Resposta:

a) Sobre a situação das 3 regiões citadas podemos observar que:
No Oriente Médio estão as maiores reservas até então conhecidas, o que reforça a importância estratégica da região em relação ao consumo futuro dos combustíveis fósseis. Porém produz apenas cerca de 30% do total, na tentativa de regular a relação de oferta e procura e evitar a queda dos preços dos produtos, cujas exportações representam a base das economias da região, que, por ser pouco industrializada, tem baixo consumo de petróleo e gás. Já a América do Norte possui reservas pouco significativas. No entanto há um esforço em aumentar a produção, para reduzir a dependência externa dos EUA, país mais rico do mundo e o principal responsável pelo elevado índice de consumo da região.
Quanto à América Latina, seus percentuais são semelhantes nos três gráficos. Destaquem-se as boas reservas da Venezuela, a crescente produção do Brasil e o consumo de nações emergentes, como o Brasil e a Argentina.

b) O uso do petróleo como arma diplomática pode ser ilustrado pelo caso da Venezuela. Seu atual presidente, Hugo Chavez, tem oferecido ajuda financeira a vários países pobres da América Latina, como Cuba e Bolívia, por exemplo, utilizando recursos advindos do aumento internacional dos preços do petróleo, já que a Venezuela é grande exportadora.
Chavez busca com isso aumentar sua influência sobre diversos países da região. Tentando diminuir a tradicional dominação dos EUA, adota um discurso com fortes críticas ao governo Bush, porém mantém suas vendas de petróleo para esse país, que é seu principal comprador.
Outro exemplo recente que diz respeito à geopolítica do petróleo é o do Oriente Médio. Por possuir as maiores reservas do mundo, qualquer conflito envolvendo países da região afeta os preços internacionais do "ouro negro".
O caso do Iraque é emblemático: invadido pelos EUA desde 2003, provavelmente por ter grandes reservas de petróleo, vive uma situação crítica, tanto por causa dessa ocupação, como pela instabilidade gerada pelos diversos grupos internos que disputam o poder político e, conseqüentemente, o controle das riquezas do país.

c) O crescente interesse pelo uso do gás natural se justifica sobretudo por dois fatores: as reservas desse recurso energético são maiores que as do petróleo (garantindo uma utilização mais prolongada) e ele é menos poluente que a queima do óleo, portanto capaz de diminuir o comprometimento dos países com o efeito estufa. Os principais motivos dos conflitos internacionais relacionados ao gás referem-se, portanto, ao controle das reservas (envolvendo muitas vezes interesses de governos e empresas) e o traçado dos gasodutos, muitas vezes desviados para evitar atravessar territórios que estejam em conflito.