos por mulher.

c) Melhoria no padrão socioeconômico da população, maior investimento no saneamento básico e maior eficácia na medicina preventiva, com a adoção de campanhas pela vacinação de crianças e idosos, aumento da participação de ONGs em programas especiais de alimentação infantil e orientação quanto aos cuidados com a saúde preventiva, além de programas governamentais de atendimento à população de baixa renda, como o "bolsa escola" e o programa "bolsa alimentação".

ENEM 2007
Há cerca de dez anos, estimava-se que 11,2% da população brasileira poderiam ser considerados dependentes de álcool. Esse índice, dividido por gênero, apontava que 17,1% da população masculina e 5,7% da população feminina eram consumidores da bebida. Quando analisada a distribuição etária desse consumo, outro choque: a pesquisa evidenciou que 41,2% de estudantes da educação básica da rede pública brasileira já haviam feito uso de álcool.
Dados atuais apontam que a porcentagem de dependentes de álcool subiu para 15%. Estima-se que o país gaste 7,3% do PIB por ano para tratar de problemas relacionados ao alcoolismo, desde o tratamento de pacientes até a perda da produtividade no trabalho. A indústria do álcool no Brasil, que produz do açúcar ao álcool combustível, movimenta 3,5% do PIB.
Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, n. 4, dez/2006 e Internet: www.alcoolismo.com.br (com adaptações)

A partir dos dados acima, conclui-se que

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