Semana 22 português

Univas 2008

"Google e YouTube são símbolos de era: a era do acesso livre. Os especialistas chamam a fase atual da Internet de "web 2.0". Há um sem número de definições para o termo. Ele exprime acima de tudo um ideal. Na era 2.0, você pode entrar num computador, não necessariamente o seu, em qualquer lugar do mundo, e ter acesso a qualquer coisa produzida em qualquer lugar, de graça. Também pode criar comunidades e dar a sua contribuição. Movidos por essa idéia é que Brin e Page, criadores da Google, iniciaram uma cruzada para pôr todo o conteúdo do mundo na Internet – a começar pelos livros. Se os livros resumem os conhecimentos produzidos pela humanidade, são as imagens que representam a cultura dos tempos atuais. O YouTube é exatamente isso: uma enorme biblioteca de imagens.

Ao permitir o livre acesso a elas, Hurley e Chen iniciaram uma revolução na forma como nos relacionamos com a mídia, em especial com o vídeo. Outro representante dessa tendência é o BitTorrent, programa criado pelo americano Bram Choen que permite a qualquer um baixar qualquer filme na internet, independentemente de sua duração. Para o usuário, o Torrent uma evolução do YouTube, que permite apenas baixar vídeos de curta duração (dez minutos, para amadores). Em 2006, ficou claro que uma das utilidades da web é dar acesso a livros, filmes, músicas, em suma, a quase todo o conhecimento humano. (Revista Época, 1 de janeiro de 2007, p. 137).

Considere as inferências e, observando as alternativas, assinale a opção que, de acordo com as respostas abaixo, podem ser feitas, a partir da leitura desse texto.

1. Estamos lidando com fronteiras móveis, em contínua expansão.

2. O YouTube, o BitTorrent e outras inovações na internet e fora dela nos convidam à ação, à participação.

3. Nesta era do 2.0 da internet, podemos produzir conteúdos, ter acesso livre e participação numa grande rede de criação de arte e conhecimento.

4. A era do livre acesso opera em todos os níveis da sociedade.

ESAN

"Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha."

O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:

Unicamp 2002
Veja e leia a tira abaixo, publicada no Caderno Imóveis, da Folha de S. Paulo de 06/08/2000:


a) Para apreender o humor dessa tira, o leitor deve compartilhar com o autor de uma opinião, não necessariamente correta, sobre características associadas à arquitetura. Que características são essas?

b) A tira leva à conclusão de que Pequeno Castor é um sonhador. Dê dois sentidos de "sonhador" e explique como cada um deles pode se relacionar com a escolha profissional anunciada por Pequeno Castor.

Resposta:

a) Inventividade, criatividade, ousadia, novidade, anti-convencionalismo.

b) "Sonhador" pode significar utópico ou desligado / irrealista. A tira mostra que ou Pequeno Castor é utópico (porque imagina mudar a arquitetura absolutamente convencional de sua aldeia) ou é desligado / irrealista (porque nunca arranjará trabalho como arquiteto numa tribo cujas moradias são absolutamente iguais - a cultura não favorece a inventividade).

Unicamp 2002

A breve tira abaixo fornece um bom exemplo de como o contexto pode afetar a interpretação e até mesmo a análise gramatical de uma sequência linguística.


Fonte: O Estado de S. Paulo, 24/09/2000.

"Queria te dizer que te amo
incondicionalmente,
indiscutivelmente,
apaixonadamente,
perdidamente,
loucamente,
docemente...

Homemente!

a) Supondo que a fala da moça fosse lida fora do contexto dessa tira, como você a entenderia? Se a fala da moça fosse considerada uma continuação da fala do rapaz, poderia ser entendida como uma única palavra, de derivação não prevista na língua portuguesa. Que palavra seria e o que significaria?
b) As duas leituras possíveis para a fala da moça não estão em contradição; ao contrário, reforçam-se. O que significará essa fala, se fizermos simultaneamente as duas leituras?

Resposta:

a) Os homens são mentirosos.

b) "Homemente"; à moda dos homens, do jeito dos homens. Que é próprio / típico / natural dos homens mentir.

Unicamp 2002

Quando o treinador Leão foi escolhido para dirigir a seleção brasileira de futebol, o jornal Correio Popular publicou um texto com muitas imprecisões, do qual consta a seguinte passagem:
"Durante sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro lado, costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensadas com um racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois irmãos, Edmílson, 53 anos, e Édson, 58, são médicos." (Correio Popular, Campinas, 20/10/2000).

a) O que aconteceria com Leão se ele, efetivamente, ficasse "aprimorando seus defeitos"? Reescreva o trecho de maneira a eliminar o equívoco.
b) A expressão "por outro lado", no início do segundo período, contribui para tornar o trecho incoerente. Por quê?
c) Por que o emprego da palavra "racionalismo" é inadequado nessa passagem?

Resposta:

a) Ele não se tornaria um atleta / goleiro de destaque; OU: teria sido um mau atleta / goleiro.

b) Porque sua função normal é introduzir um argumento (sentido, fato) contrário ao anterior, o que não mocorre neste texto, já que treinar não se opõe a ser disciplinado (ou arredio).

c) Porque o texto leva a concluir, a partir do fato de que alguém fez um curso superior, que quem tem curso superior é racionalista, ou seja, adepto de uma filosofia ou doutrina (provavelmente, o texto confunde racional com racionalista).

UOL Cursos Online

Todos os cursos